Com a ajuda da comunidade internacional
- Dhlakama promove manifestação pacifica e advoga criação de governo paralelo em todas as 43 autarquias do país
A Renamo, a maior força politica da oposição em Moçambique, solicita à comunidade internacional no sentido de intervir nas questões politicas do país, que têm como ponto fulcral as eleições autárquicas de 19 de Novembro passado.
Fracassadas as denúncias submetidas ao Conselho Constitucional, Afonso Dhlakama, líder daquele partido diz que a Comunidade dos Países da Africa Austral, as Nações Unidas e outros organismos internacionais devem pressionar o governo moçambicano a invalidar os resultados
do sufrágio autárquico.
De acordo com o líder da “perdiz”, a Renamo nunca irá reconhecer os órgãos autárquicos eleitos e, como forma de exigir a reposição da legalidade, será criado um governo paralelo em todos os 43 municípios, por alegadamente, o processo eleitoral ter sido caracterizado por várias irregularidades.
Sustenta esta sua afirmação pelo facto de, alegadamente, o Partido Frelimo, com a cumplicidade da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), ter realizado um recenseamento clandestino de eleitores.
Nós apresentamos estas reclamações durante o decurso do processo eleitoral, mas a CNE e o STAE instruíram os órgãos eleitorais para as desvalorizarem. Referiu aquele dirigente político.
Em Nampula, maior círculo eleitoral do país, a Renamo teve como candidatos ao cargo de presidente dos Conselhos Municipais, Ricardo Sebastião, em Nampula, Gulamo Mamudo, na Ilha de Moçambique, Manuel dos Santos, em Nacala-Porto, Gaspar Mulessiua, em Ribáuè, Hilário Latina, em Monapo, e Alberto Omar em Angoche. E três destes candidatos concorreram à sua própria sucessão ao cargo.
Apesar de não terem obtido resultados auspiciosos, Dhlakama diz que “eles são os verdadeiros titulares municipais”, ao invés dos seus adversários do Partido Frelimo.
Afonso Dhlakama encontra-se, desde o passado dia 24 deste mês, na província de Nampula para “afinar à máquina partidária” rumo à segunda volta das eleições autárquicas em Nacala-Porto. Do seu programa, constam visitas aos distritos de Moma, Malema, Angoche, Ilha de Moçambique,
Monapo e Eráti, onde irá reunir-se com membros e simpatizantes do seu Partido, e promover a realização de um seminário de capacitação dos quadros em matérias de legislação eleitoral na capital provincial.
WAMPHULA FAX – 26.01.2009