Devido à vulnerabilidade da fiscalização
A reserva florestal e faunistica do distrito de Mecuburi, numa área de 230 mil hectares, tem vindo nos últimos tempos a registar uma grande avalanche de caçadores furtivos devido à fragilidade do respectivo processo de fiscalização.
Informações colhidas pelo Wamphula Fax, junto das autoridades politicas e administrativas daquele distrito, grande parte dos furtivos são oriundos da vizinha província de Cabo Delgado, enquanto que outros provém da Tanzania.
Segundo as nossas fontes devido à grave situação, algumas espécies de animais começam a escassearse, sobretudo Macacos, Gazelas, Javalis e Elefantes.
Eduardo Cândido Tiquilamoge, director dos Serviços Económicos do distrito de Mecúburi, que confirmou o facto ao nosso jornal disse que o seu sector não dispõe de recursos humanos e materiais necessários que permitam uma fiscalização eficaz, de acordo com a vastidão da reserva
em causa.
Aliás, a fonte observou que o sector de Floresta e Fauna Bravia daquele ponto da província possuí apenas um fiscal, facto que considera insuficiente para a resolução do problema.
Entretanto ressalvou que o sector tem vindo a trabalhar com fiscais comunitários, aos quais compete a função de denunciar eventuais presenças de caçadores furtivos.
As acções levadas já a cabo pelos referidos fiscais comunitários resultaram na neutralização de quarenta redes de caça, cinquenta zagaias e trinta peles de gazela.
Eduardo Tiquilamoge revelou, por outro lado, que, devido à falta de vedação da reserva, tem vindo a registar-se igualmente, conflito entre homem e animal, em consequência do qual registaram-se, até à data, quatro pessoas e um número não especificado de feridos, provocados sobretudo por macacos e elefantes, para além da destruição de vastas áreas de culturas alimentares.
De acordo, ainda com a fonte, os casos mais gritantes têm ocorrido nos povoados de Milhane, Momane,
E, a concluir, revelou que, em coordenação com a Polícia da República de Moçambique, foram alocadas armas de fogo para combater os mencionados conflitos.
WAMPHULA FAX – 27.04.2009