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Posted on 28/02/2009 at 23:39 | Permalink | Comments (6)
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Gostariamos de convidar todos os que ajudam a preservar e divulgar a cultura moçambicana para a exposição de fotografia do moçambicano Mário Macilau que para o efeito se deslocará a Portugal.
Nas comemorações dos 50 anos da Junta de Freguesia de S. João de Brito, resolveu este organismo dedicar o dia Internacional da Mulher à mulher moçambicana. Assim convidou o fotografo Mário Macilau a desenvolver um projecto fotográfico que envolvesse a mulher de Moçambique, as suas lutas e o seu dia a dia.
Posted on 28/02/2009 at 22:44 | Permalink | Comments (1)
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AS autoridades malawianas detiveram quinta-feira à tarde o antigo presidente Bakili Muluzi em conexão com um caso de desvio de fundos concedidos pelos doadores internacionais, uma situação que poderá inviabilizar as suas aspirações de voltar a concorrer para as presidenciais de 19 de Maio próximo.
“Ele foi novamente detido e indiciado de 87 acusações em conexão com as alegações de desvio de 11 milhões de dólares dos doadores para a sua conta privada”, disse o director do Gabinete do Combate à Corrupção, Alex Nampota.
Muluzi, que foi o presidente do Malawi entre 1994 e 2004, já se encontrava sob investigação há cerca de dois anos por suspeita de desvio de fundos de doadores de Taiwan, Marrocos, Líbia, entre outros. Contudo, ele refuta todas as acusações.
Muluzi, acompanhado por uma equipa de advogados, chegou ao Gabinete Anti-Corrupção em Blantyre, seguido por centenas de adeptos que gritavam slogans hostis ao Governo. Ele recusou-se a falar à Imprensa, mas agradeceu aos seus apoiantes.
Actualmente Muluzi é o candidato do partido da oposição Frente Democrática Unida para as presidenciais de 19 de Maio. Ele abandonou o poder em 2004, ano em que expirou o seu segundo e último mandato constitucional consecutivo.
Antes de expirar o seu segundo mandato, Muluzi tentou, em vão, introduzir uma emenda para concorrer para um terceiro mandato.
Ainda não está claro se este caso vai impedi-lo de concorrer nas próximas presidenciais.
Para algumas pessoas, Muluzi é um herói pelo facto de ter conseguido derrubar o ditador Kamuzu Banda.
Entretanto, as sondagens de opinião dão vantagem ao presidente incumbente, Bingu Wa Mutharika, devido ao excelente desempenho da economia registado nos últimos quatro anos.
Posted on 28/02/2009 at 11:04 | Permalink | Comments (1)
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COM o lançamento, ontem, do cabo de fibra óptica em Maputo na zona da praia da Costa do Sol, começa a contagem decrescente para a entrada da última geração das tecnologias no mundo das comunicações e transmissão de dados com a velocidade necessária. Está prevista para Junho próximo a conexão da estação de Maputo com toda a rede que, numa primeira fase, ligará diversos pontos no Continente africano e Ásia, para mais tarde ligar também à França e Reino Unido.
Esta nova tecnologia vai ter a capacidade de transmitir 64 comprimentos de ondas, com 10 gigabites por segundo, suficiente para oferecer uma melhor qualidade aos utilizadores, mas vai-se iniciar apenas com dois comprimentos de onda 10 gigabites por segundo.
Serão assim reduzidos em 90 por cento os custos de operação com a utilização de satélite nas comunicações, o que pode permitir uma reorientação de capitais para outras áreas de desenvolvimento económico e social.
Para além de Maputo, o cabo irá ligar outras estações, como a de Mtuzine, na África do Sul, Dar-Es-Salam, na Tanzania, Mombassa, no Quénia, Djibouti, Egipto e Índia, para além de ligar também Madagáscar e Emirados Árabes, posteriormente. Na segunda fase, a rede estará ligada, a partir do Egipto, a Marselha e Reino Unido.
Esta tecnologia é trazida pela SEACOM e já estão instalados equipamentos da terceira geração de terminais de recepção e transmissão de dados em Maputo, que poderão ser usados em diferentes áreas de pesquisa cientifica, Educação, Saúde, entre outras importantes para o desenvolvimento do país.
De acordo com Alexandre Nheve, gestor da estação de Maputo, este cabo vem resolver os problemas que o país enfrenta neste momento para a ligação da nossa rede em conexões internacionais devido ao elevado custo. Disse também que os serviços de pesquisa científica, universidades e outros deverão ser subsidiados na utilização deste serviço.
“Neste momento temos a estações de Maputo, Djibouti e Mombassa prontas e as restantes estarão concluídas em Março. Existem três navios que estão a trabalhar no lançamento do cabo, um no Mar Vermelho, outro no Oceano Índico, a partir da África do Sul, e o terceiro da Índia, calculando-se que em Maio deverão se encontrar no norte de África, para ligar as três pontas. Segue-se depois a fase de ensaio e a entrada em funcionamento será em Junho”, disse Nheve.
Estão a ser lançados ao mar 15 mil quilómetros de cabo de fibra óptica, num investimento de 700 milhões de dólares, sendo 74,25 por cento de capitais africanos e os restantes 23,75 provenientes de outros países.
Posted on 28/02/2009 at 11:01 | Permalink | Comments (0)
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Posted on 27/02/2009 at 23:50 | Permalink | Comments (0)
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Conforme sugerido aqui vai o mapa das visitas ao MOÇAMBIQUE PARA TODOS por países, mais de cem na totalidade:
38.76% Brazil
33.94% Portugal
11.12% Mozambique
4.6% United States
1.28% United Kingdom
0.89% Germany
0.69% Canada
0.67% Angola
0.64% China
0.59% France
0.54% Spain
0.54% Japan
0.53% Norway
0.46% South Africa
Outro dado interessante é o da língua base dos visitantes:
77.23% Portuguese
18.16% English
1.2% Spanish
1.05% French
0.88% German
0.35% Chinese
Posted on 27/02/2009 at 21:03 | Permalink | Comments (3)
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O missionário da Consolata Giuseppe Frizzi acaba de lançar a importante obra etnográfica "Murima ni ewani Exirima: Biosofia e biosfera Xirima". O autor vive no Niassa, Moçambique, há mais de 30 anos.
A obra é uma autêntica suma da cultura e sabedoria do povo Macua-Xirima, um importante grupo étnico moçambicano. Giuseppe Frizzi é um dos maiores estudiosos da língua e cultura Macua-Xirima.
Conheci-o em 1992, quando cheguei a Moçambique e foi ele, com o seu conhecimento e experiência, que me introduziu no conhecimento da realidade sócio-cultural e pastoral local.
Desde o início apreciei o seu trabalho de investigação cultural e pastoral. Apenas chegado ao Niassa, o missionário italiano Giuseppe Frizzi procedeu à recolha e salvaguarda dos trabalhos linguísticos dos primeiros missionários da Consolata que desde 1926 evangelizaram a região.
Enriqueceu o material etnográfico, anotando tudo o que encontrava, sobretudo provérbios e contos tradicionais macuas. Destes passou aos ritos das curas e às iniciações masculinas e femininas. Com o passar do tempo, formou uma equipa de colaboradores competentes na pesquisa de campo.
Em 1992, criou na Missão de Maúa o Centro de Investigação Macua-Xirima. Dele saíram traduções de textos litúrgicos e catequéticos que culminaram com a tradução e publicação, em 2002, da Bíblia Macua-Xirima ilustrada. Editou textos bilingues para a alfabetização e escolarização: Gramática Macua-Xirima, Mwana mutthú yowo: a criança é pessoa (2004). Em 2005, publicou o monumental Dicionário Macua/Xirima-Português e Português-Macua/Xirima. Agora, acaba de publicar em 1785 páginas a obra antológica, etnográfica “Murima ni ewani Exirima": Biosofia e biosfera Xirima".
O seu conteúdo e ilustrações favorecem a consolidação das raízes culturais do povo Macua-Xirima. O que tão generosamente este povo lhe foi doando a nível oral durante muitos anos de convivência, com gratidão é aqui restituído, fixado a escrito, filtrado e enriquecido pela sua experiência e metodologia científica.
O livro é uma suma quase completa da mundo-visão Macua-Xirima. A leitura dos textos revela a consistência da cultura e da sabedoria deste povo que se desenvolve em redor do tema central: a vida. Biosofia e biosfera é um binómio que abrange e unifica todas as secções que esta obra toma em consideração: Deus, criação, autoridade, parentesco, a pessoa, o trabalho, sabedoria, justiça, ética, saúde, doença, morte, curas, religião e festas.
Para cada uma das quinze secções apresentam-se muitos e variados textos: uns soltos, como é o caso dos inúmeros provérbios e axiomas; outros reproduzindo a sequência cronológica do rito celebrado (iniciação, sacrifício tradicional, curas, cânticos fúnebres e outros.). Para facilitar a compreensão dos textos estão inseridos nesta publicação várias ilustrações, realizadas por artistas do Centro de Estudos Macua-Xirima, sobretudo dos artistas Luís Presciliano e João Torchio.
Uma obra notável que demonstra o amor profundo de um missionário pelo seu povo. O fazer-se humilde para poder entender e o ser sábio para saber transmitir.
Para a publicação desta obra contribuíram entre outros, a Província Portuguesa dos Missionários da Consolata.
- Fátima Missionária, por Diamantino Antunes que é missionário da Consolata - 24-02-2009 • 07:50
Fátima Missionária (Portugal) - http://www.fatimamissionaria.pt/index.php
Missionários da Consolata (Portugal) - http://www.consolata.pt
Missionários da Consolata (Brasil) - http://www.imconsolata.org.br/index.php?option=com_content&view=frontpage&Itemid=1
Do ForEver PEMBA - <a href="http://foreverpemba.blogspot.com">http://foreverpemba.blogspot.com</a>
Posted on 27/02/2009 at 20:57 | Permalink | Comments (5)
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O nome de Winnie Mandela na quinta posição da lista de candidatos do Congresso Nacional Africano às eleições legislativas de Abril está a gerar uma onde de críticas ao partido no poder na África do Sul.
O facto de a ex-mulher de Nelson Mandela ter sido condenada nos tribunais, em 2004, por 43 crimes de fraude e furto, a uma pena de três anos e meio (posteriormente suspensa em recurso) de prisão tem levado muitos dirigentes da oposição a criticarem o partido no poder e especialistas em direito a questionarem a própria elegibilidade de Winnie Mandela. Shadrack Gutto, professor da Universidade da África do Sul (UNISA), considera que a circunstância de Winnie Mandela nunca ter sido presa (argumento utilizado pelo ANC para justificar a sua nomeação) é "irrelevante" uma vez que ela foi condenada e a pena suspensa que lhe foi imposta faz dela uma pessoa com cadastro e, como tal, não-elegível à face da lei.
(Agência Lusa) - MOÇAMBIQUE HOJE - 27.02.2009
Posted on 27/02/2009 at 19:05 | Permalink | Comments (1)
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A partir de Julho, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) vai instalar Centros de Negócios em África, segundo uma notícia do portal África21.
Um desses Centros, segundo o Portal, será instalado em Moçambique mas numa primeira fase o Brasil vai "trabalhar mais arduamente" na instalação dos mesmos em Angola e África do Sul, que foram definidos como países prioritários de um rol mundial. O objectivo desses Centros é promover a internacionalização das empresas brasileiras, auxiliando desde a prospecção de mercado, até a distribuição de produtos. Dentro do objectivo principal da agência, desde sua criação, em 1998, a Apex-Brasil vem se empenhando para promover os produtos e serviços brasileiros no mercado internacional, além de estimular o investimento estrangeiro no país.
(Moçambique Hoje) - 27.02.2009
Posted on 27/02/2009 at 19:01 | Permalink | Comments (1)
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As autoridades moçambicanas acusaram hoje a empresa de alumínio Mozal, a maior do país, de diversas violações à Lei do Trabalho de Moçambique no processo de dispensa de trabalhadores da empresa.
De acordo com o inspector-geral do Ministério do Trabalho (MT) de Moçambique, Joaquim Siúta, as irregularidades incluem a contratação de estrangeiros para ocuparem as vagas dos funcionários moçambicanos recentemente dispensados ou o despedimento de trabalhadores antes da comunicação ao MT.
“O Ministério do Trabalho constatou que, afinal de contas, a Mozal está a comunicar que vai proceder despedimentos, quando já iniciou o processo de despedimentos. Estamos a descobrir nestas diligências que há trabalhadores que foram inclusivamente despedidos no ano passado”, disse Joaquim Siúta.
Na semana passada, a primeira-ministra moçambicana, Luísa Diogo, confirmou que a fundição de alumínio Mozal - que nunca se pronunciou publicamente sobre o assunto - vai despedir este ano 90 dos seus 1.150 trabalhadores devido à diminuição da produção e à necessidade de rever custos operacionais.
A governante atribuiu a medida aos efeitos da crise económica mundial e à diminuição em 10 por cento da energia fornecida pela África do Sul ao empreendimento.
O Ministério do Trabalho encetou depois diligências junto da direcção da Mozal e dos trabalhadores, tendo constatado, entretanto, que apenas 48 funcionários da fundição foram despedidos, este ano.
“Ficámos a saber que a Mozal está a admitir trabalhadores. Nestes despedimentos, nem foram 80 trabalhadores, mas 48 e estão a diminuir moçambicanos e admitir estrangeiros”, destacou o inspector do Trabalho.
Recentemente, a Mozal enviou uma carta ao executivo de Maputo a anunciar a sua intenção de despedir parte dos trabalhadores, por motivos estruturais e de mercado.
Na carta da empresa a que a Lusa teve acesso, a direcção daquela indústria refere que “a necessidade de redução adicional de custos [está] associada às condições actuais de mercado [o que] forçou a redução da estrutura organizacional da Mozal”.
“Não há nenhuma indicação de que esta situação possa melhorar no curto espaço de tempo”, por isso, a empresa optou por despedimentos de alguns funcionários, frisa o documento da direcção da Mozal.
