Por: Noé Nhantumbo
O panorama internacional apresenta-se negro, sombrio e sem esperanças. Por mais que os líderes mundiais se manifestem comprometidos com a paz internacional e progresso, suas proclamações não passam de pronunciamentos furados na medida em que muito pouco resulta em termos práticos. Os governos estão confrontando-se com problemas nacionais e ao mesmo tempo tem de lidar com suas relações internacionais onde os problemas não param de aumentar.
Aqui o terreno é movediço e consome-se tempo e recursos enormes procurando angariar ou garantir posições de força que permitam colher vantagens unilaterais. Este é mais ou menos o jogo em que estão entretidos os diplomatas. A falta de resultados na resolução de conflitos, a emergência de guerras tudo tem uma explicação. Quando uns se querem impor como únicos centros de decisão de assuntos que afectam a todos caí-se numa situação de conflito permanente. Acusações mútuas multiplicam-se e as soluções não aparecem. Onde já não há condições para o diktat antigo existem os que pretendem
continuar decidindo que todos devem fazer. Não é por acaso que acaso que a diplomacia internacional e transformou um fiasco escandaloso. Enquanto os governantes dos países que se consideram potências não aceitarem que o mudo mudou, que não estamos mais numa situação de unipolaridade ou
bipolaridade ou um feudo de um grupo restrito de países como o G7 continuaremos a dar voltas sem direcção sem perspectivas válidas para lidar com os diferentes problemas.