PERTO de 500 mil novos empregos foram criados no país desde 2005 até finais do primeiro trimestre de 009, segundo indicam estatísticas oficiais divulgadas esta semana pela Administração do Trabalho. Deste universo, de acordo com dados disponíveis, cerca de 130 mil pessoas conseguiram emprego através do Fundo de Investimento em Iniciativas Locais, vulgos “sete milhões”, enquanto outros perto de 27 mil entraram no esquema do auto-emprego.
Do total de empregos gerados ao longo deste período, cerca de 380 mil trabalham no sector da agricultura, ramo de actividade que mais posto de emprego criou. As admissões directas nas empresas contribuíram com cerca de 106 mil postos de trabalho, as colocações por via dos Centros de Emprego do Estado absorveram 38 mil novos empregados.
Ainda de acordo com os mesmos dados, nos últimos quatro anos, o recrutamento de moçambicanos para o sector mineiro da África do Sul contribuiu com cerca de 189 mil postos de emprego.
Compulsando os números, a administração do trabalho considera que a média de postos de emprego criados no país tende a crescer nos últimos anos, tendo de 2005 a 2008 conseguido uma média anual de 117 mil empregos.
A Estratégia de Emprego e Formação Profissional estabeleceu um milhão de beneficiários de emprego como a meta a atingir no período 2005-2015. Até 2010 esta estratégia prevê a criação de quinhentos mil novos postos de trabalho em Moçambique, cifra que com o registo actual de 489.255 postos de empregos criados até ao momento poderá ser ultrapassada.
Só nos primeiros três meses deste ano, pelo menos seis mil candidatos a emprego obtiveram colocação directa em empresas e instituições diversas em todo o país, dos quais 1462 são mulheres. A cidade de Maputo é a região do país onde mais gente conseguiu colocação num emprego formal de Janeiro a Março de 2009.
Com efeito, a cidade de Maputo colocou um total de 2135 candidatos, seguida da província de Nampula com 1220 e Manica com 1053 cidadãos colocados em diversas unidades de produção.
Segundo a Administração do Trabalho, muitas empresas continuaram a confiar ao Estado a responsabilidade de seleccionar e colocar candidatos a emprego, tendo oferecido, só nos primeiros três meses do ano, um total de 1.176 vagas para o efeito.