- Manuel dos Santos, ex-presidente do Município de Nacala em entrevista exclusiva ao «Canal de Moçambique» “Era contra a minha vontade que houvesse guerra”. “Fiz o que se deve fazer em domocracia” Na entrevista o ex-edil da capital portuária do Norte critica frontalmente o método autocrático de Afonso Dhlakama e acusa-o de ter precipitado o futuro da “perdiz” para o abismo ao expulsar jovens quadros e figuras que haveriam de suportar e levar a Renamo à frente. Chegou mesmo a afirmar que depois da expulsão de Daviz Simango “a Renamo perdeu a sua base de apoio”. “Perdeu muito, perdeu noventa por cento. Não por ser Daviz. Podia ser uma outra pessoa qualquer. Mas aquele procedimento arreou com a Renamo”. A liderança da Renamo está a empurrar Manuel dos Santos para fora do partido em mais uma purga das várias que Afonso Dhlakama tem vindo a fazer. Foi o próprio que nos disse, em entrevista que concedeu em exclusivo ao «Canal de Moçambique», na sua residência, na Beira, onde se encontra de férias. Manuel dos Santos lamenta que “devido às intrigas inter-pessoais e a uma ambição desmedida de se manter no posto”, o presidente da Renamo esteja a “destruir” a organização que “era a esperança do povo moçambicano”. O presidente cessante do Conselho Municipal de Nacala, Manuel dos Santos (MS), disse ainda que a liderança da Renamo cortou todas as relações com ele e está a empurrando para fora do partido porque “à revelia” de Afonso Dhlakama, decidiu entregar as chaves à Frelimo e ao seu sucessor, Ossufo Chalé. Leia em: Download A Renamo era uma esperança que desiludiu o povo moçambicano