Em declarações a jornalistas, o presidente da BVM, Jussub Nurmamade, referiu que a decisão de se admitir as PME’s à Bolsa resultou da constatação de que “em qualquer parte do mundo as pequenas e médias empresas são motores do desenvolvimento”.
“São elas que criam a maioria do emprego nos países e são elas as grandes promotoras das exportações. Fazemos isto num momento particular em que em todo o mundo se assiste a uma crise sem precedentes e temos a consciência de que se tivermos as pequenas e médias empresas cotadas na Bolsa vamos mitigar os efeitos da crise no nosso país”, disse o presidente da BVM.
Jussub Nurmamade explicou ainda que haverá uma revisão nos actuais requisitos para admissão das empresas na BVM, por forma a que as pequenas e médias empresas possam entrar no mercado de capitais.
“Naturalmente que os requisitos para este segundo mercado (das PME’s) serão diferentes dos que são observados para as grandes empresas do mercado de cotações oficiais”, disse.
Por seu turno, o presidente da CTA, Salimo Abdula, disse que a assinatura do protocolo “vai mudar o conceito de investimento e empreendedorismo no nosso país”.
“Até hoje o acesso à Bolsa era vedado às pequenas e médias empresas. A viabilização do protocolo de cooperação é a assunção clara e determinada do que é possível fazer para continuarmos, em parceria, a beneficiar as pequenas e médias empresas nacionais, através da motivação deste segmento empresarial, implementando medidas que possam contribuir para o sucesso da sua actividade”, disse Salimo Abdula.
Daniel Gabriel, presidente do IGEPE, afirmou, por seu turno, que o protocolo tem como objectivo dinamizar a BVM .
“A nossa Bolsa ainda é pequena. O IGEPE gostaria de contribuir para este segundo mercado (PME’s) como também contribuir para o mercado de cotações oficial (grandes empresas)”, disse Daniel Gabriel.
O presidente do IGEPE acrescentou que o Estado tem participações em 134 empresas, entre pequenas, médias e grandes.
“O nosso universo de empresas que consideramos estratégicas anda à volta de 40 e é nessas que vamos procurar nos concentrar tanto para o mercado oficial como para o mercado secundário”, afirmou o presidente do IGEPE.