O ANC (no poder) alcançou 65,9% dos votos, mas ficou abaixo da maioria dos 2/3, que permitiria efectuar uma revisão constitucional sem depender de outros partidos, e perdeu apenas uma das nove províncias da África do Sul.
O Cabo Ocidental foi ganho pelo principal partido da oposição, a Aliança Democrática (AD), de Helen Zille, que vai passar a governar aquela província.
A AD conseguiu um resultado histórico, tornando-se o primeiro partido da oposição a conquistar aquela que é uma das mais ricas províncias do país, um dos seus pólos turísticos e onde se concentra a importante indústria vinícola sul-africana.
A AD obteve 51,4% no Cabo Ocidental, seguida pelo ANC com 31,5% e pelo Cope (dissidência do ANC), com 7,74% dos votos.
A nível nacional, a AD confirma-se como a principal formação da oposição e o recém-criado Cope surgiu em terceiro lugar.
A vitória do ANC a nível nacional nunca esteve em causa, mas as grandes incógnitas eram precisamente saber se o partido de Jacob Zuma alcançaria uma maioria de 2/3 e conquistaria todas as nove províncias da África do Sul.
Em termos nacionais, o ANC recuou em todas as províncias em comparação com os resultados das anteriores legislativas, com excepção da província do KwaZulu-Natal, onde se concentra uma das principais etnias africanas do país, os zulus. Zuma é de etnia zulu.
DIÁRIO DE NOTÍCIAS(Lisboa) - 25.04.2009