Na Ilha de Moçambique Pouco mais de 12 mil pessoas das 17 mil residentes na cidade da Ilha de Moçambique, a norte da província de Nampula, poderão dentro dos próximos seis meses ser transferidas para a zona do continente em consequência do aglomerado populacional que se verifica naquele que é considerado Património Mundial da Humanidade. Segundo o presidente eleito no último escrutínio eleitoral realizado em Novembro passado, neste momento, está a decorrer um trabalho de identificação para posterior transferência das famílias de grande número de famílias que deverão abandonar o local. Numa primeira fase serão transferidas 5 mil famílias. Alfredo Matata, Presidente do Conselho Municipal da Ilha de Moçambique, avançou ainda que já está a decorrer o processo de ordenamento territorial das zonas onde se espera que possam ser alojadas mais de 12 mil pessoas. Aliás, Matata, indicou que a primeira zona que vai acolher os transferidos é a de Sanculo. A escolha recai a esta pelo facto de encontrar-se próxima da ilha e ser uma área estratégica para que a população não sofra na busca de água, no acesso a energia e outros benefícios sociais. Entretanto, maior parte da população da Ilha de Moçambique não vêem com bons olhos a ideia da edilidade local, alegadamente porque as zonas previstas não apresentam quaisquer condições de habilidade. Segundo os munícipes daquela que foi a primeira capital da República de Moçambique, as zonas previstas não tem ruas abertas, não tem iluminação, não tem água e os serviços educacionais e sanitários encontram-se, igualmente, distantes. Apesar destas reclamações, as autoridades municipais dizem que é imperioso avançar com o projecto no sentido de criar melhores condições de vida. MEDIA FAX - 23.02.2009 NOTA: Alfredo Matata era o Administrador da Ilha de Moçambique. Eleito pela FRELIMO certamente terá mais apoios do Estado que a Edilidade anterior. Agora, só quem não conhece a situação na Ilha pode acreditar que, em seis meses, sejam transferidas 12 mil pessoas para o continente. Se o fizerem forçadas, não demorará tempo que regressem à Ilha. Promessas... Fernando Gil MACUA DE MOÇAMBIQUE