Na costa de Nampula A alegada falta de transparência nas operações da “Arquenauta World Wide”, uma empresa de capitais europeus actualmente envolvida em trabalhos de escavações aquáticas na costa de Nampula para identificação de objectos de valor histórico cultural, particularmente na Ilha de Moçambique, fazem com que as autoridades da administração marítima naquela região do país, solicitem a afectação urgente de mergulhadores especializados para as equipas de fiscalização, em substituição dos actuais policias de protecção. Agostinho Malissau, administrador marítimo afecto ao distrito da Ilha de Moçambique, considera improvável que ao longo dos últimos dois anos, período que coincide com o seu tempo de serviço naquela região, a empresa tenha conseguido resgatar das profundezas do mar, apenas um punhado de ouro, algumas moedas de prata e um candelabro. Eu penso que eles só entregam ou dão a conhecer às autoridades aquilo que acham que devem entregar e informar - referiu a nossa fonte. Segundo ele, foi a partir de 2007, altura em que foi afecto a Ilha de Moçambique, que as expedições da “Arquenauta” passaram a ser feitas sob o olhar das autoridades policiais. Todavia, segundo admite a fonte, esta nossa fiscalização não chega a ser eficiente porque o agente da Policia de protecção que vai com as equipas, fica no barco enquanto eles mergulham, dai que pouco ou nada sabe do que conseguem achar, o nosso apelo é de que fossem afectos mergulhadores especializados, das unidades militares da marinha. Segundo pesquisas documentais feitas pela nossa Reportagem, cerca de duas dezenas de naus portuguesas a caminho de e para as Índias, terão naufragado no mar da Ilha de Moçambique no intervalo entre os Séculos XVI a XIX. Não foi possível ouvir a “Arquenautas World wide” porque o pessoal afecto ao escritório local, se encontrava de férias colectivas. Mário Intetepe, da Acção Cultural junto da Direcção provincial de Educação e Cultura, confirma a existência de uma licença que autoriza aquela empresa a realizar actividades de pesquisas aquáticas para escavação de objectos do património cultural moçambicano. De referir que a empresa “Arquenautas World Wide” é constituída por capitais de empresas de alguns países europeus. Formada em 1994, é a única que há mais de nove anos tem a permissão do governo de Moçambique para a realização das escavações aquáticas destinada à localização de naus naufragados nas águas territoriais moçambicanas. Apesar das Nações Unidas referir que o património aquático não deve ser explorado comercialmente, segundo dados avançados pela imprensa há dois anos, há indicações de que esta empresa tem comercializado além fronteira, determinados objectos achados em águas moçambicanas. WAMPHULA FAX – 17.02.2009 NOTA: Não é preciso ir longe. Perguntem a Jacinto Veloso e vejam o vídeo em