Alguns cidadãos beirenses argumentam que a expansão nacional do partido liderado por Deviz Simango, actual edil da Beira - o Movimento Democrático de Moçambi que(MDM), recentemente formado poderá ser uma dor de cabeça mas, Geraldo Carvalho, porta-voz do MDM, quando solicitado pelo «vt» a detalhar os passos seguintes o seu movimento poderá dar no sentido de uma implantação efectiva ao nível nacional diz que só pelo facto de se ter recolhido 269 mil assinaturas em zonas recônditas testifica que esta formação política atingiu o patamar da sua existência junto das camadas rurais.
Na ronda efectuada pelo repórter do «vt» na Cidade da Beira, este escalou a Universidade Pedagógica, tendo inquirido um estudante do quarto ano do curso de Psicologia, de nome Miguel Machombe que comentou sobre as declarações do porta-voz
do MDM: “essas assinaturas podem não constituir um dado fiável.
Algumas pessoas que converso com elas tem me dito que poderão ser na sua maioria de membros da Renamo que estão descontentes”.
Mas comentando o posicionamento do estudante da Pedagógica, Geraldo Carvalho disse laconicamente: “a Renamo não representa o povo moçambicano”.
Zé Manuel, cidadão beirense, também abordado pelo repórter do «vt» disse o seguinte: “o facto de o MDM ser um partido étnico cujo o seu domínio é Ndau”, dando o exemplo da composição da sua Comissão Política e que também é maioritariamente composta por beirenses, “ é mais uma outra Renamo.
Não terá expressão na zona Sul; talvez no Centro e no Norte”, conclui a breve trecho.
Um locutor da rádio «Pax», propriedade da emissora católica da Beira, que foi questionado pela nossa reportagem acerca da candidatura do MDM e do seu presidente ás Eleições Gerais do presente ano, respondeu que “ainda é muito cedo para um comentário ou juízo de valor sobre o MDM”.
A DEIFICAÇÃO DO DAVIS SIMANGO
Entretanto, o fenómeno Daviz Simango está atingindo esferas jamais vistas. A sua popularidade e do MDM que dirige está sendo objecto de muita animosidade perante os beirenses que depositam esperanças como se de um «Messias» se tratasse.
A meio da semana passada, membros da Renamo haviam iniciado a entrega de cartões da Perdiz e o acto continua em curso, estimando-se que grosso dos citadinos com esta filiação partidária possam nos próximos dias desistir do partido de Afonso Dlhakama.
Os ex-delegados da Renamo nos bairros estão ainda a incentivar tal prática. Todavia, o acto também tem sido voluntário.
O eleitorado Beirense sem filiação partidária e que simpatizava com a Renamo estão do lado de Daviz e do MDM. Pese embora o MDM ainda não tenha cartões de membros tipograficamente disponíveis, existem uma grande expectativa em obtê-los tanto dos renunciadores da Perdiz, tanto de nova aderência de simpantizantes do Edil da Beira e do seu partido.
Por isso não nos importamos a avançar números por acharmos especulativos até ao momento mas, informações fidedignas que obtivemos estima-se que seja até ao momento cerca de 3 centenas de cartões.
A PORCA TORCE O RABO
A entrega de cartões na sede do MDM no populoso Bairro da Munhava - arredores da Cidade da Beira que tem forçosamente sido realizada pelos membros da Renamo poderá nos próximos tempos desencadear um conflito judicial e até mesmo físico entre os apoiantes do MDM e a Renamo.
Porém, é grande a expectativa de acompanhar os contornos de como será efectuada a entregue dos cartões em sede da Perdiz e um facto evidente é que a Renamo reduziu-se a um grupelho de líderes que timidamente aparecem em praça pública beirense.
(Amin Nordine)
VERTICAL – 23.03.2009