PELO menos 80 famílias podem ter abandonado o Centro de Reassentamento de Beia-Peia Um, distrito de Machanga, em Sofala, sob alegação de não existirem terras férteis para a prática de agricultura nas proximidades daquela zona considerada, no entanto, segura pelas autoridades.
Maputo, Segunda-Feira, 29 de Junho de 2009 Notícias
O secretário do Centro de Reassentamento de Beia-Peia Um, Magobeia Manjara, disse recentemente a jornalistas que trabalharam em Machanga que passa muito tempo desde que as 80 famílias abandonaram o centro sem alguma explicação.
Manjara revelou igualmente que foram feitos contactos junto dos visados e eles alegam que não há condições básicas para continuarem no centro de reassentamento, sobretudo a falta de terras férteis para a prática da agricultura e a morosidade na construção de casas.
Com o efeito, a fonte disse que das 140 casas previstas apenas 30 já estão prontas no Centro de Reassentamento de Beia-Peia Um. Revelou que a sua edificação conta com o apoio da Associação dos Jovens de Govuro (AJOAGU).
Questionado sobre o assunto, o administrador de Machanga, Pita Jojó, disse que apesar das pessoas terem saido das suas tendas poderão voltar porque a população está sensibilizada sobre o perigo de continuarem nas zonas de risco.
Jojó acredita não haver grandes problemas nos dos centros de reassentamento criados em Machanga, tendo acrescentado que, paulatinamente, o Executivo está a criar condições básicas com a edificação de infra-estruturas sociais. Para o efeito, apontou a construção de uma unidade sanitaria como um dos exemplos vivos.
Entretanto, ao todo, 240 famílias foram reassentadas nos dois centros do distrito de Machanga, grande parte destas continuam a viver em tendas enquanto se espera pela construção de casas, onde a própria comunidade é envolvida.
- Eduardo Sixpence