Só com a mudança das mentalidades das atitudes dos homens e mulheres são-tomenses, o arquipélago poderá caminhar para o desenvolvimento.
Constatação de Armindo do Espírito Santo, autor do livro que reflecte a situação da economia nacional desde a independência até a data presente. Eliminação de valores culturais que geram mentalidades anti-desenvolviment
Para Armindo Espírito Santo, o maior obstáculo ao desenvolvimento de São Tomé e Príncipe, «está na dimensão humana são-tomense». Numa análise profunda sobre os constrangimentos ao desenvolvimento nacional desde a independência a 12 de Julho de 1975, o autor do livro de natureza económica, diz que o modo de ser e estar dos são-tomenses assume-se como principal factor do atraso económico e social.
Um problema que tem raízes antigas. Vem da era colonial. «Este modo de ser e estar não ajuda o país a desenvolver-
Pelo que ao não promoverem mudança de atitude no sentido de eliminar esses valores culturais que entendo que são negativos, nós não conseguiremos ter no país o desenvolvimento que se espera», confirmou Armindo do Espírito Santo.
Com uma mentalidade que um alto dirigente do país já considerou como sendo tacanha, o arquipélago não consegue encontrar a luz do desenvolvimento. A personalidade da elite política, moldada por tais valores que bloqueiam o progresso, complica mais a situação. «A elite política são-tomense tem uma inabilidade no entendimento da questão económica. Tem uma percepção errada daquilo que é economia e daquilo que é desenvolvimento. Razão pela qual se tem somado erros, nomeadamente a aceitação de modelos de desenvolvimento completamente desenquadrados com a especificidade do país», concluiu, Armindo do Espírito Santo.
O livro sobre a economia são-tomense, desde a independência nacional até a data presente, para além de diagnosticar as causas do fracasso económico do país, apresenta soluções e alternativas para inverter a situação.
Abel Veiga - TELA NON - 06.03.2009