A ILHA de Moçambique, declarada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) património mundial, foi na semana passada objecto de um encontro que reuniu quadros do sector da Educação e Cultura na província de Nampula, representantes da comunidade, do sector empresarial e do associativismo locais com o objectivo de colher diferentes sensibilidades sobre o plano de gestão daquela zona insular do país.
Outro objectivo do encontro, que teve a duração de dois dias, foi de estabelecer um cronograma de actividades subsequentes e de metas para a finalização do plano de gestão da ilha, sensibilizar os intervenientes aos diferentes níveis sobre o valor e significado daquela zona insular declarada património mundial e sensibilizar os participantes sobre a Convenção da UNESCO de 1972, particularmente sobre o papel dos diferentes intervenientes, especificamente do sector privado e dos parceiros de cooperação.
O plano de gestão da Ilha de Moçambique e que foi objecto de debate prevê, entre outros aspectos, a forma como será assegurada a articulação entre instituições com responsabilidade na gestão do espaço público e do património, daí que o encontro constituiu uma forma de busca de consenso, isto é, de diálogo envolvendo todos os interlocutores para a gestão integrada para a zona do património mundial.
No entender das estruturas do Ministério da Educação e Cultura (MEC), o plano de gestão da ilha deve estabelecer de forma clara a sua articulação com outros instrumentos de planificação local, provincial e nacional, desde os planos estratégico e de desenvolvimento humano sustentável daquela zona insular.
O encontro havido na semana passada faz parte do processo de concepção de um plano que vai assegurar a gestão sustentável do património cultural da ilha, que foi a primeira capital de Moçambique, bem como a acção e complementaridade dos diferentes intervenientes.
A Ilha de Moçambique foi inscrita em 1991 na lista da UNESCO de bens materiais do património mundial. Ela distingue-se pelo seu património de valor universal, transcendendo deste modo a dimensão de património cultural nacional.