SAVANA NO INFORMAL
Por Fernando Manuel
A RODAGEM DO FILME “O Último Voo do Flamingo”, baseado em obra homónima do escritor Mia Couto, é frequentemente citada como destinada a injectar uma overdose de adrenalina à morna vila de Marracuene (trinta quilómetros a norte de Maputo) onde vão decorrer as filmagens - ou parte significativa delas.
Para já, o que é certo é que a mesma colocou Maputo no mapa dos destinos de gente de diferentes latitudes, cujo ponto de união é, fundamentalmente, a língua portuguesa. Além, naturalmente, de que de uma forma ou de outra são pessoas ligadas ao mundo do cinema.
PODEMOS COMEÇAR do princípio, para falar do “pai” de toda esta “bagunça” e de quem a vai levar às salas de cinema: Mia Couto tem do seu lado esquerdo o Luís Galvão Telles e do outro o realizador João Ribeiro.
ESTÁ ENTRE NÓS também a actriz em voga entre os amantes das telenovelas brasileiras, a actriz Adriana Alves, que faz parte do elenco de Duas Caras, no papel de uma prostituta. O mesmo que vai assumir no Voo do Flamingo.
Muito à vontade, está de papo aberto com os actores (entre outras atribuições) Gravata, Abdil Juma e Jorge Vaz.
DE PAPO ABERTO está igualmente o director do jornal SAVANA, Kok Nam, com uma plateia da society: Cândida Bila (quem se lembra dela? Ou melhor: quem se esqueceu? ), o estilsta Luigi e a Nicolita.
HÁ DIAS TIVEMOS a oportunidade e algum tempo de recordar os tempos de jornalismo e pormenores da vida dos anos 80 e subsequentes:
Foi a propósito da passagem pelo SAVANA do sociólogo José Luís Cabaço, que a esse tempo era ministro da Informação. A esse tempo o Fernando Lima era chefe de redacção da Agência de Informação de Moçambique (AIM) e o F.Manuel era repórter da revista Tempo.
CAHORA BASSA, dizem os entendidos em línguas nacionais, significa “o trabalho está feito”. Ou: “acabou”.
E terá sido por isso que se deu esse nome à barragem do Songo, visto que uma das suas finalidades era facilitar a fixação de uma colónia de agricultores portuguses no vale do Zambeze, para travar a guerrilha da Frelimo na sua progressão para o sul.
Pelo menos assim mo ensinou alguma História recente.
Cahora Bassa disseram os jornalistas no final do lançamento do relatório do MISA Moçambique 2008.
Dito o que se atiraram com fervor e bravura aos comes e bebes.
O rasto que deixaram é de uma eloquência arrasadora: não ficou migalha sobre migalha, nem gota sobre gota.
Burp!
SAVANA - 30.03.2009