MOÇAMBIQUE tem vindo a adoptar políticas macro-económicas responsáveis que o colocam em condições de aguentar com o impacto negativo da presente crise financeira mundial, segundo avaliação do grupo de conselheiros internacionais que ontem se reuniu com o Presidente da República, Armando Guebuza, no quadro das consultas anuais destinadas a avaliar os passos que o país vem dando, com vista a melhorar a sua posição no mundo de negócios. Na ocasião, o Chefe do Estado manifestou o seu reconhecimento ao papel daquele grupo na consolidação da boa imagem de que o país goza no contexto das relações internacionais.
Nas suas notas preliminares, o Presidente da República referiu que é também em resultado da intervenção dos conselheiros internacionais que Moçambique vem reforçando as suas relações com diversos países e organizações no mundo inteiro, o que lhe permite juntar os recursos de que necessita para continuar a sua luta contra a pobreza absoluta.
No final do encontro, o Ministro do Turismo, Juventude e Desportos, Fernando Sumbana, explicou a jornalistas que na reunião de ontem foi feita a avaliação do trabalho realizado desde a última consulta realizada em Outubro de 2008, com enfoque para os sectores de agricultura, turismo, indústria e comércio e transportes e comunicações.
Na área dos transportes e comunicações, por exemplo, foram discutidas as possibilidades de Moçambique abrir ainda mais o seu espaço aéreo a mais companhias aéreas internacionais, pretensão que, segundo Fernando Sumbana, tem encontrado enquadramento naquilo que são as políticas adoptadas pelo Governo para o sector. A este respeito, o Chefe do Estado garantiu que o país continuará a fazer tudo para assegurar que cada vez mais operadores de transporte aéreo encontrem abertura para voar para o nosso país.
Na componente do Turismo, Fernando Sumbana diz que o grupo de conselheiros discutiu com o Presidente da República sobre o que mais Moçambique pode fazer, por forma a que novos investimentos sejam feitos no sector, partindo do pressuposto de que na fase actual, o nosso país tem vindo a adoptar políticas que tornam o ambiente de negócios cada vez mais atractivo.
Apesar de haver investimentos de referência na área da agricultura, a exemplo do projecto de produção industrial de banana baseado na província de Nampula, o encontro de ontem levou a debate outros aspectos considerados relevantes para o sector, como é o caso das estratégias para se aumentar o rendimento da agricultura familiar ou balancear a agricultura familiar e comercial.
“Os conselheiros apreciaram o esforço da revolução verde mas, como disse, eles são pragmáticos, razão por que a concentração foi mais em determinadas matérias específicas”, explicou Fernando Sumbana.
O grupo de conselheiros internacionais do Chefe do Estado inclui políticos, diplomatas, homens de negócios e representantes de empresas e organizações de dimensão mundial, alguns dos quais com interesses económicos em Moçambique.
Fernando Sumbana disse ser do interesse do Governo saber também o sentimento daqueles que vivem de perto o ambiente de investimentos no país, considerando que estão em posição de apresentar uma leitura feita sob um prisma diferente.