Mas, para o Governo moçambicano, a Mozal deveria apresentar um aviso prévio aos trabalhadores despedidos, de forma que, em negociações com os sindicatos, se encontrassem outras alternativas à decisão, nomeadamente uma mínima redução de salários, ou, eventualmente, distribuição dos lucros significativos que a empresa tem tido.
Por isso, “algumas medidas vão ser tomadas, como por exemplo, a correcção dos processos”, garantiu Joaquim Siuta.
Com 1.150 trabalhadores, a Mozal é a maior empresa de Moçambique representando por si só 3,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Em 2002, com metade da produção actual, as exportações da Mozal representaram 53 por cento do total das vendas de Moçambique ao exterior e as suas importações 28 por cento.
A empresa obteve lucros próximos de 470 milhões de euros em 2007, e um volume de negócios superior a 1,2 mil milhões de euros, de acordo com a avaliação anual da auditora KPMG.
O empreendimento da Mozal ocupa cerca de 140 hectares (equivalente a 340 campos de futebol).
São accionistas da Mozal o grupo anglo-australiano BHP Billiton (47 por cento), a japonesa Mitsubishi (25 por cento), a sul-africana Industrial Development Corporation (24 por cento) e o Governo moçambicano (4,0 por cento).
MMT - LUSA - 27.02.2009
Posted on 27/02/2009 at 17:22 | Permalink | Comments (0)
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O Governo de Moçambique considerou hoje “isolados” os casos de execuções extra-judiciais e tortura por membros da polícia moçambicana, denunciados pelo Departamento de Estado norte-americano no seu relatório anual sobre os Direitos Humanos.
Em declarações à Agência Lusa, a ministra da Justiça moçambicana, Benvinda Levy, salientou que este tipo de prática “não são política oficial” das autoridades do país.
“Não é política oficial em Moçambique o recurso a execuções sumárias. Em Moçambique não existe a pena de morte e os suspeitos de prática de crimes devem ser detidos e julgados de acordo com a lei”, afirmou a ministra à Lusa.
A prática de execuções sumárias contra alegados criminosos por parte de agentes da polícia moçambicana é apontada como um dos abusos dos direitos humanos mais recorrentes em Moçambique, no relatório do Departamento de Estado norte-americano, divulgado quarta-feira e hoje apresentado em Maputo.
Em conferência de imprensa, o encarregado de negócios da Embaixada dos EUA em Maputo, Todd Chapman, afirmou que “as forças de segurança moçambicanas mataram várias pessoas no ano passado”.
“Violência como primeiro recurso, uso excessivo da força e abusos continuaram a representar um problema na actuação dos agentes da polícia de Moçambique. A polícia operou com uma licença para matar”, sublinhou Chapman.
Segundo o relatório, a polícia moçambicana reagiu com “excesso de ansiedade, demonstração de força e com recurso à violência” à espiral de criminalidade que se registou na capital do país em 2008.
O documento lembra ainda que em resposta aos protestos violentos do dia 05 de Fevereiro contra o aumento do preço dos transportes públicos, as forças policiais dispararam balas de chumbo, de borracha e gás lacrimogéneo, ferindo mais de 100 pessoas, de acordo com fontes independentes, e apenas 68, segundo a própria polícia.
Benvinda Levy lembrou que as autoridades moçambicanas têm punido judicial e disciplinarmente os membros das forças de defesa e segurança considerados culpados de envolvimento em actuações ilegais.
Sobre a acusação de que o Governo interfere no funcionamento do aparelho judicial, que também consta do relatório, a ministra da Justiça repudiou a ausência de provas que possam sustentar essa alegação.
“Essa é daquelas acusações fáceis de fazer, mas difíceis de provar. Em 16 anos de magistrada judicial, antes de vir para ministra, nunca fui condicionada por alguém do Governo. Objectivamente, não há provas de que isso se esteja a passar”, afirmou a ministra.
A titular da pasta da Justiça manifestou-se, porém, “de acordo, em parte” com a descrição no documento de que as condições nas cadeias moçambicanas são “duras e atentatórias à vida” dos reclusos, mas assinalou que a situação está hoje melhor que no passado.
“Estou, em parte, de acordo, quando se diz que a situação não é melhor nas cadeias moçambicanas, mas estão hoje melhores que antes, como resultado de um grande esforço na melhoria das condições de reclusão”, disse.
No relatório, o Departamento de Estado norte-americano aponta ainda para o aumento de linchamentos contra supostos criminosos em algumas províncias moçambicanas, arbitrariedades cometidas por membros da polícia comunitária, violência doméstica, limitações à liberdade de imprensa e discriminação de pessoas portadoras do HIV/SIDA.
PMA - LUSA - 27.02.2009
Posted on 27/02/2009 at 17:16 | Permalink | Comments (0)
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Burocracia e corrupção com solo urbano
As irregularidades processuais, essas, não param, porque alegadamente a terra virou negócio chorudo para certos funcionários, como relatam os cidadãos que por ali andam a tentar resolver os seus problemas. O assunto foi tratado pelo «Canal de Moçambique» em duas edições (vsff Canal nº 761 de 18/02/09 e Canal nº 762 de 19/02/09) e agora essas mesmas edições até estão a servir de anexo a uma circular a chamar atenção o pessoal da Direcção de Construção e Urbanização.
Leia em: http://www.canalmoz.com/default.jsp?file=ver_artigo&nivel=1&id=6&idRec=5245
Posted on 27/02/2009 at 14:18 | Permalink | Comments (1)
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Por alegados actos de racismo e regionalismo
Alguns membros do comité sindical da empresa destacam, entre as várias irregularidades vividas no dia a dia, o incumprimento do horário de trabalho, falta de assistência médica e medicamentosa, disparidade no tecto salarial, despedimentos sem justa causa. Anotaram, desconfortadas, as nossas fontes.
No entanto, Mboso Mbatha, director dos Serviços de Recursos Humanos na KENMARE, refutou todas as acusações, argumentando que naquela empresa os trabalhadores estão escalonados em três grupos, sendo um de estrangeiros, outro de nacionais e o último de locais. E que é nessa base e depois de devidamente inteirados das condições disponíveis que os trabalhadores rubricam os respectivos contratos.
Quanto ao horário de trabalho, a fonte disse que todos os trabalhadores beneficiam de 15 dias de férias, depois de concluírem quatro meses de actividade, custeando a empresa as despesas de deslocações às zonas de origem.
Todas as semanas temos dois dias de descanso e dispomos já de um autocarro para os trabalhadores que queiram deslocar-se à cidade de Nampula
. Disse a fonte.
Por outro, o responsável pelo sector dos Recursos Humanos referiu que, nos encontros realizados com o comité sindical, ficou acordado que os aumentos salariais seriam, presumivelmente, materializados no próximo mês de Julho.
Inaugurada pelo Presidente da República de Moçambique, em 19 de Outubro de 2007, o projecto das Areias Pesadas de Moma conta, neste momento, com 432 trabalhadores, 116 dos quais de nacionalidade estrangeira.
WAMPHULA FAX - 27.02.2009
Posted on 27/02/2009 at 13:14 | Permalink | Comments (0)
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Desinformação sobre cólera - E dois membros da PRM feridos gravemente
Um morto, treze feridos, dois com gravidade e número incontável de casas queimadas e pilhadas é o resultado de uma escaramuça envolvendo habitantes de Muanhapo, posto administrativo de Quinga, distrito de Mogincual e agentes da saúde os quais são acusados de propagar a cólera naquela região de Nampula.
A vitima mortal é um activista da Cruz Vermelha que, em vida, respondia pelo nome de Cassiano Muquinone, cujo corpo, depois de espancado, foi atirado para o interior da sua residência de material precário que ficou em cinzas.
Os feridos graves são, igualmente, activistas da Cruz Vermelha em Mogincual, que prestam apoio ao sector de saúde na disseminação de informações básicas relacionadas com a prevenção da cólera
Nos últimos tempos, as comunidades de Quinga andavam desconfiados das actividades levadas a cabo pelos activistas da Cruz Vermelha, alegadamente por serem eles os responsáveis da propagação acelerada do surto de cólera que grassa na região.
Ameaças à integridade física tem sido feitas, mas, sem atingir a magnitude dos acontecimentos da última quarta-feira.
A força policial, que foi chamada a intervir não logrou os seus intentos devido ao seu reduzido número em relação aos dos manifestantes que não arredaram pé. Foi preciso mobilizar um efectivo de Nampula que, a partir da tarde de ontem, devolveu a tranquilidade à vila de Quinga.
Todavia, a polícia enfrentou dificuldades para se retirar de Quinga com os três detidos considerados promotores da manifestação, uma vez que a ponte, que dá acesso à Quinga, foi destruída, tendo sido parcialmente reposta só ontem à tarde.
A calma já voltou a Quinga desde a tarde de ontem, segundo nos confirmou Domingos Coutinho, comandante distrital da PRM.
WAMPHULA FAX - 27.02.2009
Posted on 27/02/2009 at 13:04 | Permalink | Comments (0)
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Texto atribuído a Neto, MENTOR MUNIZ NETO, director de criação e sócio da Bullet, uma das maiores agências de propaganda do Brasil, sobre a crise mundial:
"Vou fazer um slideshow para você.
Está preparado?
É comum, você já viu essas imagens antes.
Quem sabe até já se acostumou com elas.
Começa com aquelas crianças famintas da África.
Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele.
Aquelas com moscas nos olhos.
Os slides se sucedem.
Êxodos de populações inteiras.
Gente faminta.
Gente pobre.
Gente sem futuro.
Durante décadas, vimos essas imagens.
No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.
Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.
São imagens de miséria que comovem.
São imagens que criam plataformas de governo.
Criam ONGs.
Criam entidades.
Criam movimentos sociais.
A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá sensibiliza.
Ano após ano, discutiu-se o que fazer.
Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta.
Dizem que 40 bilhões de dóares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo.
Resolver, capicce?
Extinguir.
Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta.
Não sei como calcularam este número.
Mas digamos que esteja subestimado. Digamos que seja o dobro.
Ou o triplo.
Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.
Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse.
Não houve documentário, ONG, lobby ou pressão que resolvesse.
Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia. Bancos e investidores.
Como uma pessoa comentou, é uma pena que esse texto só esteja em blogs e não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar tapa e afagar...
Se quiser, repasse, se não, o que importa?
"O nosso almoço tá garantido mesmo..."
Posted on 26/02/2009 at 23:39 | Permalink | Comments (0)
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Posted on 26/02/2009 at 23:30 | Permalink | Comments (1)
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O Instituto Superior de Ciências e Tecnologia de Moçambique (ISCTEM) e a Universidade de São Paulo (USP), do Brasil, vão lançar no presente ano dois projectos de pesquisa, nomeadamente “Análise da Viabilidade de Produção de Etanol em Moçambique” e “Internacionalização do Ensino Superior:
Adequação Curricular”. Os dois estudos foram recentemente aprovados no âmbito do programa brasileiro Pró-África e visam, numa primeira fase, estabelecer as possibilidades de desenvolvimento do sector da bioenergia no país e analisar as estruturas organizacionais e programáticas que facilitam o processo de internacionalização das instituições de Ensino Superior, segundo uma nota do ISCTEM. A análise da necessidade de adaptação dos currículos para que a formação profissional incorpore temas relacionados com a internacionalização da governação global, contribuindo para uma melhor formação dos professores e estudantes é outra pretensão das pesquisas. Refira-se que 14 estudantes do ISCTEM encontram-se neste momento no Brasil em estágios de iniciação científica.
Posted on 26/02/2009 at 23:03 | Permalink | Comments (0)
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O MINISTÉRIO Público interpôs recurso no dia 19 de Fevereiro corrente contra o despacho de pronúncia de seis arguidos do “caso 220 biliões de meticais”, nomeadamente Almerino Manhenje, Lourenço Jaquessone Mathe, Manuel Luís Mome, Rosário Carlos Fidelis, Serafim Carlos Sira, Álvaro Alves Nuno de Carvalho e Dionísio Luís Colege, por se sentir inconformado com a decisão tomada pelo juiz da causa, Octávio Chuma.
Na referida pronúncia, o ex-ministro do Interior foi ilibado de 48 dos 49 crimes de que era acusado depois da sua detenção em Setembro do ano passado, reduzindo-se assim o valor que se considerava ter sido desviado com a sua conivência e o resto do grupo para menos de 20 biliões de meticais. De acordo com uma fonte autorizada contactada pelo “Notícias”, o inconformismo do Ministério Público é também relativo à não pronúncia de Luís Rosé Colete e Domingos Alfredo Mathe no desfalque do Ministério do Interior. A fonte garante que o MP não irá recorrer no que respeita a Armando Pedro Júnior.
Posted on 26/02/2009 at 22:59 | Permalink | Comments (0)
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Canal de Opinião
por Noé Nhantumbo
Exercícios de reflexão são sempre importantes ao longo de processos de qualquer natureza. Que o governo e o seu chefe tenham a prerrogativa de reunirem quem e onde queiram, isso não está em discussão. O que se pode questionar, e esse é um direito dos governados, é se há de facto resultados que justifiquem estas reuniões que até têm carácter inconstitucional. Isto para não falar logo de despesas suportadas por fundos públicos com a movimentação de funcionários partidários que não têm nenhuma função no Estado.
Com que direito se dá a tanta gente “paraquedista” prerrogativas especiais, até acima das conferidas aos próprios membros do Conselho de Ministros, se se trata de uma reunião alargada do Conselho de Ministros? Os próprios ministros não têm vergonha de serem subalternizados? Não terá sido a reunião uma reunião da Frelimo alargada aos ministros mas paga com dinheiro do Estado?
Veja-se a precedência protocolar que foi concedida aos membros da comissão política da Frelimo que nem sequer são membros do Conselho de Ministros!...
Mas falemos do tipo de benefícios que se colhem ao reunirem-se dezenas de pessoas com as mais diversas credenciais, durante dois ou três dias, num local relativamente distante para muitos dos participantes.
