EM final de mandato do Parlamento nacional, o deputado da bancada da Renamo União Eleitoral (RUE) Máximo Dias apelou à sensibilidade adequada dos parlamentares à apreensão das preocupações e ao sofrimento e as alegrias de todos os moçambicanos.
Falando semana passada no espaço reservado às comunicações antes da ordem do dia, aquele político pediu aos colegas que continuarão com assentos na AR para que transmitam através dos seus actos aos novos representantes do povo o que é ser realmente deputado moçambicano, “a fim de merecerem dignidade do título de representante do povo e, também, dos salários e regalias que recebemos do Estado”.
A este propósito, Máximo Dias fez os seguintes questionamentos: “Por exemplo, será que os deputados de Sofala e de outras províncias sabem que estamos a devastar as nossas florestas de uma forma criminosa, pois o Governo e as autoridades locais têm permitido o corte de árvores para exportar troncos de madeira? Basta percorrer uma distância de vinte quilómetros da cidade da Beira até a cidade de Dondo para verificar o abate de milhares e milhares de árvores por empresas predominante chinesas e de outras nacionalidades, quiçá, até moçambicanos, que exportam milhões de troncos em bruto para o estrangeiro”.
Num outro passo da sua comunicação, o deputado Máximo Dias, que foi deixando “recados” para os próximos legisladores, disse esperar que os futuros deputados da Assembleia da República, quando tiverem de apreciar propostas do Governo, procurem faze-lo, antes de mais, sob o princípio do interesse nacional. Para tanto, disse ser necessário que os parlamentares estudem a matéria em causa, para melhorar a proposta, de sorte a que a passagem da proposta para projecto de lei seja efectivamente uma lei que interessa ao país e à Nação e, independentemente de cada uma das futuras bancadas parlamentares que o deputado vier a pertencer.
“Aproveito este ensejo para relembrar que a próxima legislatura é constituinte, pelo que se terá de expurgar da Constituição da República aquilo que se provou, durante os últimos cinco anos, que não está bem e introduzir normas que melhorem as formas de garantia e defesa dos interesses do cidadão moçambicano e que a governação deste países seja verdadeiramente democrática, realmente inclusiva e participativa de forma a que a Nação aproveite todas as sinergias de cidadãos interessados e preocupados com o bem-estar de cada um de nós, melhor segurança e melhor justiça”.
Máximo Dias também apelou aos futuros deputados do mais alto órgão legislativo do Estado, no sentido de debaterem a problemática do empreendedorismo moçambicano e reflectirem sobre como formar o empresariado nacional, como apoia-lo, financeiramente, e como assisti-lo na gestão da sua empática do empreendedorismo moçambicano e reflectirem sobre como formar o empresariado nacional, como apoia-lá financeiramente, e, como assisti-lo na gestão da sua empresa. “É preciso equilibrar o predomínio de empresários oriundos ou descendentes de outras nacionalidades, com os empresários genuinamente oriundos de Moçambique, para que todos se sintam iguais, gozando das mesmas oportunidades e circunstâncias de ganhar a vida de cada um e consolidar a nossa unidade e coesão nacional”.
Para aquele parlamentar, a luta contra a pobreza absoluta deve travar-se em primeiro lugar no Parlamento, que deve criar normas jurídicas que apoiem e ajude o moçambicano a garantir a sua própria subsistência, quer como, trabalhador, quer como empregador ou, simplesmente, como auto-empregador.
“A condição para alguém se libertar da pobreza, antes de mais está na sua própria vontade determinada, na sua cultura ou capacidade de trabalho, na sua formação académica, profissional, cívica e moral, aquilo que eu tenho vindo a chamar de formação integral”, referiu.