Desinformação sobre cólera - E dois membros da PRM feridos gravemente
Um morto, treze feridos, dois com gravidade e número incontável de casas queimadas e pilhadas é o resultado de uma escaramuça envolvendo habitantes de Muanhapo, posto administrativo de Quinga, distrito de Mogincual e agentes da saúde os quais são acusados de propagar a cólera naquela região de Nampula.
A vitima mortal é um activista da Cruz Vermelha que, em vida, respondia pelo nome de Cassiano Muquinone, cujo corpo, depois de espancado, foi atirado para o interior da sua residência de material precário que ficou em cinzas.
Os feridos graves são, igualmente, activistas da Cruz Vermelha em Mogincual, que prestam apoio ao sector de saúde na disseminação de informações básicas relacionadas com a prevenção da cólera
Nos últimos tempos, as comunidades de Quinga andavam desconfiados das actividades levadas a cabo pelos activistas da Cruz Vermelha, alegadamente por serem eles os responsáveis da propagação acelerada do surto de cólera que grassa na região.
Ameaças à integridade física tem sido feitas, mas, sem atingir a magnitude dos acontecimentos da última quarta-feira.
A força policial, que foi chamada a intervir não logrou os seus intentos devido ao seu reduzido número em relação aos dos manifestantes que não arredaram pé. Foi preciso mobilizar um efectivo de Nampula que, a partir da tarde de ontem, devolveu a tranquilidade à vila de Quinga.
Todavia, a polícia enfrentou dificuldades para se retirar de Quinga com os três detidos considerados promotores da manifestação, uma vez que a ponte, que dá acesso à Quinga, foi destruída, tendo sido parcialmente reposta só ontem à tarde.
A calma já voltou a Quinga desde a tarde de ontem, segundo nos confirmou Domingos Coutinho, comandante distrital da PRM.
WAMPHULA FAX - 27.02.2009