Que a reunião em si foi provocar uma avalanche de negócios para o local escolhido, é verdade e a economia do local escolhido para a reunião agradece. Quem dera ao local escolhido que os participantes permanecessem mais dias, mas a questão que se apresenta de facto interessante de verificar e analisar é se de facto os objectivos. A analise ao desempenho do governo nos últimos anos e perspectivar o que fazer até ao fim do mandato foi produtivo para o País? Não terá sido aquilo antes uma forma da Frelimo se reunir sob capa do Conselho Ministros em vésperas de eleições gerais? Onde está previsto que o Estado faça despesas com a moldura de gente que ali foi congregada?
Por aquilo que as câmaras de televisão deixaram passar e sem ter em minha posse a lista completa dos convidados, sou levado a dizer que alguns dos “convidados” estariam melhor sentados em casa do participando naquele encontro de alto nível. Isto se de facto o objectivo era discutir o desempenho do Governo.
Não quero questionar o direito ou não de estarem presentes pois quem faz a escolha dos convidados tem esse direito, desde que não ponha o Orçamento do Estado a pagar reuniões que mais se parecem partidárias e nada governamentais.
E o que é ainda mais estranho é que gente sem provas dadas, senão apenas proeminência política há algumas décadas atrás, seja convidada a participar. Quando no activo, como responsáveis de pelouros governamentais, alguns dos participantes não trouxeram ganhos. Nada fizeram. Até só desfizeram. O que estavam ali a fazer de útil nos dias que correm? Alguns até são responsáveis de algumas coisas tão mal feitas para a economia que me levam a questionar: estavam ali para aconselhar o quê?
Estou em crer que a utilidade de alguns seria bem mais interessante se ajudassem o governo actual a resolver alguns dossiers mal-parados como o dos “Madgermans” pois estiveram na liderança do assunto desde o princípio da exportação de mão-de-obra para a ex-RDA e até são acusados de a terem burlado. Sua presença ali na Namaacha será que acrescenta valor ou ajuda o actual governo a resolver os diversos problemas existentes?
Acredito que uma análise de custos-benefícios meramente governativos resultantes da presença de alguns dos participantes naquela reunião de Namaacha, mostrará que foi um desperdício de recursos.
Quem está na reforma deveria aí permanecer. Somente se compreende que apareça para fazer algo que se justifique pela urgência e absoluta necessidade. Para a governação nada fizeram de bom no seu tempo próprio o que terão ido ali agora fazer de útil? Gente que lidou e liderou processos económicos de natureza socialista e mesmo aí deixou poucas recordações dificilmente terá algo de interessante a dizer quando a questão é abordar uma economia de mercado em situação de dificuldade por inexistência de recursos suficientes que permitam ao governo fazer o que definiu como seus objectivos para este mandato. A não ser que se trate de uma reunião do Comité Central com a participação de membros do governo, em que os primeiros queiram ser pormenorizadamente informados sobre o estado da nação. Mas aí não deveria ser o Orçamento do Estado a pagar a fanfarra.
É simplesmente falta de austeridade juntar tanta gente para dizerem tão pouco no seu conjunto. É um custo demasiado alto juntar tanta gente inútil, que no passado já provou que as suas habilidades são desastrosas.
E quando a austeridade se impõe, mais estas coisas deviam ser mesmo evitadas. Não foram porque de facto tudo leva a crer que ali se foi discutir como a Frelimo vai às eleições. E foi-se ali derreter fundos do Estado que se tivéssemos uma PGR que de facto defende o que lhe compete, já começaria hoje mesmo a actuar em parceria com o Tribunal Administrativo.
Um desperdício de recursos do Estado e abuso de fundos públicos foi o que ali se viu quando a austeridade é mais do que necessária. E a austeridade começa no topo. É o chefe que deve mostrar, que deve dar o exemplo, e é a ele que cabe mostrar que este momento exige que poupemos recursos e que só se deve reunir quem é necessário e quando absolutamente necessário. Não daquela maneira desastrosa e esbanjadora.
O esbanjamento de recursos para satisfazer egos e assegurar a continuação de apoios por sectores do partido no poder que foram determinantes para a eleição de alguém, não é bom exemplo de austeridade. Trazer da reforma, veteranos da luta de libertação nacional, para uma reunião do Conselho de Ministros à custa do Estado, é o quê? Onde é que isso encontra provimento orçamental? Diga-nos lá senhor ministro das Finanças!
Não será mesmo que o que ali se foi tratar foi do partido-estado? Com que base legal? Com que base constitucional? Quem governa não tem de explicar como gasta os fundos públicos? Nem mesmo quando sobra para nos apercebermos que não há base legal que dê cobertura a despesas daquele género com fundos públicos?
E ainda mais: que subsídios trará uma mente talhada para funcionar em termos de economia centralizada quando a questão premente é saber como contornar-se a crise financeira internacional e os reflexos que isso vai ter em Moçambique?
Que dirá uma antigo administrador de distrito feito burocrata chefe do partido sobre as nuances possíveis da economia moçambicana e o desempenho do governo nos próximos tempos quando se anunciam despedimentos de trabalhadores em empresas como a MOZAL? Onde está o político quando os trabalhadores passam mal e ele esbanja dinheiro do Estado que seria mais útil gastar-se a criar emprego?
Julgo simplesmente inadmissível e sem alguma base lógica formular convites para reuniões de tão alto nível a gente que não faz sentido nenhum ali estar.
Temos que ser minimamente honestos e coerentes para ver o que se faz e como se faz. Temos de aprender com quem sabe e não gastar aquilo que se sabe serem escassos recursos, em reuniões que jamais se traduzirão naquilo que são as soluções que os moçambicanos anseiam e necessitam hoje. E, por favor, não gastem dinheiro público em proveito partidário que isso num Estado a sério é crime!
(Noé Nhantumbo) - CANAL DE MOÇAMBIQUE - 26.02.2009
Posted on 26/02/2009 at 19:21 | Permalink | Comments (1)
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O dito combate à corrupção no nosso País começa a parecer-se um circo. Prendem-se os suspeitos, cria-se a sensação nos cidadãos e no público em geral de que agora é que o combate à corrupção e ao assalto aos bens, património do Estado e erário público é mesmo a sério, mas depois de largos meses de cárcere despronunciam-se os arguidos. Está a acontecer isso com vários cidadãos e em vários casos que correm com réus presos. Um dos casos mais mediáticos deste “circo” é o do ex-ministro do Interior, Almerino Manhenje, mas não só...
O ex-ministro do Interior e ex-ministro na Presidência para Assuntos de Defesa e Segurança dos últimos governos do ex-Presidente da República Joaquim Chissano, coronel piloto-aviador Almerino Manhenje, foi detido e encarcerado na Cadeia Civil de Maputo, há vários meses. Começou por ser acusado pela Procuradoria Geral da República de 49 crimes, mas sabe-se agora que já foi despronunciado de 48 desses mesmos crimes de que chegou a estar acusado pelo Ministério Público, instituição que ao mais alto nível da sua hierarquia vertical é dirigida pelo Dr. Augusto Raul Paulino.
Embora de vertente oposta, não tarda também que Benigno Parente Júnior, ex-director de crédito do extinto Banco Austral e ex-administrador do Conselho de Administração Provisório do mesmo banco, acabe por ser ilibado por falta de consistência de provas que sustentem a acusação que o mesmo Ministério Público deduziu contra ele. A PGR, nem mais nem menos, acusa Parente Júnior de ser um dos co-autores materiais do assassinato de Siba-Siba Macuácua, a 11 de Agosto de 2001, antes ou devido à queda, como tudo indica provocada, pelo poço das escadas do edifício-sede do então Banco Austral, na Av. 25 de Setembro, em Maputo-Cidade, onde hoje funciona o banco Barclays que nada tem a ver com este caso.
Vai para oito anos e só agora a PGR se lembrou de nos surpreender com uma acusação mesmo a dar a entender – à boa maneira de quem pensa que os outros são burros – que se está finalmente a querer resolver o mistério que persiste sobre a morte do Dr. Siba-Siba Macuácua.
Ai comunidade internacional a quando obrigas quando condicionas o desembolso da ajuda financeira ao desfecho de casos tão bicudos!!!... Ai que maneira tão ridícula que se encontrou para escusar de responsabilidades quem não convém beliscar!...
Não tarda também que algo surpreendente venha a suceder no processo judicial relativo a desvios de fundos e outras falcatruas na «Empresa de Aeroportos de Moçambique». O PCA, Diodino Cambaza, ainda não destituído mas presentemente encarcerado, já disse nos autos, a crer-se em notícia dada por um dos semanários, que os desvios de valores da empresa, de que é acusado ser autor, foram afinal para financiar o Partido Frelimo. Por outras palavras quis dizer que não roubou por sua própria iniciativa, mas tê-lo-á feito por ordens de quem decide; por ordens de quem nomeia as administrações das instituições em que o Estado, representado pelo Governo e ao mais alto nível pelo presidente da República, tem a última palavra a dizer. Por sinal o presidente da República é também presidente do Partido Frelimo e isso cruza bem as hipóteses suscitadas!.. embora nada esteja provado.
Tudo isto se assemelha a episódios de uma tragicomédia ou mais uma cena de circo, se quisermos.
Estamos perante uma Procuradoria Geral da República (PGR) totalmente desacreditada. Desacreditada por não acertar uma. Desacreditada por deixar claro aos olhos de quem não quer ser cego, que está ao serviço de lobbies e não propriamente da Justiça que se pretende isenta. Anda como uma barata tonta. Diz uma coisa hoje e faz outra amanhã. Prende e depois não sabe justificar porque o fez. Prende e depois permite lavagem de imagem. Prende e depois arranja maneira de ajudar a resolver problemas políticos que estão à vista de toda a gente e só não vê quem se recusa a ver.
Estamos perante uma PGR que não sabe ser Estado. Estamos perante uma PGR onde impera gente que dá sinais de ter o rabo preso. Da grande esperança que suscita no início quando começa a agir, passa a bobo de festa.
Para alguns é cedo para tirarmos conclusões sobre este elenco ao mais alto nível da Procuradoria Geral da República. Contudo, o que já é publicamente conhecido – pelo menos para quem já se deixou de andar à procura de saber qual o sexo dos anjos – não há dúvidas de que estamos muito longe de ter no País uma PGR dotada de gente capaz ao mais alto nível, se bem que a outros níveis, onde o poder político “esclerosado” que temos não tem braços nem pernas para chegar, já se comece a vislumbrar alguma qualidade nos processos e estrito cumprimento da lei. Verdade seja dita: ainda que não se valorize essa muita gente com alguma qualidade que começa a rechear o aparelho do Ministério Público a níveis subalternos e um pouco por todo o território nacional, valha-nos essa gente que começa a honrar e dignificar o País e a Justiça em Moçambique. À parte essas excepções, tirem-nos da frente, por favor, estas “encomendas” que nos andam a querer deitar poeira nos olhos!...
Sempre que não há indícios do caso mexer com a numenklatura ou com os interesses de gente, essa sim, notoriamente suspeita de envolvimento em casos de enriquecimento duvidoso e com indícios claros de crime, ou com interesses directos no chamado partidão, vemos que a Justiça deu e continua a dar passos animadores que nos fazem acreditar no futuro. Mas quando envolve nomes sonantes, sempre que a conclusão pode deixar a nu os verdadeiros corruptos, aí os problemas começam a sobressair… Despronuncia-se quem já era dado como o maior ladrão deste mundo, ou começa-se a procurar bodes expiatórios, ou deita-se água na fervura quando convém ilibar alguém de responsabilidades por inconfessas razões. Tudo se apresenta sem consistência, muito à laia de cenas de “circo”, ilusionismo…
No caso de Manhenje começou-se por alegar que ele estava implicado no sumiço de 200 milhões de meticais (duzentos mil milhões da Velha Família do Metical) dos cofres do Ministério do Interior, quando era o principal funcionário do Estado na instituição. Agora só o acusam de ter responsabilidades sobre quinhentos mil meticais, valor que não passa de qualquer coisa como vinte mil dólares de quase 10 milhões de USD que era inicialmente a acusação sustentada por uma auditoria às contas do Ministério que o actual ministro do Interior, José Pacheco, mandou fazer antes de tomar posse do cargo para que o presidente da República Armando Guebuza o nomeou há cerca de 4 anos.
Não tarda o Estado ainda vai ter de pagar a Manhenje uma indemnização por danos incalculáveis ao seu bom nome. Aí somos nós os contribuintes que vamos ter de pagar. Sempre nós. Roubam-nos nas instituições e depois roubam-nos para pagarem os erros de pessoas que nunca são responsabilizadas por coisa alguma. Desgraça a nossa!
Estamos perante uma PGR submissa e às cambalhotas. Do que nos está a ser dado ver sobressai a tremenda falta de independência da Justiça que vamos tendo. É mesmo preocupante o que está a acontecer!
Podem pensar que os moçambicanos são parvos, mas não são seguramente o que se imagina. Estamos em ano de eleições. Quem terá a coragem de não contribuir mais para que este estado de coisas continue? Já alguém disse um dia, algures, que “no reino dos Trinitás precisa-se de um Bud Spenser”. Que bem que calha este apelo agora aqui entre nós! Que venha! Basta de circo!
(Canal de Moçambique & Semanário Zambeze) - 26.02.2009
Posted on 26/02/2009 at 19:05 | Permalink | Comments (0)
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O número de zimbabueanos residentes em Moçambique que estão a regressar ao seu país de origem aumentou significativamente desde a entrada em funções do novo Governo de unidade no Zimbabué, de acordo com as autoridades moçambicanas.
De 11 a
No mesmo período, mas em 2008, nas semanas que antecederam a primeira volta das eleições naquele país, registou-se exactamente o oposto: 8.241 deixaram o Zimbabué, contra 1.341 que regressaram.
A inversão do fluxo na fronteira registou-se, de acordo com as autoridades de Migração moçambicanas, logo no dia da tomada de posse do Governo de unidade, com 942 zimbabueanos a regressarem, contra 187 que atravessavam para Moçambique.
“Há uma tendência de inversão do movimento migratório dos zimbabueanos caracterizado por mais entradas e menos saídas. Actualmente registamos o contrário”, disse à agência Lusa o director provincial de Migração de Manica, Filipe Lucas Cumbe.
