Entre tantos artistas se apresentando, apenas um grupo não era africano. Uma honra para os cariocas do Afro Reggae.
Uma reportagem sobre o país-sede da próxima Copa do Mundo: a África do Sul. Os correspondentes Renato Ribeiro e Edu Bernardes foram a uma festa que uniu neste sábado os sons da África com os sons do Brasil.
Uma maratona de música: 12 horas de shows no centro de Joanesburgo para celebrar o Dia da África, que marca os 48 anos de criação da União Africana.
Entre tantos artistas se apresentando, apenas um grupo não era africano. Uma honra para os cariocas do Afro Reggae.
São 10 integrantes do grupo que faz parte de um projeto social que nasceu em Vigário Geral. O nome afro não é por acaso e, por isso, eles estão na África do Sul. A integração de duas culturas.
Antes do show, eles foram até Soweto, bairro símbolo da resistência ao Apartheid. Conheceram a casa onde Nelson Mandela morou antes de ser preso.
Andando pelas ruas, fizeram um paralelo da periferia de Joanesburgo com a periferia do Rio. “A gente compara um pouco com a nossa história, as coisas que a gente viveu em Vigário Geral, quantas pessoas morreram lutando cada um com o seu propósito, então você vê a ligação de geração para geração”, disse o percussionista Altair.
“É a realização de um sonho estarmos em Soweto, visitar a casa do Nelson Mandela, conhecer a cultura local”, afirmou o vocalista LG.
À noite, durante 40 minutos, eles mostraram o quanto Brasil e África são parecidos. O batuque familiar para a imensa plateia.
Não importava se as letras eram em português. Bastava ouvir e dançar. E, ao fim do show, quem estava no palco ou na plateia percebeu que não há nada mais africano do que a música brasileira. E não há nada mais brasileiro do que o ritmo africano.