A APREENSÃO de uma arma de caça do tipo SKS, vulgarmente chamada Carabina, pertencente ao Exército, das mãos de dois caçadores furtivos no interior do Parque Nacional das Quirimbas, poderá parecer um pequeno problema quando equacionada a partir da quantidade, tanto dos envolvidos como do instrumento de caça, mas dá informação importante que passa pela persistência dos fora-da-lei nas suas actividades em zonas proibidas, do controlo que há sobre os artefactos bélicos, a conivência com as autoridades comunitárias, e sobretudo o tempo que levou a ser usada.
Maputo, Quinta-Feira, 26 de Fevereiro de 2009Notícias
Na verdade, a arma encontrada nas mãos de Alberto Muatal, de 32 anos de idade, e Victor Basílio, de 60 anos, de Nancarramo, com a conivência de Casimiro Naface, presidente daquela aldeia, e Manuel Bitão, chefe do bairro de Merruco, está fora dos quartéis desde 2005.
Foi em 27 de Junho daquele ano que, em nome de José Custódio Lucas, chefe do armamento do 10º Batalhão das FADM, em Pemba, foi assinada uma credencial, a favor de um desmobilizado de nome Alberto Muqueia, autorizando a utilizar a carabina para a caça “com a finalidade de adquirir caril para a dieta dos militares”.
Muaqueia porta ainda uns croquis para o Exercício da sua actividade furtiva, mas no distrito de Mecúfi, e não no de Pemba-Metuge, situado no interior do parque. Uma arma que fica quatro anos em mãos estranhas precisa de se alimentar de munições, que urge saber a partir de onde se abastecia aquele artefacto de guerra.
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