O mesmo responsável é mais cauteloso em estabelecer uma relação entre o regresso de um número crescente de zimbabueanos e a tomada de posse do Governo de unidade, embora admita que a criação do executivo conjunto “terá trazido uma tranquilidade” acrescida aos zimbabueanos.
Desde a implementação da reforma agrária, em 2000, registou-se um êxodo maciço de zimbabueanos em direcção aos países vizinhos, em especial para a África do Sul, mas também para Moçambique.
Após as conturbadas eleições no país em Março de 2008 a
Os poucos que entram em Moçambique, continuam a atravessam a fronteira à procura do que não encontram nas prateleiras vazias das lojas daquele pais vizinho.
Para os zimbabueanos residentes em Moçambique, a posse do novo Governo de unidade é vista com esperança.
“Achei oportuno voltar a casa agora e participar do relançamento da economia do país. Mas também gostava de ficar perto para garantir o meu antigo emprego”, disse Gumo Tkchidua, 36 anos, antigo trabalhador de uma fábrica de cerveja, que esperava na fila para carimbar o seu passaporte na fronteira.
Para Trishe Munetsa, 27 anos - que por duas vezes foi repatriada por viver ilegalmente em Moçambique - disse que o seu país está em condições de melhorar a estabilidade social do povo.
“Chegámos a viver em condições catastróficas, sem água, luz, comida e combustível. A economia estava estagnada. Agora estou a regressar em definitivo, porque as coisas vão melhorar no Zimbabué”, disse a comerciante, que desde 2005 compra produtos alimentares em Moçambique para revender no seu país.
A mesma opinião foi expressa por Steven Moyo, 34 anos, que fugiu para Moçambique de “uma vida insuportável” no Zimbabué.
“O que eu ganhava não dava para suportar as despesas e optei por procurar um alívio económico para garantir alimentação, saúde, educação para a minha família. Mas agora acho que estão criadas condições para eu regressar ao país”, disse o antigo funcionário da câmara municipal de Bindura, na região central de Mashonaland.
Porém, nem todos os que regressam revelam a mesma confiança em relação à capacidade de a nova realidade política no Zimbabué se traduzir a curto prazo numa melhoria das condições de vida para os seus cidadãos.
É o caso de Mary (que preferiu não revelar o apelido), para quem ainda existe “muito secretismo” em relação à situação.
“Para este Governo virar a página da actual situação do Zimbabué precisa de muita confiança entre as partes, o que duvido que aconteça em pouco tempo. O que pode acontecer será um governo de aliados”, disse Mary.
Para esta zimbabueana, a ZANU-PF de Robert Mugabe, no poder desde a independência do país em 1980, “ainda tem a capacidade de manobrar” e “sujar a imagem do MDC (oposição)”.
LUSA - 26.02.2009
Posted on 26/02/2009 at 18:26 | Permalink | Comments (0)
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Um total de dez denúncias e 20 consultas sobre vários aspectos sócio-económicos e laborais já foram efectuadas por diversos utentes do recém criado número telefónico LINHA VERDE da Direcção do Trabalho da Cidade de Maputo.
Na generalidade, a Linha Verde 800223223 (Direcção do Trabalho da Cidade de Maputo) recebeu, desde a sua activação em 05 de Janeiro passado, denúncias em regime de anonimato provenientes de trabalhadores de empresas de diversificados domínios, operando nesta cidade, por temerem represálias por parte das suas entidades empregadoras ou dentro dos seus locais de trabalho, em que solicitam a intervenção da instituição que superintende a área laboral para a solução dos seus problemas sócio-laborais e profissionais. A violação da legislação laboral por parte dos empregadores constitui a nota dominante nas denúncias anónimas que foram feitas nestes primeiros dias do funcionamento do número fixo
DIÁRIO DO PAÍS - 26.02.2009
Posted on 26/02/2009 at 15:58 | Permalink | Comments (0)
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MARCO DO CORREIO
Por Machado da Graça
Olá José António
Meu bom amigo, lembras-te da carta que te mandei, há poucos dias, falando das dificuldades que previa para o novo Governo do Zimbabué?
Pois tenho que reconhecer que o Mugabe é, de facto, alguém em quem podemos confiar absolutamente: a gente prevê que ele vai fazer porcaria e ele esforça-se por confirmar esta previsão no mais curto espaço de tempo.
Senão vejamos:
Depois de terem combinado tudo o que tinham a combinar, foi marcada a cerimónia de tomada de posse dos novos ministros. Só que, quando lá chegaram, descobriram que a lista da ZANU-FP era maior do que o que tinha ficado combinado.
Tinha ministros de que o Primeiro-Ministro, Morgan Tsvangirai, nunca tinha ouvido falar.
Armou-se uma enorme confusão, com o Presidente Motlanthe, da África do Sul, a tentar uma solução de última hora.
Marcou-se nova data para a posse dos ministros que não foram empossados nessa primeira cerimónia. Provavelmente houve mais negociações nos bastidores e a nova cerimónia realizou-se.
Só que o número de membros do Governo subiu para 61.
E enquanto na listagem anterior os ministros das duas facções do MDC somados eram mais do que os ministros da ZANU-FP, agora acontece o contrário. A ZANU-FP passou a ter 21 ministros e os dois MDC juntos 20.
Isto é, Morgan Tsvangirai passou a ser Primeiro- Ministro de um Conselho de Ministros em que está em minoria.
E tudo isto contrariando a Constituição. Na prática tomaram posse mais 15 ministros do que os previstos na Constituição.
Para conseguir este resultado foram criados cargos de “Ministros de Estado”. Estes Ministros de Estado são pessoas que não têm funções específicas, mas têm gabinetes, salários, regalias várias, alojamento e transporte por conta do Estado. Segundo a Imprensa internacional alguns dos novos ministros receberam já novas limusines Mercedes Benz.
Mas a cereja em cima deste bolo, cozinhado por Mugabe e pela sua pandilha, foi a prisão, poucas horas antes da tomada de posse, do Vice-Ministro da Agricultura, Roy Bennet, indicado pelo MDC, acusado de terrorismo e outras coisas do género. No momento em que te escrevo creio que ainda continua detido.
Todas estas tropelias se passam perante um cenário de pilhagem desenfreada dos bens do país.
Depois dos festejos faustosos do aniversário natalício do Mugabe, vão chegando notícias de que está a adquirir bens de luxo no Extremo Oriente, nomeadamente uma grande mansão, uma fábrica de lapidação de diamantes, etc..
E não é mau recordarmos que se disse, na época, que a presença de tropas zimbabueanas na guerra civil do Congo Democrático se destinou a retirar de lá grandes quantidades de diamantes, de que a região é rica.
Diz-se também que, por altura da tomada de posse, mais umas dezenas de farmas foram ocupadas pelos partidários do Mugabe.
E, em relação ao espírito de reconciliação, parece-me que está tudo dito...
Quanto tempo vai durar esta forma de acomodação, não sei. Mas creio que os elementos do MDC não vão conseguir manter a ordem e aumentar a prosperidade num país em que este tipo de coisas continua a acontecer, debaixo do olhar calmo dos dirigentes da região.
Um abraço para ti, José António, do
Machado da Graça
CORREIO DA MANHÃ - 26.02.2009
Posted on 26/02/2009 at 15:28 | Permalink | Comments (3)
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PARA ATRACÇÃO DE INVESTIMENTOS O ministro do Turismo, Fernando Sumbana, considerou o guia de investimento em Moçambique, como um instrumento bastante importante para a atracção de investimentos para o País. O referido documento foi lançado pela Sociedade de Advogados de Portugal (PMLJ) esta semana, em Maputo, num acto que marcou o início da parceria entre a Advogados e Consultoria de Moçambique (MDGA) e a parte portuguesa no ramo da advocacia e consultoria, uma aliança que constitui um forte complemento à oferta de serviços diversificados nas áreas da banca, bolsa e comércio internacional no País. Fernando Sumbana disse, na ocasião, que Moçambique começa a ganhar uma maior visibilidade mercê do seu rápido crescimento e estabilidade económica, o que se traduz no aumento de investimentos de firmas internacionais de renome no País. Para o governante, essas firmas constituem porta de entrada de investidores em Moçambique, “e isso é muito importante porque são essas empresas que informam os homens de negócios sobre o ambiente legal no nosso País, aconselhando-os sobre a necessidade de actuarem em conformidade com as leis”. “Isso reduz os custos de transação, cria condições para que os investidores se sintam bem no nosso País e não provocam desilusões por eles apresentarem, duas ou três vezes, propostas que não estejam enquadradas dentro do sistema legal em Moçambique, e isso permite uma maior velocidade a todo o tipo de relação de negócio no País”, referiu. O guia de investientos em Moçambique foi elaborado em Setembro de 2008 e destina-se, fundamentalmente, a facilitar consultas aos investidores sobre matéria legal nas diferentes áreas de investimento, cujo volume tem vindo a incrementar-se nos últimos tempos no País. Segundo a PMLJ, o guia fornece informações relevantes aos investidores sobre o ambiente legal e de negócios em Moçambique e explica de uma forma muito clara, por exemplo, como se procede ao registo de uma empresa, entre outras coisas que por falta de conhecimento afastam os investidores do País. A Sociedade de Advogados de Portugal diz que não vem a Moçambique para fazer concorrência aos advogados e autoridades locais, mas unicamente para fazer a complementaridade dos serviços nas diferentes áreas. DIÁRIO DE NOTÍCIAS - 26.02.2009
Posted on 26/02/2009 at 15:11 | Permalink | Comments (4)
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Cerca de 650 personalidades, entre operadores turísticos e governantes africanos do sector, testemunham hoje em Maputo o lançamento do projecto “Marca Moçambique”, cujo objectivo é demonstrar ao mundo que Moçambique é um local seguro para investimentos.
Segundo o jornal Notícias, na sua edição de hoje, o Ministério do Turismo pretende promover a “Marca Moçambique” em português e inglês em vários países, entre os quais Portugal, África do Sul, Reino Unido, Alemanha durarante seis meses.
(Moçambique Hoje) - 26.02.2009
Posted on 26/02/2009 at 14:56 | Permalink | Comments (1)
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Alegado Envolvimento de Orlando Cristina não Bate Certo com os Factos
"O livro-bomba é montado na Beira. É levado da Beira para o Consulado Geral de Portugal, no Malawi, em que estava Jorge Jardim e outro funcionário que acompanhava sempre Jardim, que era o senhor Orlando Cristina". – Sérgio Vieira, in Savana, 18 de Fevereiro de 1994
As já conhecidas alegações de Sérgio Vieira, reiteradas na edição de 8 de Fevereiro último do semanário Domingo (Sobre os 40 Anos Depois de um Crime), não coincidem que a realidade dos factos. Segundo Sérgio Vieira, a encomenda-bomba que vitimou Eduardo Mondlane teria sido transportada da Beira para Blantyre por Orlando Cristina. Na óptica de Sérgio Vieira, aquele que viria a ser o primeiro secretário-geral da Renamo estaria ligado à PIDE/DGS, tendo participado na operação visando o assassinato de Eduardo Mondlane. Será que de facto foi assim?
É por demais conhecida a propensão de Sérgio Vieira para deturpar os factos e inventar situações como forma de criar versões que não condizem com a realidade. Não obstante a Interpol ter apurado que as pilhas utilizadas na montagem da encomenda-bomba terem sido exportadas pela fábrica Hitachi, do Japão, para a Casa Pfaff, sita na Rua Joaquim Lapa, n°5, na então Lourenço Marques, Sérgio Vieira declarou ao Savana (edição de 18 de Fevereiro de 1994) que “as pilhas que activaram a deflagração [...] faziam parte de um lote de pilhas japonesas que foram enviadas e comercializadas na cidade da Beira”. O objectivo de Sérgio Vieira visa, claramente, provar o envolvimento de Orlando Cristina, já que à altura do assassinato de Mondlane ele residia na Beira.
A realidade, porém, é que Orlando Cristina não era da PIDE/DGS, o que põe em causa o seu alegado papel de portador da encomenda-bomba, tal como sustenta Sérgio Vieira. Nem mesmo a ida de Cristina para a Tanzânia logo a seguir à fundação da Frelimo constituiu uma operação de infiltração do movimento de libertação engendrada pela PIDE. Na altura, Orlando Cristina colaborava com a Segunda Repartição do Estado-Maior General das Forças Armadas Portuguesas em Nampula. Criada pelo Coronel Costa Matos, a Segunda Repartição tratava da recolha e análise de informações, o equivalente à chamada Inteligência Militar das Forças Armadas de Moçambique.
Cristina alega que fugiu para Dar-es-Salam devido a problemas com licenças de caça, e não no âmbito de uma missão secreta visando infiltrar a Frelimo. Durante a sua estada em Dar-es-Salam denunciou às autoridades tanzanianas a presença de agentes da PIDE no seio da Frelimo. Ao regressar, desiludido, a Moçambique, Cristina é preso como desertor das Forças Armadas Portguesas, o que não coincide novamente com a alegação de ter ido à Tanzânia enquanto ao serviço da PIDE. É Jorge Jardim que consegue retirar Orlando Cristina da cadeia, evitando que fosse julgado em Tribunal Militar. Foi a partir dessa data que Cristina passa a colaborador de Jorge Jardim, entrando até em choque com a PIDE.
O Atentado Contra Brás da Costa
Um ano antes do assassinato do primeiro presidente da Frelimo, Orlando Cristina sofria ameaças veladas por parte da polícia política do regime colonial. Um episódio comprovativo deste facto desenrolou-se em torno do atentado contra Brás da Costa.
Brás da Costa era um comerciante português que vivia em Lichinga. Tinha cantinas em diversas localidades da província do Niassa. Durante a luta pela independência nacional, guerrilheiros da Frelimo frequentavam com regularidade os estabelecimentos comerciais de Brás da Costa, em busca de géneros e medicamentos.
