SEIS embarcações com capacidade para 93 passageiros cada foram oficialmente inauguradas semana passada e entregues ao público nas províncias de Zambézia, Sofala, Inhambane e cidade de Maputo. Os barcos, segundo explicou o Ministro dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula, em Inhambane vão garantir a ligação entre Quelimane e Ricamba, na província da Zambézia, Beira/Búzi e Beira/Machanga, em Sofala, bem como entre Maxixe e Inhambane e Maputo/Catembe, na capital do país. Para a aquisição das seis embarcações foi aplicado um investimento de cerca de sete milhões e quatrocentos mil dólares norte-americanos.
Falando na cerimónia inaugural na cidade de Inhambane, o Ministro dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula, explicou que para a gestão destes barcos foi celebrado um contrato de exploração com a Transmarítima, empresa que sempre trabalhou com o Governo nos transportes fluviais em todo o país. Para o efeito, Zucula apelou aos privados para continuarem a operar normalmente, pois o que se defende é oferecer melhores condições aos utentes. “Ao Governo não interessa o negócio, mas as melhores condições de transporte. Transporte é um valioso instrumento de dinamização da economia, daí que o Executivo sempre se preocupa em oferecer melhores condições de transporte à população moçambicana”, disse Zucula, exortado aos utentes para que não sabotem as embarcações ora adquiridas, tendo para isso apelado a uma vigilância permanente de todos.
Zucula explicou que o Governo entregou dois barcos por cada província contemplada, porque mais ninguém colocou os melhores antes. “Se aparecerem melhores barcos serão bem-vindos”, disse o titular da pasta dos Transportes e Comunicações.
Antes da aquisição destes meios, considerados dos melhores em termos de condições de segurança marítima e comodidade, o Governo desenvolveu um programa de melhoramento das infra-estruturas de acostagem nas cidades de Inhambane e Maputo, onde foram reabilitados as pontes-cais de Inhambane, Maxixe, Maputo e Catembe.
“Não queremos excesso de lotação, não queremos entrar nestes barcos com dedos nas narinas entre outros males que possam em menos tempo retirar os barcos nestes serviços”, apelou Paulo Zucula para quem a melhor utilização e gestão não cabe apenas ao concessionário, mas aos próprios passageiros que devem manter as embarcações impecáveis.
Todavia, na baía de Inhambane os barcos a operar entre as duas cidades não poderão navegar no período nocturno por ausência de condições técnicas para o efeito. Segundo apurou a nossa Reportagem, a ausência de sinalização que é feita por bóias luminosas no período nocturno é o principal motivo da retirada dos barcos todos dias ao princípio da noite.
- Victorino Xavier