Armando Guebuza dá nome a ponte idealizada pela administração colonial portuguesa
31.07.2009 - 11h54 PÚBLICO
O nome do Presidente moçambicano, Armando Emílio Guebuza, vai ser dado a uma ponte a inaugurar amanhã, idealizada desde a década de 1950 pela administração colonial portuguesa. O facto está a causar alguma celeuma. A cerimónia realiza-se a menos de três meses das eleições presidenciais e legislativas, nas quais Guebuza é um dos candidatos.
Logo na década de 1960 foi encomendado o estudo da viabilidade da ponte sonhada sobre o rio Zambeze, entre os distritos de Caia, na província de Sofala, e Chimuara, na província da Zambézia. E dada a importância que o projecto parecia ter para toda uma nação, o primeiro Presidente da República de um Moçambique independente, Samora Moisés Machel, decidiu prosseguir com a obra cuja viabilidade ficara assente em vésperas do 25 de Abril.
Interrompidas as obras em 1982, devido à intensidade da guerrilha da Resistência Nacional (Renamo), de Afonso Dhlakama, elas foram reatadas depois da assinatura do Acordo Geral de paz para Moçambique, em Roma, em Outubro de 1992. E agora está pronto a utilizar um tabuleiro de 2.376 metros de comprimento (1.666 em terra e 710 sobre as águas do Zambeze), com 16 metros de largura e quatro faixas de rodagem, com hipótese de virem a ser duplicadas.
O grandioso projecto de engenharia foi realizado por um consórcio das empresas portuguesas de construção civil Soares da Costa e Mota-Engil, restando agora ao presidente da Frelimo e da República apadrinhá-lo, gravando nele o seu próprio nome.
PÚBLICO - 31.07.2009