Apreensivo com esta situação, Brás da Costa entrou em confidências com Orlando Cristina, cujo pai era também comerciante no Niassa. Brás da Costa conta a Orlando Cristina o dilema em que se encontrava: se denunciasse a presença dos guerrilheiros às autoridades coloniais, elas acabaria por montar uma cilada aos combatentes da Frelimo, matando-os ou capturando-os. E em retaliação, a Frelimo saquearia as suas lojas ou então matá-lo-ia numa emboscada. Mas se não informasse as autoridades, Brás da Costa achava que mais tarde ou mais cedo seria preso por colaboração com o "terrorismo".
- Como me safar desta alhada?, indagou Brás da Costa na conversa tida com Orlando Cristina.
Cristina, que na altura estava ligado a Jorge Jardim como agente dos Serviços Especiais de Informação e Intervenção (SEII), aconselhou Brás da Costa a não informar nem a PIDE nem a tropa colonial. Numa condição: que o mantivesse a ele, Cristina, informado de todas as visitas que os guerrilheiros da Frelimo efectuassem às suas lojas e cantinas. Assim, raciocinava Cristina, a presença da Frelimo na zona, as suas movimentações e áreas de infiltração para sul e outros planos passariam a ser melhor interpretados.
Dito e feito. Passaram-se meses e a PIDE apercebe-se da situação. A PIDE alerta o exército, mas este, ao par das intenções do SEII, em virtude de ser uma unidade das próprias Forças Armadas Portuguesas faz ouvidos de mercador. A PIDE irrita-se e decidi que tem entre as mãos um “traidor à Pátria”, alguém que “colabora com os turras” da Frelimo. Opta por um ajuste de contas. Prepara, na delegação da Beira, um encomenda-bomba endereçada a Brás da Costa. Corria o ano de 1968.
Brás da Costa não suspeitou de nada ao receber a encomenda na então cidade de Vila Cabral, pois tratava-se de mais uma remessa da revista Paris-Match que lhe chegava às mãos, como assinante que era. Ao abrir a encomenda, porém, dá-se uma explosão e Brás da Costa fica sem os dois membros superiores, para além de ter contraído outros ferimentos graves. Sobrevive, e é tratado numa clínica na Europa.
Muito embora a PIDE tivesse posto a circular na colónia o boato de que fora a Frelimo a autora do atentado, Jorge Jardim, que na altura se encontrava em Portugal, suspeita que algo de estranho se passara. Em mensagem gravada expedida por portador para a Beira, Jardim pede a Orlando Cristina para que “proceda a investigações pormenorizadas para se apurarem as causas do atentado contra a vida do meu empregado, Brás da Costa.”
Diligente, o “comissário político” de Jardim, como este denomina Orlando Cristina no seu livro de memórias, Moçambique Terra Queimada, depressa vem a saber que a encomenda fora expedida de Tete. Do que conseguiu apurar junto da funcionária dos CTT (Correios Telégrafos e Telefones) naquela cidade, a pessoa por ela descrita como tendo entregue a encomenda ao balcão dos correios era da Beira e ligada à PIDE.
Antes que Cristina aprofundasse as investigações, a PIDE chama-o à sua delegação na Ponta Gêa. O inspector da PIDE que dialoga com Cristina a páginas tantas vira-se para ele e diz-lhe, calmamente,:
- Senhor Cristina, não subestime os métodos da PIDE.
Cristina compreendeu o alcance do recado que lhe acabara de ser dado, pondo termo às investigações de carácter privado que vinha encetando por ordens do seu ídolo e anjo-da-guarda, Jorge Jardim.
Com a conquista da independência, Brás da Costa continuou no Niassa, florescendo na actividade que vinha desenvolvendo já desde a época colonial. As suas relações com o novo poder estabelecido em Moçambique aprofundar-se-iam. Governadores, altos quadros do partido e outros responsáveis do regime faziam questão de bater à porta de Brás da Costa em Lichinga. O próprio Samora Machel viria a enaltecer o papel desempenhado pelo comerciante do Niassa durante a luta armada. A Frelimo, por via da Comissão Permanente da Assembleia Popular, conferiria uma medalha àquele cidadão português pelo apoio prestado à causa da independência nacional, considerando-o um herói.
Jardim Negou Envolvimento na Morte de Eduardo Mondlane
Os pormenores em torno do atentado de que Brás da Costa foi vítima permitem estabelecer que existe uma clara contradição entre a realidade dos factos e a versão apresentada por Sérgio Vieira quanto ao trajecto da encomenda-bomba que viria a causar a morte ao primeiro presidente da Frelimo. Em que fontes se apoiou Sérgio Vieira para fazer tais alegações? De que dados concretos dispõe?
O mesmo se poderá questionar em relação ao alegado envolvimento de Jorge Jardim na montagem e envio da encomenda-bomba através do consulado português no Malawi. Do que se sabe a respeito desta alegação de Sérgio Vieira é que Jorge Jardim negou qualquer envolvimento. No referido livro de memórias, Jardim afirma que “quando o Dr. Eduardo Mondlane (por quem o Dr. Banda tinha sincero apreço) foi assassinado, preparava-se o Presidente do Malawi para promover o nosso encontro. Não o quisera fazer mais cedo por duvidar da minha preparação para isso. Por tudo, tive a maior pena em que esse crime houvesse sido cometido. Só faltava que, anos depois, me viessem a acusar de o ter planeado".
É tempo da Frelimo trazer a público os relatórios oficiais da investigação do atentado bombista que vitimou Eduardo Mondlane, dando a conhecer aos cidadãos as verdadeiras circunstâncias da sua morte. A História de Moçambique não pode andar à mercê de fantasias e manipulações. (Redacção)
Posted on 26/02/2009 at 12:30 | Permalink | Comments (1)
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A APREENSÃO de uma arma de caça do tipo SKS, vulgarmente chamada Carabina, pertencente ao Exército, das mãos de dois caçadores furtivos no interior do Parque Nacional das Quirimbas, poderá parecer um pequeno problema quando equacionada a partir da quantidade, tanto dos envolvidos como do instrumento de caça, mas dá informação importante que passa pela persistência dos fora-da-lei nas suas actividades em zonas proibidas, do controlo que há sobre os artefactos bélicos, a conivência com as autoridades comunitárias, e sobretudo o tempo que levou a ser usada.
Maputo, Quinta-Feira, 26 de Fevereiro de 2009:: Notícias
Na verdade, a arma encontrada nas mãos de Alberto Muatal, de 32 anos de idade, e Victor Basílio, de 60 anos, de Nancarramo, com a conivência de Casimiro Naface, presidente daquela aldeia, e Manuel Bitão, chefe do bairro de Merruco, está fora dos quartéis desde 2005.
Foi em 27 de Junho daquele ano que, em nome de José Custódio Lucas, chefe do armamento do 10º Batalhão das FADM, em Pemba, foi assinada uma credencial, a favor de um desmobilizado de nome Alberto Muqueia, autorizando a utilizar a carabina para a caça “com a finalidade de adquirir caril para a dieta dos militares”.
Muaqueia porta ainda uns croquis para o Exercício da sua actividade furtiva, mas no distrito de Mecúfi, e não no de Pemba-Metuge, situado no interior do parque. Uma arma que fica quatro anos em mãos estranhas precisa de se alimentar de munições, que urge saber a partir de onde se abastecia aquele artefacto de guerra.
Leia em: Download Furtivos não desarmam no Parque das Quirimbas
Posted on 26/02/2009 at 00:40 | Permalink | Comments (0)
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O grupo canadiano African Queen Mines anunciou terça-feira em Vancouver ter informado a parceira Manica Minerals de que desistia do projecto de exploração de ouro de Cazula, em Moçambique.
A acordo assinado em Agosto de 2007 entre o grupo, que em Moçambique funciona sob a designação Pan African Mining (PAM) Mozambique, e a Manica Minerals cobria a exploração e o desenvolvimento do histórico distrito de minas de ouro de Machinga, englobando cerca de 350 quilómetros quadrados perto da cidade de Tete.
Em comunicado assinado pelo presidente do grupo, Irwin Olian, afirma-se que ao longo dos últimos dois anos foram efectuados estudos contratados à empresa da Cidade do Cabo, África do Sul, Remote Exploration Services, tendo sido investidos cerca de 600 mil dólares.
Mas os resultados obtidos recomendaram que o projecto fosse abandonado e os esforços e dinheiro seja canalizado para o projecto aurífero de Fingoé, onde os estudos levados a cabo apresentaram resultados promissores.
Além do projecto de Fingoé, o comunicado indica que o grupo vai centrar-se agora nos projectos diamantíferos no Botswana e na Namíbia, "que serão o foco principal das nossas actividades nos próximos meses".
(macauhub) - 25.02.2009
Posted on 26/02/2009 at 00:31 | Permalink | Comments (1)
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Posted on 25/02/2009 at 20:46 | Permalink | Comments (0)
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A cólera provocou 68 mortos em Moçambique desde o início do ano, período em que foram diagnosticados 8.150 casos em dez das 11 províncias do país, anunciou hoje o Ministério da Saúde (MISAU) moçambicano.
Segundo o porta-voz do MISAU, Leonardo Chavane, as províncias de Nampula (norte) e Tete (centro) registaram o maior número de óbitos, 14 cada, em 2.527 casos na primeira e 1.142 na segunda.
Entre Janeiro e Dezembro de 2008, registaram-se 12.842 casos de cólera em Moçambique, de que resultaram 151 mortos.
Desde o início do ano, as autoridades sanitárias "ainda não registaram casos de cólera na província de Gaza, sul de Moçambique", disse o porta-voz do Ministério da Saúde.
Além de Nampula e Tete, 11 pessoas morreram devido à cólera em Cabo Delgado(em 950 casosde infecção), nove na Zambézia (430), seis em Niassa (283), cinco em Manica (1.394) e quatro em Inhambane (14).
Na capital Maputo, que tem estatuto de província, foram registados 859 casos de cólera, de que resultaram quatro mortos, enquanto na província com o mesmo nome há a registar um óbito em 118 casos.
Na província de Sofala, as autoridades registaram este ano 433 casos de cólera, mas sem qualquer óbito.
Leonardo Chavane referiu que o Ministério da Saúde "está a trabalhar em duas frentes para estancar a doença: evitar que as pessoas morram por causa da cólera e acelerar a intensificação de acção de prevenção, através de tratamento da água, divulgando mensagens preventivas e distribuindo cloro".
Também "estão a ser realizadas actividades conjuntas com outras instituições, nomeadamente municípios, Ministério das Obras Públicas, organizações não governamentais, como o Fundo das Nações Unidas para a Infância e a Organização Mundial da Saúde", acrescentou.
MMT. -LUSA - 25.02.2009
Posted on 25/02/2009 at 20:31 | Permalink | Comments (0)
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TRATA-SE DO CORAÇÃO E PULMÕES DE UMA ANCIÃ PRESUMIVELMENTE POR ELES
Os dois indivíduos, de 20 e 38 anos de idade, foram detidos na posse dos referidos órgãos humanos, depois de a corporação ter recebido uma denúncia popular, segundo Pedro Cossa, porta-voz do Comando-Geral da PRM, acrescentando que decorrem investigações para a localização do alegado mandante do crime macabro.
Entretanto, de 14 a 19 de Fevereiro de 2009, a PRM reclama ter detido em todo o país cerca de 689 pessoas em conexão com um total de 257 casos criminais, dentre os quais uma tentativa de assalto às bombas de combustível da Petrogal, na zona de Infulene, município da Matola.
Outros dois indivíduos foram neutralizados na baixa da cidade de Maputo depois de terem arrombado um estabelecimento comercial, recorrendo a chaves falsas e depois de terem furtado cerca de sete mil meticais, no mesmo estabelecimento, enquanto na cidade de Tete, Centro do país, um ancião de 61 anos de idade foi também detido pela PRM na posse de 107 unidades de heroína, sete de cocaína, para além de 17 mil meticais e 120 dólares americanos.
J. Ubisse -CORREIO DA MANHÃ - 25.02.2009
Posted on 25/02/2009 at 14:32 | Permalink | Comments (0)
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Júlio João Daniel, residente no Chamanculo conta que “quase todas as artérias que atravessam o bairro eram asfaltadas até à altura da independência, isto é, até 1975. A partir daquele ano estas estradas foram votadas ao abandono. Nunca mereceram a atenção de quem de direito. É o desleixo por parte das autoridades municipais”.
A degradação progressiva do piso nas várias artérias da capital do País e arredores continua a contrastar com os valores que se diz investidos. As obras feitas pouco ou nada duram e há sítios onde nem sequer há sinais de preocupação das instituições que têm por definição, obrigação de cuidar da cidade. Numa ronda efectuada pela nossa reportagem às zonas chamadas “de cimento” bem como aos “bairros periféricos” do Município de Maputo, constatámos que está tudo um caos, desde as ruas da Sommerschild, na chamada zona nobre da cidade, até um pouco por todo o lado. Mesmo onde sucessivas obras foram feitas e o dinheiro foi gasto o que se vê sempre que chove é tudo voltar à primeira forma. A duração das obras executadas com dispêndio de grandes valores leva qualquer leigo a perguntar: como é que os gestores dos fundos públicos andam a defender o dinheiro dos contribuintes? Como se gasta dinheiro todos os anos e todos os anos se tem de voltar a repetir as mesmas obras?
Nas zonas suburbanas, tais como Chamanculo, Polana Caniço, Zona Verde, Bagamoio, Hulene, T3, para só citar algumas, ainda não foram efectuadas obras de grande vulto de modo a permitir que haja o mínimo de estética e valorização. Nessas zonas, desde que o País ascendeu à independência, nada acontece. Os anos passam e nem o piso de terra batida é cuidado. Nas zonas de cimento fazem-se obras e pouco tempo depois está tudo na mesma. O caos é apenas adiado uns meses, quando não mesmo apenas alguns dias. Nem mesmo nas zonas onde os governantes do País exibem o seu tique Snob as mazelas passam à história. Fazem-se obras, várias, repetem-se todos os anos, mas os buracos voltam pouco depois.
Leia em: http://www.canalmoz.com/default.jsp?file=ver_artigo&nivel=1&id=6&idRec=5231
Posted on 25/02/2009 at 10:54 | Permalink | Comments (0)
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Uma investigação da BBC descobriu provas segundo as quais a Vice-Presidente do Zimbabwe, Joyce Mujuru, tentou violar as sanções internacionais envolvendo-se no financiamento de um negócio de venda de ouro na Europa.
