A existência de um acordo de promoção e protecção de investimentos e a aprovação, no início deste ano, do novo código de benefícios fiscais constituem dois importantes instrumentos que podem influenciar a atracção do investimento alemão para Moçambique.
Para explorar as possibilidades de negócio, empresários daquele país europeu encontram-se desde ontem em Maputo, demonstrando abertura para investir em Moçambique.
Falando à margem duma mesa-redonda sobre o ambiente de negócios em Moçambique, António Fernando, Ministro da Indústria e Comércio, considerou que numa altura de crise financeira mundial, a vinda de empresários alemães a Moçambique representa o sinal de respeito que o mundo tem para com o nosso país.
Disse que investindo em Moçambique os alemães podem dispor de múltiplas oportunidades, quer para vender para o mercado interno, quer para o externo, tendo em conta as facilidades oferecidas pelo AGOA para o acesso ao mercado norte-americano ou ainda para o mercado chinês, através de acordos existente com aquele país, para além do próprio mercado da SADC, com cerca de 200 milhões de consumidores.
Uma fonte do Centro de Promoção de Investimentos (CPI) considerou o acordo de promoção e protecção de investimentos entre Moçambique e Alemanha como sendo essencial para a atracção de investimentos, porque o entendimento consubstancia as garantias da parte dos dois governos.
“Este acordo protege os investimentos, mesmos em situações de expropriação ou de divergências políticas. Os alemães gostam de investir onde sentem que o governo deles oferece-lhes algum incentivo para o efeito e este acordo é um passo nesse sentido”, indicou a nossa fonte.
Esta é a primeira missão empresarial alemã que se desloca a Moçambique e conta com o apoio da Afrika Verein, uma associação que se dedica à promoção de negócios entre Moçambique e Alemanha.
A missão comporta representantes de 15 empresas com interesses nas áreas de Construção, Saúde, Sistemas Digitais de Segurança, Minas, Engenharia Hidráulica, Banca, Transportes, Energias Renováveis, entre outras.
Segundo apuramos, uma parte dessas empresas de grande dimensão, com facturação média igual ou superior a um bilião de dólares norte-americanos por ano.
Hoje os empresários deverão tomar parte numa outra mesa-redonda, na qual serão discutidos aspectos relacionados com o desenvolvimento de infra-estruturas em Moçambique, as oportunidades para as empresas alemãs, para além de se estabelecer contactos empresariais directos e uma visita ao Banco de Moçambique.
De Moçambique os empresários alemães deverão rumar para a Zâmbia, com a mesma missão de prospecção de oportunidades de negócios.