Omar Bongo, o decano dos chefes de Estado africanos, morreu mesmo, aos 73 anos, numa clínica de Barcelona (Espanha), confirmou o gabinete do primeiro-ministro do Gabão, pondo fim a uma série de notícias contraditórias que corriam desde ontem.
“Foi às 14h30 (13h30 hora de Lisboa), que a equipa médica me informou, tal como aos familiares e responsáveis presentes, que o Presidente da República, Omar Bongo Ondimba, acaba de entregar a alma no seguimento de um ataque cardíaco”, diz a mensagem do primeiro-ministro Jean Eyeghe Ndongm citado pela AFP.
O Governo decretou um luto nacional de 30 dias, pelo Presidente que estava no poder há 41 anos.
Bongo era um verdadeiro dinossauro entre os governantes africanos, respeitado pela sua sagacidade e pelas acções de mediação
Era uma espécie de sábio a quem se pedia conselho em situação de crise, na cena africana e internacional. Foi mediador em várias crises africanas. Recentemente, teve um papel importante no processo de paz em curso na República Centro-Africana. Serviu também de mediador para obter os acordos de paz no Congo-Brazzaville, em 1999, que permitiram pacificar o país, à beira da guerra civil. Tentou também ajudar a resolver o conflito no Chad.
PÚBLICO - 08.06.2009