Uma empresa que se dedica ao comércio de matérias-primas disse que Joyce Mujuru se ofereceu para vender mais de três toneladas e meia de ouro da República Democrática do Congo.
O negócio terá tido a sua própria filha, Nyasha del Campo, como intermediária.
Joyce Mujuru foi nomeada Vice-Presidente do Zimbabwe há cinco anos pelo Presidente Robert Mugabe.
Ela está entre mais de 200 individualidades zimbabweanas que tiveram as suas deslocações e bens congelados pela União Europeia.
Ela e outros membros da Zanu-FP foram acusados de deteriorar seriamente os direitos humanos e as regras legais no Zimbabwe.
A Firstar, uma companhia com escritórios na Europa e que se dedica ao comércio de metais preciosos, diz que Nyasha del Campo, a filha de Joyce Mujuru, se ofereceu para vender mais de três toneladas e meia de ouro congolês.
Emails
Felix Eimer, um funcionário da Firstar, mostrou à BBC cópias de emails recebidos durante as negociações e que parecem mostrar que a Vice-Presidente do Zimbabwe estava no centro da negociata.
Joyce Mujuru pagaria, inclusive, pelos custos de transporte do ouro para uma refinaria na cidade suiça de Zurique.
"Ela era a componente que faria o negócio ir por diante. Sem o seu dinheiro, o seu financiamento e os seus contactos directos com a mina de ouro não haveria contrato. Nyasha del Campo estava apenas a coordenar o negócio com terceiros. A pessoa encarregue da organização e do financiamento do negócio era a mãe dela."
A companhia diz que se retirou do negócio quando se apercebeu do envolvimento dela.
A Firstar diz que Joyce Mujuru depois telefonou ao chefe-executivo da companhia na Europa para exigir que a decisão fosse revogada.
A BBC não conseguiu contactar a Vice-Presidente do Zimbabwe para um comentário.
Ela e o marido, Solomon Mujuru, um antigo chefe do exército nacional, estão entre as pessoas mais ricas e poderosas no Zimbabwe, com grandes investimentos na área da exploração mineira.
A filha do casal Mujuru, que é casada com um cidadão espanhol e vive em Madrid, diz estar a consultar os seus advogados.
BBC - 24.02.2009
Posted on 25/02/2009 at 01:13 | Permalink | Comments (0)
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Na Ilha de Moçambique Pouco mais de 12 mil pessoas das 17 mil residentes na cidade da Ilha de Moçambique, a norte da província de Nampula, poderão dentro dos próximos seis meses ser transferidas para a zona do continente em consequência do aglomerado populacional que se verifica naquele que é considerado Património Mundial da Humanidade. Segundo o presidente eleito no último escrutínio eleitoral realizado em Novembro passado, neste momento, está a decorrer um trabalho de identificação para posterior transferência das famílias de grande número de famílias que deverão abandonar o local. Numa primeira fase serão transferidas 5 mil famílias. Alfredo Matata, Presidente do Conselho Municipal da Ilha de Moçambique, avançou ainda que já está a decorrer o processo de ordenamento territorial das zonas onde se espera que possam ser alojadas mais de 12 mil pessoas. Aliás, Matata, indicou que a primeira zona que vai acolher os transferidos é a de Sanculo. A escolha recai a esta pelo facto de encontrar-se próxima da ilha e ser uma área estratégica para que a população não sofra na busca de água, no acesso a energia e outros benefícios sociais. Entretanto, maior parte da população da Ilha de Moçambique não vêem com bons olhos a ideia da edilidade local, alegadamente porque as zonas previstas não apresentam quaisquer condições de habilidade. Segundo os munícipes daquela que foi a primeira capital da República de Moçambique, as zonas previstas não tem ruas abertas, não tem iluminação, não tem água e os serviços educacionais e sanitários encontram-se, igualmente, distantes. Apesar destas reclamações, as autoridades municipais dizem que é imperioso avançar com o projecto no sentido de criar melhores condições de vida. MEDIA FAX - 23.02.2009 NOTA: Alfredo Matata era o Administrador da Ilha de Moçambique. Eleito pela FRELIMO certamente terá mais apoios do Estado que a Edilidade anterior. Agora, só quem não conhece a situação na Ilha pode acreditar que, em seis meses, sejam transferidas 12 mil pessoas para o continente. Se o fizerem forçadas, não demorará tempo que regressem à Ilha. Promessas... Fernando Gil MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 25/02/2009 at 00:56 | Permalink | Comments (0)
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O Presidente da República são-tomense disse hoje que está disponível para continuar a exercer o seu mandato mas com a garantia do apoio dos restantes órgãos de soberania.
"Eu estou pronto a continuar, mas quero garantias. Ainda hoje ou amanhã vou tentar reunir os órgãos de soberania", disse Fradique de Menezes que se manifestou interessado na concretização de "um pacto de regime" para tirar o país da "constante instabilidade politica".
Numa longa entrevista com a imprensa que demorou cerca de uma hora e meia, Fradique de Menezes afirmou que ponderou muito e continua a ponderar sobre a sua continuidade no cargo.
"A intenção que eu tinha continua. Se é por minha causa que as coisas não funcionam, que temos a instabilidade neste país, então temos que encontrar uma solução: eu prefiro retirar-me", disse o presidente.
No entanto, Fradique Menezes acrescentou: "Se eu tiver a garantia de que vamos trabalhar, que vai haver estabilidade neste país, que eu não serei utilizado por uns e outros, eu continuo como presidente da República".
Há uma semana, Fradique de Menezes havia dito numa reunião da comissão politica do seu partido, o Movimento Democrático Forças da Mudança-Partido Liberal (MDFM-PL) que tencionava renunciar ao cargo de Presidente da República, por alegadamente estar a ser "injustamente responsabilizado por pessoas de má fé pela intentona de alteração da ordem constitucional"
O chefe de Estado aproveitou a ocasião para lançar uma vez mais a proposta de um referendo constitucional para a mudança do actual regime de governo para o presidencialismo.
"Uma consulta ao povo sobre qual o sistema de governação que pretendem. Assim partiríamos para as eleições já no quadro desses sistema de governação. Ou mantendo o que temos agora ou irmos para um novo sistema. Acho que isso é que era democracia", disse Fradique de Menezes num discurso transmitido em directo pela emissora oficial são-tomense, a Rádio Nacional.
Relativamente à alegada inversão da ordem constitucional, o Presidente da República referiu-se a dois relatórios secretos que deram lugar à decisão tomada pelo governo, sendo um elaborado pelos serviços de segurança e outro por uma pessoa não identificada.
Lembra que depois de cumprir o primeiro mandado como Presidente da República não estava interessado em fazer o segundo por achar o cargo de "meramente corta-fita".
"Eu já não estava encorajado a brigar o segundo mandato e tinha já o meu nome na lista de deputado ao círculo eleitoral de Mé zoonchi", disse.
MYB - LUSA - 23.02.2009
Posted on 25/02/2009 at 00:37 | Permalink | Comments (1)
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ESTAS PALAVRAS DITAS HÁ 206 ANOS ATRÁS, SÃO DE UMA VERDADE QUE ATÉ DUVIDAMOS QUE TENHAM SIDO PRONUNCIADAS POR UM PRESIDENTE DOS EUA:
«I believe that banking institutions are more dangerous to our liberties than standing armies. If the American people ever allow private banks to control the issue of their currency, first by inflation, then by deflation, the banks and corporations that will grow up around the banks will deprive the people of all property until their children wake-up homeless on the continent their fathers conquered.»
«Acredito que as instituições bancárias são mais perigosas para as nossas liberdades do que o levantamento de exércitos. Se o povo Americano alguma vez permitir que bancos privados controlem a emissão da sua moeda, primeiro pela inflação, e depois pela deflação, os bancos e as empresas que crescerão à roda dos bancos despojarão o povo de toda a propriedade até os seus filhos acordarem sem abrigo no continente que os seus pais conquistaram.»
Thomas Jefferson, 180
( Um dos fundadores do partido democrático e presidente dos EUA entre 1801 e 1809)
Posted on 24/02/2009 at 12:04 | Permalink | Comments (0)
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O Produto Interno Bruto "per capita" de Moçambique aumentou 50 por cento nos últimos quatro anos, afirmou na Namaacha o porta-voz do Governo e vice-ministro da Educação Luís Covane.
Em declarações segunda-feira no primeiro de dois dias de uma reunião governamental alargada, Covane disse que o PIB "per capita" era de 301 dólares em 2004, aumentou para 356 dólares em 2006 e atingiu 473 dólares em 2008.
Na reunião, que incluiu, além dos membros do governo, os governadores provinciais e alguns membros do grupo parlamentar da Frelimo, o partido no poder, a primeira-ministra Luísa Diogo apresentou as actividades do governo nos últimos quatro anos.
Luís Covane disse ainda que o quadro macroeconómico mantém-se positivo não obstante a recessão na Europa e nos Estados Unidos da América, tendo acrescentado que a taxa de crescimento da economia foi de 7,9 por cento em 2004 e de 8,5 por cento em 2006.
Em 2008 ocorreu uma desaceleração do crescimento da economia que, mesmo assim, cresceu 6,5 por cento, acima, de acordo com Covane, do crescimento populacional, prevendo-se para 2009 um taxa entre 6 e 8 por cento.
(macauhub) - 23.02.2009
Posted on 24/02/2009 at 11:46 | Permalink | Comments (0)
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Na província de Manica
- afirma governador |
Investimento é espanhol e privado |
O distrito de Mossurize, situado à sul da província de Manica, é tido como potencial produtor de chá, mas não tem indústria processadora. Mas de acordo com o governador de Manica, que falava aos jornalistas em Chimoio, irá ter uma fábrica de processamento de chá, estando em curso, desde o ano passado as obras de instalação desta infra-estrutura que se figura como um dos projectos de maior rendimento económico, esperado pelo Executivo provincial, no ano decorrente (2009). |
Posted on 24/02/2009 at 11:43 | Permalink | Comments (0)
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Canal de Opinião por Noé Nhantumbo
…é preciso continuar abanando a árvore para que os ramos secos e podres caiam...
Vivemos num regime político extremamente condicionando, dependente e influenciando pelo que o partido político que sempre governou Moçambique desde a Independência considera conveniente ou aplicável. Quase tudo o que constitui a paisagem de organizações ditas da sociedade civil são rebentos ou apêndices do partido no poder. Alguma novidade que surja é essencialmente produto da comunicação social independente, analistas dispersos ou partidos políticos da oposição. Das bandas do poder efectivo no país o que transpira é uma tentativa permanente de açambarcar a opinião e de aparecer como a única alternativa para guiar os destinos deste país que na maioria das vezes não parece de todos mas de uma minoria que acontece ser a mesma que participou na luta contra o colonialismo. Fora raras excepções quase todas as organizações da sociedade civil alinham a sua actuação pelos pontos de vista do poder vigente. É extremamente difícil funcionar fora dos parâmetros desenhados pelo partido no poder. Por facilidade de intervenção e sobretudo pela aquisição mais fácil de meios quando se alinha com quem governa, vemos quase todos procurando resolver os seus problemas existenciais através disso. No fim é o que se vê!...Todos ralham, todos reclamam e todos têm medo de dar a cara. Que estes posicionamentos cúmplices tem influência directa negativo no processo de implantação da democracia no país é sobejamente sabido, mas a barriga geralmente fala mais alto que a cabeça e a hipocrisia leva-nos para um campo que um dia pode ser fatal. É certo que se tivesse havido ao longo dos anos uma participação historicamente responsável da dita sociedade civil e dos intelectuais moçambicanos do país a governação do país seria bem melhor nos dias de hoje. O estado das coisas seria muito melhor para mais pessoas. Muitos dos resultados que as sucessivas eleições trouxeram até ao presente foram forjados por entidades que se supunham da sociedade civil mas que se verificou depois serem membros do partido no poder, actuando realmente como seus funcionários e burocratas. Desde padres e intelectuais quase toda a cúpula da CNE ao longo de anos cumpriu escrupulosamente com ordens e instruções do executivo e seu partido. A história tem registado tudo o que aconteceu nesses processos e há provas bastantes de que os resultados teriam sido outros se não houvesse uma mão mágica auxiliando o partido no poder. Até agora era pouca a atenção dada ao assunto pelos diversos quadrantes da sociedade. Com o tempo e com a pressão que as condições difíceis de vida representam para a maioria dos moçambicanos, tem-se levantado um número crescente de vozes questionando porque se vive tão mal em Moçambique, salvo excepções que iludem. As respostas ou a sua procura tem desembocado quase sempre na política vigente. AS pessoas finalmente começam a não esconder a sua insatisfação e a indignação pode crescer abruptamente a qualquer instante e de forma relativamente inesperada. A pressão externa também tem desempenhado a sua quota parte nesta busca ou procura de explicações para tanto insucesso no que respeita à insatisfação das necessidades dos moçambicanos. Não é fácil explicar coisa alguma pela ausência de recursos quando se vê todos os dias um exercício de autêntico esbanjamento dos mesmos em que o Estado e os seus agentes nos aparecem em atitudes chocantes de fausto. Também não cola ou não corresponde à verdade que o país ainda não possui os recursos humanos e os instrumentos necessários para explorar seus recursos naturais e daí promover a riqueza e satisfação das necessidade dos seus cidadãos. As desinteligências internas no partido no poder, a ambição pelo poder, a insatisfação de muitos dos que participaram na Luta de Libertação Nacional, a falta manifesta de soluções dos sucessivos executivos em abordar com sucesso os problemas de que o país sofre; a emergência de uma oposição cada vez mais adulta e esclarecida, tudo se tem conjugado para que o questionamento da justeza e oportunidade da linha seguida pelo governo para lidar com os problemas do país, seja hoje mais efectivo. É assim que se questionam determinados processos de tomada de decisões e se questionam os fundamentos de nomeações das pessoas que têm vindo a ser nomeadas ao longo de anos para o exercício de cargos administrativos públicos. Os moçambicanos parece estarem a acordar, felizmente. Agora são capazes, mesmo que os seus partidos políticos não o digam, de questionar a sua situação, cada vez mais precária. As vozes começam a levantar-se sem medo. Os cidadãos começam a assumir que é preciso começar a agir com dignidade porque a cidadania assim o exige. Desses questionamentos que se tem desenvolvido começa a emergia rapidamente a consciência de que as coisas estão assim no País, mal para a esmagadora maioria, porque quem governa o faz mal. É tão simples como isto. O argumento de que é necessário mais tempo não agrada a quem está sofrendo na pele os resultados de uma governação mais preocupada em satisfazer as necessidades muitas vezes supérfluas dos governantes e seus familiares, do que os problemas de milhões de cidadãos. É toda uma maneira de estar no governo que os moçambicanos começam a questionar com cada vez mais argumentos. O tempo em que era possível discursar e convencer cidadãos com discursos vazios está terminando, a olhos vistos. Agora as pessoas querem saber muito mais e uma tentativa forçada de influenciar processos através da viciação das regras de jogo até já encontra adversários entre gente que ontem abertamente alinhava com o que o executivo e seu partido diziam. Quando se exige que se abrem as portas das cadeias que amarram consciências, quando o povo começa a perceber que só tem vantagens e dizer não, o bicho da liberdade de expressão salta fora torna-se complicado controlar os desfechos. E cada vez mais cidadãos começam a compreender que vale a pena lutar para acabar com os abusos do poder e os erros de governação sistemáticos. O que se pode dizer de momento é que se esperam tempos difíceis para o partido no poder. O aspecto de monopólio da opinião que caracterizava a sua actuação já não possui argumentos nem enquadramento legal. Uma tentativa de governar um país através de processos pouco transparentes e de secretismo mesmo em «dossiers» que deveriam ser abertamente públicos tem dificultado a existência do diálogo que faria os governados compreenderem e aceitarem as dificuldades do momento. Uma falta de preparação e de estudo dos problemas leva a que o executivo seja uma entidade reactiva e com pouca ou nenhuma capacidade de influenciar processos que dependem da conjuntura internacional desfavorável. Um hábito e uma dependência crónica do país em relação ao financiamento de seu orçamento criou uma situação muito pouco salutar. Se antes eram as populações ciclicamente vítimas das calamidades naturais e devido a abordagens fundadas na dependência para resolver o problema, agora é o governo que aparece incapaz de produzir soluções para os problemas que por obrigação deveria agir e resolver. Tudo isto vai contribuir para os moçambicanos se engajem cada vez mais na procura de soluções endógenas e sustentáveis. E o caminho aponta para a política e para o posicionamento dos diferentes partidos políticos. Ninguém pode ficar alheio ao que diz respeito a todos. Esperam-se tempos difíceis mas também empolgantes no país. Só se recomenda é que deixe de haver medo para levar as coisas agora por diante. Não há mais tempo a perder. (Noé Nhantumbo)
CANAL DE MOÇAMBIQUE - 23.02.2009
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* A empresa da célebre Revista TEMPO, administrada por ex-ministros, faliu
Aqueles trabalhadores afirmaram em exclusivo a este diário que o patronato lhes retirou quase todos os direitos laborais que detinham e, sob o olhar apático de quem de direito, infringiu vários dos compromissos rubricados com o Governo Central aquando da privatização da Tempográfica. Para já, dizem que produzem todos os dias e o dinheiro entra na empresa mas há cinco meses que não auferem os seus salários. O Ministério do Trabalho diz que a empresa faliu e por isso nada faz.
