O TRÁFICO de órgãos humanos, uma prática criminosa que se suspeita registar-se um pouco pelo país, não está relacionado com transplante para pessoas que precisam de tais órgãos para viver, segundo revela o relatório sobre o tráfico de partes de corpo em Moçambique e na África do Sul, da autoria da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos (LDH).
Maputo, Sábado, 21 de Fevereiro de 2009Notícias
De acordo com o relatório, lançado esta semana em Maputo, o tráfico de órgãos e partes do corpo humano está associado a práticas de feitiçaria. A LDH chegou a esta conclusão depois de analisar a forma de conservação e métodos de transporte de órgãos e partes do corpo humanos depois da sua extracção. O relatório descreve que os órgãos e partes de corpos, depois de extraídos, são transportados em sacos, embrulhados em folhas, escondidos dentro de caixas com carne, em bagageiras de carros, dentro de panelas, entre outras formas. Os órgãos humanos para o transplante são conservados em laboratórios e com o devido cuidado, para além de os doadores deverem ser, antes, submetidos a uma série de exames para identificação de possíveis patologias.