Eleições Gerais de 28 de Outubro deste ano
As eleições presidenciais moçambicanas, marcadas para 28 de Outubro próximo, já têm sete candidatos declarados: Armando Guebuza (Frelimo), Afonso Dhlakama (Renamo), Daviz Simango (MDM), Raul Domingos (PDD), António Massango, (PEV), Yaqub Sibindy (PIMO), José Ricardo Viana, (UDM-PP)
O prazo de inscrição de candidaturas na Comissão Nacional de Eleições (CNE) ainda decorre pelo que está aberta a possibilidade de ainda poderem vir a inscrever-se outros candidatos.
Daviz Simango, líder do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) é o presidente do Conselho Municipal da Beira. Para além de Guebuza, o actual chefe de Estado, são os únicos candidatos até aqui conhecidos que venceram eleições a que concorreram.
Raul Domingos, presidente do Partido para a Democracia e Desenvolvimento de Moçambique (PDD) e Daviz Simango já militaram na RENAMO..
Daviz Simango foi expulso do partido liderado por Afonso Dhlakama em 2008. Candidatou-se como independente à sua própria sucessão como edil da Beira e venceu os candidatos dos partidos Frelimo e da Renamo tornando-se o primeiro caso de um candidato fora dos tradicionais partidos do País a vencer eleições.
Raul Domingos, ex-número dois da RENAMO e um dos militares que subscreveu o Acordo Geral de Paz em Roma, foi expulso em 2000 do Partido liderado por Dhlakama.
Alguns observadores admitem já a hipótese deste quadro em que há pelo menos sete candidatos à sucessão de Armando Guebuza, poder vir a suscitar uma segunda volta.
Daviz Simango (MDM), António Massango (PEV), e José Ricardo Viana (UDM-PP) concorrem à Presidência da República pela primeira vez.
Afonso Dhlakama vai-se submeter a sufrágio pela quarta vez. (Redacção / Lusa)
Apesar de sustentar constrangimentos de ordem legal
Renamo promete cooperarB na actualização do recenseamento
...mas denuncia intimidação contra os vogais do seu partido nas Comissões Distritais de Eleições
A porta-voz do Gabinete Central das Eleições da Renamo, Ivone Soares, garantiu ao «Canal de Moçambique» que o seu partido vai cooperar com os órgãos eleitorais, nomeadamente a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) durante o actual processo de actualização do recenseamento eleitoral.
Entretanto, contrariamente ao que aconteceu no processo de recenseamento de raiz ocorrido em 2004, em que o partido da perdiz tinha sérios problemas logísticos incluindo falta de pagamento de subsídios a seus fiscais afectos nos postos de recenseamento eleitoral, Ivone Soares, garantiu que este assunto “não se vai fazer sentir pois há dinheiro para o pagamento dos fiscais afectos nas brigadas de recenseamento”.
Partido bem preparado para fiscalizar
“O partido está bem preparado para fiscalizar este processo”, disse.
Entretanto, a mesma fonte garantiu ainda que o partido Renamo está interessado em “colaborar com as autoridades ligadas à actualização do recenseamento quer na mobilização dos moçambicanos para aderirem ao processo, quer no apelo aos brigadistas para que não se deixem influenciar por princípios contrários a lei”.
Renamo denuncia anomalias
A porta-voz do Gabinete Central das Eleições da Renamo lamenta, entretanto, as supostas perseguições a vogais do seu partido afectos às Comissões Distritais de Eleições nos distritos da Marávia, Zumbo, Cabora-Bassa e Ulóngue, província de Tete, que segundo disse, são perpetrados pelos secretários de bairros que militam no partido Frelimo.
“Em Marávia, os nossos vogais viram as suas casas incendiadas depois de terem sido ameaçados pelos secretários da Frelimo. Temos os nossos vogais na Comissão Distrital de Eleições em Zumbo, nomeadamente Orlando Cesário e José Manuel, que foram ameaçados de morte e porque estavam numa situação de insegurança tiveram que se refugiar na cidade de Tete.
“O secretário do bairro da vila de Ulóngue recusou-se a passar uma declaração para permitir que os nossos vogais possam tratar os certificados de residência, alegadamente por não terem autorização”, disse a nossa entrevistada que apontou que estas atitudes impedem os membros do seu partido de participarem directamente no processo. (Alexandre Luís)