UM grupo de investidores portugueses acaba de manifestar o seu interesse ao Governo moçambicano na produção intensiva de arroz a partir do segundo semestre deste ano no vale de Mandruze, no Município do Dondo, em Sofala, tendo já solicitado uma área de dois mil hectares.
Para além da produção daquele cereal, o referido grupo irá apoiar os camponeses ali baseados no aumento das respectivas áreas, e ainda para que toda a produção seja processada (descasque e empacotamento) numa unidade fabril a ser instalada no bairro de Nhamainga.
Sem revelar os valores de investimento, o presidente do Conselho Municipal daquela urbe, Manuel Cambezo, que falava sábado ultimo à imprensa à margem do encontro sobre Orçamento Municipal Participativo, disse que neste momento já está a ser mobilizada a maquinaria para se dar corpo à iniciativa, que aguarda apenas a conclusão da documentação para o efeito a nível das estruturas do Governo central.
O vale de Mandruze dispõe de mais de sete mil hectares de terra, os quais neste momento são basicamente aproveitados pelos camponeses, tanto a nível das associações como da agricultura de sustento no cultivo de arroz bem como de hortícolas, situação que poderá ganhar incremento a partir da implementação deste projecto.
“O referido grupo de investidores para além de produzir arroz também vai apoiar aos camponeses de modo a aumentarem as suas áreas de produção, podendo depois a colheita ser descascada e empacotada para a sua comercialização na projectada fábrica que o mesmo grupo pretende construir aqui no nosso município”, referiu.
Cambezo informou ainda que, segundo as pretensões dos investidores, a comercialização do arroz processado será feita tanto a nível interno como externo, o que trará uma mais-valia para os agricultores e consequente desenvolvimento do município de forma particular e do distrito e província de uma forma genérica.
“A partir da implantação da referida unidade industrial prevista para o próximo ano julgamos que teremos largas possibilidades de fazer o aproveitamento integral das potencialidades agrícolas do vale de Mandruze”, explicou.- António Janeiro