As viúvas de outros trabalhadores perecidos estão também, por seu turno, há oito meses sem as pensões de reforma e estão sujeitas a viverem de esmolas como se fossem mendigas. Acusam igualmente o presidente do Conselho de Administração (PCA) Abílio Bichinho Alfino de estar a pautar-se pelo “desvio de aplicação do dinheiro da empresa”.
Há anos que são descontados para o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) mas o dinheiro não é canalizado para aquela entidade, facto que priva os trabalhadores em idade de reforma de receberem as suas pensões e os restantes benefícios atribuídos pelos Comité Sindical a seus membros. A empresa que já ostenta indícios claros de uma falência decretada, segundo contaram-nos os trabalhadores, não dispõe de seguros de modo a conferir-lhes segurança. “Tem havido acidentes de trabalho que culminam em mortes e o patronato considera-os naturais”.
Está instalado um mau ambiente laboral de cortar à faca na Tempográfica. Os trabalhadores acusam o patronato de arrogância e de recurso a métodos ditatoriais para salvaguardar interesses alheios aos da empresa e ignora uma série de preocupações da massa laboral. Dizem igualmente que estão proibidos de ficarem doentes. “Corremos o risco de sermos despedidos sem indemnização”.
Os trabalhadores da Tempográfica, SARL disseram à reportagem do «Canal de Moçambique», que a empresa “está sendo dirigida por um Conselho de Administração incompetentes e com órgãos sociais fantasmas, razão pela qual até hoje nenhum sócio apareceu para tentar travar o caos que se vive na empresa”.
Segundo eles, visivelmente aflitos dada a falta de salários, e indignados com outras irregularidades que ali decorrem, nos órgãos sociais daquela empresa é apenas influente a figura do PCA Abílio Bichinho Alfino. Os restantes sócios, nomeadamente Alberto Santos Simão e João Manuel Morais Ventura, presidente e secretário para Assembleia Geral, respectivamente, dizem os trabalhadores que colocaram lá os pés no dia em que a Tempográfica foi considerada uma empresa privada e nada mais. Zeferino A. A. Martins e Zulmira A. Macamo ambos membros do Conselho de Administração presidido por Abílio Bichinho Alfino, também andam em parte incerta desde 2002. Andam igualmente em parte incerta os membros do Conselho Fiscal, nomeadamente o presidente Ernesto Augusto e Alves A. C. Mendonso e Bartolomeu Moisés, estes vogais.
O secretário do Comité Sindical da Tempográfica, João Machel, disse ao «Canal de Moçambique» que devido à situação na empresa os trabalhadores estão completamente desnorteados. “Estamos desestabilizados. Somos pais de famílias e com filhos nas escolas mas há cinco meses não auferimos os nossos salários. Não é por falta de dinheiros porque produzimos todos os dias”.
Com a tristeza visível no rosto, João Machel, rodeado por uma multidão de colegas explanou ainda que desde que a REVISTA TEMPO faliu, em Junho de 2008, a relação entre o patronato e massa laboral na Tempográfica tem vindo a deteriorar-se tal forma que “mesmo com a pressão que temos feito sobre a pessoa do PCA Abílio Bichinho Alfino nada melhora. Pelo contrário as coisas tendem a piorar. Quando exigimos o pagamento dos nossos salários em atraso e horas extras assim como uma solução para tantos outros problemas, o PCA nos ameaça dizendo que vamos conhecer quem é Bichinho. Diz também que vamos receber os nossos salários nas instituições onde fomos meter queixa contra ele. Os nossos vinte por cento já forma vendidos e nenhuma explicação nos dão e ninguém nos consultou”.
A um dado passo da nossa entrevista, João Machel avançou que de há uns tempos para cá o PCA decidiu não honrar com os compromissos rubricados com os clientes da sua empresa, facto que tem feito com que “os clientes retirem os trabalhos que deviam ser executados pela Tempográfica, Sarl e as atribuam a outras instituições que se disponibilizam a trabalhar seriamente. Não paga as comissões”.
“Desde o dia 15 de Dezembro que o PCA não coloca os pés nesta empresa. Trabalhamos de Segunda-feira a Domingo e estamos com horas extras por receber desde 2007 e sem direito de descanso”. “Em caso de doença não nos dá dinheiros para prosseguirmos com os tratamentos hospitalares e diz que é preciso evitar as doenças, sobretudo a morte”, disse João Machel.
João Machel contou ainda que vezes sem conta foi solicitado o Ministério do Trabalho (MITRAB) para ver se resolvia o problema prevalecente mas até agora esses organismo nada fez. “Pelo contrário quando fomos lá expôr o caso o Ministério do Trabalho nos disseram que o conhecimento que tem é que a Tempográfica, Sarl faliu e nenhum trabalhador está lá afecto”.
Por outro lado, Pedro Bebe, trabalhador da Tempográfica disse ao «Canal de Moçambique» que “o que se vive nesta empresa já não é um conflito laboral mas social. Produzimos todos os dias mas o dinheiro não fica nas contas da empresa. O Departamento Comercial quando faz os depósitos o dinheiro é transferido para uma conta particular. Nos últimos dias já não compram material para funcionar mas mesmo assim com o pouco que existe na empresa ainda conseguimos fazer um e outro trabalho conforme a solicitação dos nossos clientes”, concluiu.
Entretanto dizer que vários sócios desta empresa já foram ministros ou vice-ministros de sucessivos governos. (Emildo Sambo e Alexandre Luís)
CANAL DE MOÇAMBIQUE - 23.02.2009
Posted on 24/02/2009 at 11:24 | Permalink | Comments (0)
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Mais do que o conhecimento prático
- Adverte Ministro da Educação e Cultura, Aires Ali
A apresentação de certificados de habilitações literárias ou de formação técnico profissional e outros documentos constantes do Curriculum Vitae (CV) deixa de ser condição fundamental para o
acesso ao emprego.
Segundo o Ministro de Educação e Cultura, Aires Ali, o conhecimento prático será um dos principais requisitos, em detrimento dos diplomas.
Aíres Ali fez esta advertência na última Sexta-feira, durante um encontro com os estudantes do Instituto Agro-Pecuário de Nacuxa, distrito de Mossuril, em Nampula.
Essa coisa de andarmos aí a dizer que queremos uma pessoa com 10ª ou 12ª classe ou um graduado de Instituto Agro-Pecuário vai acabar. E aí vamos dizer que nós precisamos de um técnico que sabe operar este ou aquele equipamento. Observou o governante moçambicano.
O Ministro de Educação e Cultura disse que, no quadro das reformas no ensino técnico profissional, o “saber fazer” consta das prioridades do governo.
Naquele estabelecimento de ensino técnico, Aires apelou aos professores e aos estudantes a promoverem iniciativas de agroprocessamento de cereais, maior parte dos quais produzidos
localmente, como forma de associarem a teoria à prática.
O Instituto Agro-Pecuário “Mártir Cipriano” de Nacuxa arrancou em Janeiro de 2007 com 159 alunos, e em 2008 incorporaram-se outros 125 alunos.
Actualmente, conta com um total de 420 estudantes, distribuídos por seis turmas de nível médio e sete do nível básico. No quadro do cumprimento das recomendações deixadas pelo Presidente da República, em 28 de Abril do ano passado, no sentido de elevar o nível de ingresso da rapariga,
foram matriculadas, no presente ano lectivo foram, 105 meninas, contra as 40 e 65 de 2007 e 2008, respectivamente.
WAMPHULA FAX – 23.02.2009
Posted on 24/02/2009 at 11:16 | Permalink | Comments (0)
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O governo do distrito de Muecate, na província de Nampula, mostra-se incapaz de exigir a devolução de 21.551 milhões de meticais dos 23.716 milhões recebidos do Orçamento de Investimento de Iniciativa Local durante três anos e que se encontra na posse de alguns mutuários que foram concedidos nesse período. Como consequência, aquele distrito regista neste momento índices de cobrança muito baixos, tendo em conta que até agora foram devolvidos apenas 546.620 meticais.
Adelino Fábrica, administrador de Muecate, disse num encontro orientado pela ministra da Função Pública, Victoria Diogo, mandataria do Presidente da República para a verificação do grau de implementação das recomendações por ele deixadas durante a sua visita realizada no ano passado à província de Nampula.
Segundo o administrador de Muecate, o ano passado foi mais crítico, pois apenas foram devolvidos 35.700 mil meticais. O distrito financiou um total de 130 projectos de geração de rendimentos e promoção de emprego, num total de 990 vagas no comércio, construção, agropecuária, pequena indústria, além da comercialização de equipamento escolar, entre outras.
Fábrica reconheceu que a questão do reembolso dos fundos do OIIL é complexa e que não deixa sossegado o seu Executivo, acrescentando que apesar da assessoria prestada aos mutuários e acompanhamento feito aos projectos por parte de técnicos contratados para o efeito, não se consegue resultados desejados, que é de incrementar o nível de retorno do dinheiro emprestado, cuja maior parte encontra- se em poder dos camponeses.
A ministra da Função Pública referiu na ocasião que esta situação é deveras preocupante e inaceitável, pois contrasta com o objectivo para o qual o fundo foi criado pelo governo quando choca com a perspectiva inicial depositada pelo Presidente da República, que é a promoção do desenvolvimento dos distritos.
A governante instou o Governo de Muecate a encontrar uma saída rápida e sustentável para aquilo que chamou de dilema. Victória Diogo apelou também ao conselho consultivo distrital sobre a necessidade de aprovar somente os projectos sustentáveis, do ponto de vista de produtividade, geração de renda e oportunidades de emprego, bem assim o acompanhamento dos implementadores por forma a corrigir os erros que possam surgir no processo.
Todos os mutuários devem rubricar um acordo de cedência de empréstimo pelo Governo onde deve estar patente o calendário das amortizações, instrumento que deve ser accionado para cobrança coerciva, de acordo com a lei, em casos de incumprimento das obrigações pelos mutuários, disse visivelmente agastada.
Posted on 23/02/2009 at 22:40 | Permalink | Comments (0)
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O Ministério da Energia acolhe, de 4 a 6 de Março do corrente ano, no Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano, uma conferência internacional dedicada ao tema “Potenciar África: a opção de biocombústiveis”.
Este evento é uma iniciativa conjunta entre o Ministério da Energia e a Energynet - uma entidade britânica vocacionada à promoção de investimentos para empreendimentos energéticos em África, através do denominado África Energy Fórum.
O evento está concebido para uma participação de cerca de cento e cinquenta delegados, entre representantes de governos africanos a nível ministerial, sector privado, incluindo indústrias, investidores e associações ligadas à área de biocombustíveis.
