A RECAPTURA de Samuel Januário Nhare, conhecido nos meandros do crime por Samito, é descrita pelas autoridades policiais como um importante passo para se esclarecerem as circunstâncias em que ocorreu a evasão dos calabouços do Comando da Polícia na Cidade de Maputo, a 7 de Dezembro do ano passado, de três detidos, tendo à cabeça Aníbal António dos Santos Júnior (Anibalzinho). Da ocorrência, conseguiram se escapulir Samito, recapturado na tarde da última quarta-feira em Caia, Sofala, e Custódio Luís de Jesus (Todinho), encontrado morto há dias no município da Matola.
Falando a jornalistas, Carlos Comé, Director Nacional da Polícia de Investigação Criminal (PIC), apontou que Samito é peça-chave para desvendar o mistério da evasão de 7 de Dezembro. O recapturado voltou a ser encaminhado aos calabouços do Comando da capital do país, agora com as condições de segurança reforçadas.
“Achamos que aqui (celas da PRM) ele estará bem seguro. É a partir dele que pretendemos chegar a Anibalzinho, embora estejamos a desencadear outras operações com vista à sua recaptura. Desde a fuga dos arguidos foram tomadas medidas de perseguição do grupo. É um trabalho de busca e captura que, no caso vertente de Samito, começámos a seguir os seus passos a partir de Nampula e que culminou com a sua recaptura em Caia, depois de terem participado no sequestro de uma criança e do respectivo pai” – disse, confirmando ainda a recuperação de parte dos 700 mil meticais que a cúpula de Samito havia exigido de resgate aos progenitores do menor.
Quanto a Guidione António, encontrado na companhia de Samito, o director da PIC disse que se trata, também, de um cadastrado que vinha sendo procurado pela Polícia e com vários processos abertos na PIC e outros no tribunal. Guidione, segundo a nossa fonte, é acusado de assaltos à mão armada, homicídios e roubos, tudo com recurso à mão armada.