Para reabilitação da Fortaleza
Os Reinos da Holanda, Noruega, a Suiça e a província de Flandres estão interessados em financiar a segunda fase de reabilitação da Fortaleza São Sebastião localizada na Ilha de Moçambique, apoios que se juntam aos concedidos pelo Japão e Portugal países que se reuniram, ontem, naquela cidade com uma delegação governamental de alto nível chefiada pelo ministro da educação e cultura, Aires Baptista Aly, além do representante da UNESCO no país, para anunciar a sua contribuição monetária visando cobrir a execução das obras em falta.
As estimativas do valor necessário para a execução das obras referentes à segunda e última fase de reabilitação da fortaleza apontam para pouco mais de um milhão de dólares americanos, contra cerca de 900 mil gastos na primeira etapa, desembolsados pela embaixada do Japão e governo Português.
Os trabalhos da fase inicial consistiram em travar a degradação acelerada que vinha afectando aquele edifício emblemático construído à base de pedra e cal, que, por esse facto, facilitava o crescimento da casuarina, cultura tradicional que, entretanto, foi eliminada, além da limpeza das cisternas de água, entre outros locais que se encontravam em estado crítico de conservação.
A segunda fase que, hoje, é lançada oficialmente na Ilha de Moçambique, vai consistir em obras de consolidação daquilo que foi feito adicionalmente, a reparação das paredes exteriores, conservação de algumas obras de arte, pavimentação, entre outras que visam emprestar ao edifício um aspecto atractivo aos turistas, sem contudo alterar ao seu aspecto arquitectónico inicial.
Aires Aly disse, quando entrevistado pela nossa reportagem, ontem, momentos após o seu desembarque em Nampula, que os esforços visando a recuperação do património da Ilha de Moçambique são positivos, tendo recordado que aquela cidade, que foi a primeira capital do país, possui outros tantos edifícios histórico-culturais que requerem uma intervenção para a sua restauração.
Referiu que a equipa da Agência das Nações Unidas para Ciência e Cultura, que esteve, recentemente, na Ilha de Moçambique para fazer a monitoria do processo de implementação dos trabalhos relacionados com o restauro do património da cidade, reconheceu o empenho do governo, mas a sua convicção é de que o Gabinete de Conservação da Ilha de Moçambique (GACIM) deve imprimir maior dinâmica no sentido das tarefas programadas serem executadas de acordo com o calendário aprovado, apesar das dificuldades de carácter técnico e humano com que se debate.
WAMPHULA FAX - 20.02.2009