Pretende-se, com este evento, estimular o debate entre o sector público e o privado sobre as melhores políticas e estratégias para a promoção de investimentos e negócio de biocombustíveis, assegurando o seu desenvolvimento sustentável em África.
Esta é uma oportunidade para os governos, indústrias de biocombustíveis, financiadores e agências de desenvolvimento discutirem os obstáculos que impedem o desenvolvimento da indústria dos biocombustíveis em África.
O PAÍS - 23.02.2009
Posted on 23/02/2009 at 21:07 | Permalink | Comments (0)
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Moçambique poderá adicionar 6 mil megawatts aos recursos energéticos da África Austral até 2014 à medida que forem realizados os investimentos respectivos, afirmou sexta-feira em Maputo a primeira-ministra moçambicana.
Luísa Diogo disse à agência noticiosa Reuters que Moçambique dispõe do potencial para fornecer energia à região austral de África, onde projectos de investimento estão a ser abandonados devido às quebras no fornecimento de energia eléctrica.
Os projectos incluem a segunda fase da central hidroeléctrica de Cahora Bassa, que poderá produzir 2 mil megawatts, o aproveitamento hidroeléctrico de Mpanda Nkuwa que poderá produzir 1500 megawatts e a central de Moatize com uma produção prevista de 2500 megawatts.
"Nos próximos cinco a seis anos (...) se conseguirmos investir nestes projectos poderemos contribuir com 6 mil megawatts para a África Austral, através da Southern African Power Pool (SAPP)", disse a primeira-ministra.
Luísa Diogo disse ainda esperar que os investidores estrangeiros coloquem o seu dinheiro no potencial hidroeléctrico do país, que se estima em 14 mil megawatts, particularmente mas províncias de Manica e Tete e do Niassa.
A hidroeléctrica de Cahora Bassa fornece actualmente 60 por cento da energia que produz à eléctrica sul-africana Eskom, 35 por cento à Zesa do Zimbabwe e a Moçambique, que consome os restantes 5 por cento.
macauhub - 23.02.2009
Posted on 23/02/2009 at 21:02 | Permalink | Comments (0)
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O PCA do Instituto Nacional de Promoção de Exportações (IPEX), João Macaringue, defendeu na última sexta-feira, durante uma exposição de produtos chineses na FACIM, que é chegada a hora da China implantar indústrias em Moçambique e não, apenas, exportar os seus produtos para o país.
Na opinião de Macaringue, citado pela Agência de Informação de Moçambique, a instalação de indústrias chinesas em Moçambique ajudaria a superar alguns problemas que o país têm nalguns sectores, como na agricultura e indústria, entre outras, através da transferência de tecnologias e “know how”. A se concretizar este desejo do governo, estar-se-á a abrir uma nova fase na cooperação Moçambique – China.
(Moçambique Hoje) - 23.02.2009
Posted on 23/02/2009 at 18:57 | Permalink | Comments (0)
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O Malawi e a Zâmbia foram os primeiros países escolhidos pelo Millennium bim para lançar o seu plano de expansão pelos países limítrofes de Moçambique.
De acordo com declarações do presidente executivo do banco, João Figueiredo, proferidas este domingo à agência Lusa, uma equipa do Millennium bim está já a estudar a entrada nesses dois países, com abordagens a empresas que operam simultaneamente nos mesmos e em Moçambique, mas a internacionalização pode passar também pelo Botswana e Tanzânia. O Millennium bim é detido maioritariamente pelo BCP (Banco português), que tem 66,69% do capital, e o segundo maior accionista é o estado moçambicano, que tem 17,16 % do capital e outras participações através de organismos estatais.
(Moçambique Hoje) - 23.02.2009
Posted on 23/02/2009 at 18:54 | Permalink | Comments (0)
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Entre ameaças, receios e troca de acusações em Maputo
A destituição de Jeremias Pondeca Munguambe, do cargo de delegado politico da Renamo na Cidade de Maputo, continua a alimentar contradições entre os membros da "perdiz" nesta urbe, sendo que a ala que apoia aquele quadro recentemente exonerado, acusa o grupo liderado por Fernando Mazanga, que na semana passada assumiu o comando do partido aqui em Maputo, de ter orquestrado o afastamento como forma de impedir a candidatura de Pondeca à Assembleia da Republica, nas eleições legislativas deste ano.
Dizem os membros que não apoiam Mazanga, que sabendo-se que Pondeca na sua qualidade de delegado politico, membro da Comissão Politica e do Conselho Nacional, seria cabeça de lista deste partido no círculo da cidade de Maputo nas próximas eleições para a Assembleia da República, os outros “encontraram essa maneira de destituição, para tentar impedi-lo de concorrer, dado que desta vez a lista de candidatos será elaborada pela comissão dirigida por Mazanga, na sua qualidade de gestora do processo”.
“Mesmo que Pondeca concorra, o nome dele (Fernando Mazanga) estará num lugar em que dificilmente será eleito”, diz uma das nossas fontes, que também afirma estar a ser vitima de perseguições desde que a nova Comissão de Gestão, como é oficialmente designada a nova direcção local da Renamo que já tomou posse na Delegação da Cidade de Maputo. E esta fonte é corroborada por outras. Para já, os apoiantes de Pondeca dizem que vão continuar a cruzar os braços, tal como foi forçado o Pondeca a cruzar os seus, não devendo fazer qualquer actividade política, para se ver qual rumo o partido vai levar até ao desfecho do ciclo eleitoral marcado para este ano em todo o país que inclui as eleições presidenciais, legislativas e pela primeira vez, se não houver surpresas, também as eleições para formação das assembleias provinciais.
Alguns membros já destacados para certos bairros afim de irem trabalhar com as bases, estão-se a recusar avançar para o terreno. No Distrito Urbano N.1 acusam Gingador de nunca ter mobilizado nenhum membro no distrito. Dizem que o DU1 nem sequer delegados de bairro tem. Acusam Mazanga de ser “bastante demagogo” e dizem que “ele anda a enganar o presidente do partido e os membros dizendo a Dhlakama que o partido e seu líder continuam a gozar de popularidade, quando na verdade tudo é o inverso”.
“Na sua tomada de posse, ele (Mazanga) nos disse que devíamos ficar sossegados, porque o município de Nacala já estava nas mãos da Renamo, dado que ele e o presidente Dhlakama tinham sido recebidos em apoteose, naquele ponto pais e que as informações dos jornais eram falsas. Agora veja-se só os resultados obtidos naquela autarquia. (NR: Ganhou a Frelimo e o seu candidato Chele Ossufo e a CNE já proclamou esses resultados) Isso e demagogia. Isso deixa os membros e o presidente adormecidos. Nunca se fala de trabalho, senão de demagogia. Por isso basta”, diz uma fonte visivelmente revoltada que acrescenta que “quem continua a confiar no Mazanga, devia entender que ele já não é útil ao partido, na sua qualidade de porta-voz, nem para dirigir a Cidade de Maputo, por isso deixem-no lá na Assembleia Municipal, com os seus 30 mil meticais”.
A indignação que as alterações na Renamo estão a suscitar são várias. Para alem de Jeremias Pondeca, poderão ser empurrados em lugares pouco prováveis de serem eleitos, os actuais deputados da Renamo na Assembleia da Republica pelo circulo da Cidade de Maputo, Eduardo Namburete e Ismael Mussa, por alegadamente não se entenderem com o actual porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga. Mazanga tem incitado alguns membros que se diz serem da sua ala, para apelidarem esses deputados de falsos doutores. Namburete foi o candidato derrotado à presidência do Município de Maputo. Ismael Mussa pode ser que no fim deste mandato concorra já pelo Movimento que poderá vir a ser criado em breve e poderá vir a ter como líder Daviz Simango, o actual edil da Beira.
De acordo com os membros da Renamo com quem entabulámos diálogo, os quadros que têm sido vitimas de severas criticas do próprio Mazanga, agora ele na sua qualidade de gestor da Delegação da Cidade de Maputo, pode exclui-los da lista de candidatura para deputados da AR. Indicia isso o facto deles não participam ultimamente nas reuniões do partido ao nível da cidade de Maputo.
Ameaças de punição
Entretanto a reportagem do «Canal de Moçambique», foi informada que o membro da Comissão de Gestão da Delegação Politica da Renamo na Cidade de Maputo, Jaime Gingador, ameaçou há dias, numa reunião com os membros daquele partido ao nível do Distrito Municipal 3, “punir e banir todos os membros que andam a fornecer informações aos jornais para denegrir a nossa imagem”. “Iremos ao encontro do jornalista que anda a escrever para nos indicar as suas fontes aqui na Renamo, de modo a trabalharmos bem com elas”.
Falando perante um grupo de delegados de bairros, chefes de serviços e ligas da juventude e da mulher daquele distrito municipal, Gingador considerou de infiltrados, todos aqueles que andam a colaborar com os jornais, sobre os assuntos internos da Renamo.
Segundo fontes que participaram do encontro dirigido por aquele quadro da Renamo que cumulativamente ocupa o cargo de delegado politico do distrito municipal 1, nessa reunião Gingador não tratou de assuntos políticos do partido. Limitou-se apenas a ameaçar, incluindo de crer conhecer o jornalista do Canal de Moçambique, para que este possa informar as fontes das suas noticias sobre o partido Renamo, de modo a poder puni-las.
A adesão dos descontentes da Renamo em Maputo ao novo movimento que está a surgir a nível nacional começa a preocupar as hostes do partido liderado por Afonso Dhlakama. Os que estão em choque com Mazanga e a nova direcção da Renamo em Maputo poderão vir a engrossar o novo movimento. É a Renamo agora em polvorosa na capital do país. (Bernardo Álvaro) - CANAL DE MOÇAMBIQUE - 23.02.2009
Posted on 23/02/2009 at 18:44 | Permalink | Comments (1)
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Em Livro de Memórias O Tenente General Denis Earp afirma ter-se oposto a ataque da Força Aérea Sul-Africana contra a Matola, em 1983 |
Maputo (Canal de Moçambique) - O ataque da Força Aérea Sul-Africana contra supostos alvos do ANC nos arredores da Matola, em Maio de 1983, não contou com a concordância do responsável máximo pelas operações das Forças de Defesa Sul-Africanas (SADF), Tenente General Denis Earp. O facto vem contido num livro de memórias deste oficial das SADF, agora na reserva. |
Leia em: http://www.canalmoz.com/default.jsp?file=ver_artigo&nivel=1&id=6&idRec=5217
Posted on 23/02/2009 at 18:40 | Permalink | Comments (0)
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POR SER “BOA FONTE” PARA OS INVESTIGADORES A Policia da República de Moçambique, PRM, acaba de encaminhar para os calabouços o principal curandeiro do famigerado bandido, Samuel Januário Chavangueza Nhare ou simplesmente, SAMITO. Numa operação de investigação levada a cabo nos dois últimos dias da semana finda, os instrutores do processo da fuga do perigoso criminoso ora recapturado recentemente na Provincia de Sofala, optaram em enclausurar o curandeiro, segundo as nossas fontes, por o considerar uma “boa fonte” para aclarar as várias zonas de penumbra, não só do processo deste perigoso bandido, como de outros comparsas deste. Alías, segundo os confidentes, este curandeiro teria sido ele que teria prestado alguns serviços a Agostinho Chaúque e, recentemente, a Anibalzinho, após a recente fuga dos calabouços do Comando da PRM na Cidade de Maputo. O curandeiro cuja identificação continua no segredo dos deuses foi detido na sua residência na calada da noite da quinta-feira, no bairro da Liberdade, no Município da Matola. De recordar que a maioria dos cadastrados perigosos que actua nas cidades de Maputo e Matola, normalmente, é tratada tradicionalmente por curandeiros para as suas torpes acções de bandidéscas, daí que, quando é neutralizada ou baleada é encontrada com amuletos diversos. DIÁRIO DE NOTÍCIAS - 23.02.2009
Posted on 23/02/2009 at 18:27 | Permalink | Comments (0)
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Partes do corpo humano são frequentemente traficadas neste país e também na África do Sul, revela uma pesquisa publicada num relatório da Liga dos Direitos Humanos. O fenómeno está relacionado com crenças supersticiosas. Relatos de pessoas degoladas, crianças a quem foram arrancados órgãos vitais e a corpos sem vida encontrados sem os órgãos genitais, são alguns dos exemplos dos testemunhos incluídos no relatório “Tráfico de Partes de Corpo em Moçambique e na África do Sul”. É uma pesquisa que procurou determinar a incidência e prevalência do fenómeno naqueles dois países, os factores que contribuem para o mesmo e o que é que está a ser e deve ser feito. Ao estudo dão corpo entrevistas feitas a cento e trinta e nove indivíduos, ligados a organizações religiosas, femininas, forças da lei e da ordem e também médicos tradicionais como são chamados os curandeiros entre outros. Mais de um em cada cinco dos indivíduos em causa terão testemunhado em primeira mão um incidente relacionado com o tráfico de partes do corpo. São testemunhos chocantes como aliás os autores do documento alertam logo no início. A Presidente da Liga dos Direitos Humanos, Alice Mabote, diz que tudo está relacionado com crenças e práticas supersticiosas. "Uma das coisas que se alega que se faz com os órgãos é o tratamento para dinheiro ou poder”. “É um fenómeno que está a crescer, pois nunca foram punidos os responsáveis. Há muitos jovens que acreditam nisso e matam pessoas para extrair órgãos. E o mais doloroso é que tais órgãos são extraídos quando as pessoas estão ainda vivas". Embora reconheça que não existem dados estatísticos fiáveis sobre o fenómeno e a existência de um clima de secretismo, com muitos tabus à volta do mesmo, o relatório sobre o ‘Tráfico de Partes de Corpo em Moçambique e na África do Sul’ insiste que é urgente agir. "A legislação que nós temos é para o tráfico de pessoas. A extracção de órgãos não é crime assim como não há uma criminalização sobre a pessoa que seja encontrada na posse de órgãos humanos".
SUGESTÃO - 23.02.2009
Posted on 23/02/2009 at 18:17 | Permalink | Comments (0)
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