VAI ter lugar dentro de dias, o início da construção das infra-estruturas inscritas no quadro da reactivação da exploração do carvão mineral de Moatize, na província de Tete, cujo projecto foi adjudicado a Vale Moçambique, subsidiárias da brasileira Companhia Vale do Rio Dece (CVRD). Fonte ligada ao empreendimento garantiu esta semana à nossa reportagem, o cumprimento do calendário estabelecido, que preconiza o arranque da extracção do mineral nos primeiros seis meses de 2011.
O Projecto de Moatize prevê a exploração de mina de carvão a céu aberto por um período de 35 anos, com produção média anual estimada em 12 milhões de toneladas de produtos de carvão (carvão metalúrgico e térmico), tendo como principais mercados Brasil, Ásia, Médio Oriente e Europa, tradicionais consumidores deste recurso, para alem do mercado interno, incluindo o abastecimento de uma central térmica a ser construída também no quadro do empreendimento.
Foram já lançadas as bases para a construção de escritórios e um bairro residencial que irá alojar parte dos trabalhadores da mina, que poderá proporcionar 1500 empregos directos na fase de operação.
Conforme dados a que tivemos acesso, estão em curso as obras de construção de infra-estruturas de base nas zonas de reassentamento da população que terá que ser transferida, uma vez provado que está residir em áreas do jazigo.
Entre as infra-estruturas em construção na zona destinadas ao reassentamento, a fonte da Vale destacou escolas e centro de saúde.
Segundo estudos recentes, as reservas de carvão de Moatize são estimadas em dois biliões de toneladas, devendo ser canalizados 1,398 bilião de dólares norte-americanos.
A concessionária prepara-se para uma nova fase de investimentos em Moatize, orçada em 170 milhões de dólares norte-americanos, nas áreas da Saúde, Educação, Agricultura e desenvolvimento de infra-estruturas.
Recentemente, a companhia concluiu uma outra etapa que custou 250 milhões de dólares, montante gasto em estudos e projectos. Apenas em projectos sociais, a Vale Moçambique já despendeu 6,9 milhões de dólares nas áreas de Saúde, Agricultura, Infra-estrutura e Educação.
O plano de desenvolvimento do projecto de extracção de carvão mineral foi aprovado pelo Governo moçambicano em 2006, validando assim um estudo de viabilidade técnico-económica levado a cabo pela concessionária.