A cólera provocou 68 mortos em Moçambique desde o início do ano, período em que foram diagnosticados 8.150 casos em dez das 11 províncias do país, anunciou hoje o Ministério da Saúde (MISAU) moçambicano.
Segundo o porta-voz do MISAU, Leonardo Chavane, as províncias de Nampula (norte) e Tete (centro) registaram o maior número de óbitos, 14 cada, em 2.527 casos na primeira e 1.142 na segunda.
Entre Janeiro e Dezembro de 2008, registaram-se 12.842 casos de cólera em Moçambique, de que resultaram 151 mortos.
Desde o início do ano, as autoridades sanitárias "ainda não registaram casos de cólera na província de Gaza, sul de Moçambique", disse o porta-voz do Ministério da Saúde.
Além de Nampula e Tete, 11 pessoas morreram devido à cólera em Cabo Delgado(em 950 casosde infecção), nove na Zambézia (430), seis em Niassa (283), cinco em Manica (1.394) e quatro em Inhambane (14).
Na capital Maputo, que tem estatuto de província, foram registados 859 casos de cólera, de que resultaram quatro mortos, enquanto na província com o mesmo nome há a registar um óbito em 118 casos.
Na província de Sofala, as autoridades registaram este ano 433 casos de cólera, mas sem qualquer óbito.
Leonardo Chavane referiu que o Ministério da Saúde "está a trabalhar em duas frentes para estancar a doença: evitar que as pessoas morram por causa da cólera e acelerar a intensificação de acção de prevenção, através de tratamento da água, divulgando mensagens preventivas e distribuindo cloro".
Também "estão a ser realizadas actividades conjuntas com outras instituições, nomeadamente municípios, Ministério das Obras Públicas, organizações não governamentais, como o Fundo das Nações Unidas para a Infância e a Organização Mundial da Saúde", acrescentou.
MMT. -LUSA - 25.02.2009