Por: Barnabé Lucas Ncomo
As recentes declarações dos históricos da Frelimo sobre as circunstâncias da morte do antropólogo Eduardo Mondlane à 3 de Fevereiro de 1969 em Dar-es-Salam, longe de trazerem novos dados susceptíveis de conduzir à ajuizamentos dos factos tal e qual se passaram, adensam ainda mais a já per si confusa história da Frente de Libertação de Moçambique. Mesmo que se tenha em conta que a capacidade de sustentar mentiras históricas num País repousa sempre no poder que os protagonistas dessas mentiras possuem de deter o “poder supremo” de mentir oficialmente, existe hoje em Moçambique uma crescente tendência da história ser reescrita dada a aversão ao rigor histórico das mentiras que nos foram inculcados. E a ter que existir um culpado no desmoronar da supremacia da mentira oficial, esse culpado chamar-se-à sempre Frelimo e não outra coisa, pois, muito convencida, no seu materialismo dialéctico, a Frelimo achou que evolução das espécies na perspectiva darwiniana havia parado, a partir da altura em que ela própria se assumiu como poder em Moçambique. Existe um facto pouco explorado pelos pesquisadores da história recente de Moçambique, facto esse que repousa na natureza sociológica do movimento de libertação moçambicano. Embora saibamos que um minuncioso estudo nessa direcção ajudaria muitos a perceberem tanto as diversas crises que grassaram na Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) como a encontrarem uma luz de pistas susceptiveis de conduzir aos verdadeiros assassinos de Mondlane, o propósito do artigo de hoje é outro. Queremos pôr no lavatório público algumas sujeiras que Sérgio Vieira atira inadvertidamente na praça pública sempre que lhe dá na gana. Não nos acuparemos de pessoas que aparentam ser um mal menor, como os senhores Jorge Rebelo e outros que, quando muito, “sujam as fraldas em público” uma vez em dez anos. Leia em: Download SOBRE OS ASSASSINOS DE MONDLANE E AS MENTIRAS DE SÉRGIO VIEIRA