A semana que passou foi marcada pelas eleições internas para deputados no partido
Frelimo, aquele que muitos como o Secretário para Mobilização e Propaganda, Edson Macuácua, denomina de glorioso e ganhador.
Todo país testemunhou estas eleições que deram continuidade a uns e levou para o “lixo” a outros.
Zambézia, segundo círculo eleitoral, que viu reduzir seus assentos na Assembleia da República para próxima legislatura, não fugiu a regra.
Muitos membros vindos dos distritos ate da capital do país, os chamados não residentes, estiveram naquela habitual sala que o Instituto do Magistério Primário (IMAP), hoje com as novas terminologias que o governo do dia vem adoptando, já se chama Instituto de Formação de Professores (IFP). Foram até quase 4horas de domingo, fazendo valer aquilo que chamam democracia. Mas que democracia, se nem os Midias tiveram acesso ao processo eleitoral. Enganem-se.
Bom, mas vamos aos factos destas eleições dos deputados.
A lista que temos tem quarenta e três deputados eleitos só na Zambézia. Começa com Zeca
Morgado (continuidade) e termina com Agostinho Armando, não se sabe se é também continuidade ou “caloiro”.
Ora, isto só não pode ser preocupação, porque não se deve questionar porque o Morgado estará de novo na AR, Gruveta, Caifadine, Virgula e por ai fora.
Mas a questão que podemos aqui levantar é sobre as tais questões de tribalismo que se propalam por ai que os zambezianos são os promotores. Se sim ou não, vamos lá então saber se de facto o zambeziano promove o tribalismo. Na mesma lista que temos aqui a nossa frente, por sinal que nos inspirou a fazer estas linhas, mostra claramente, que há gente que nem sequer conhece a realidade da província, mas que figuram, ou por outra, foi eleita em nome dos zambezianos.
Querem saber quem são pois não? Pegamos apenas num exemplo. Nyeleti Mondlane, filha do Eduardo Mondlane, a quem o governo preferiu dar este ano como dele. Caros leitores, quem nos garante que a dona Nyeleti conhece a província da Zambézia? Será que alguma vez ouviu falar de Muaquiua, Mutuela, Muabanama, Cocorico, etc, só para dar alguns exemplos?
Porque ocupar lugar de alguém desta terra que possivelmente poderia dar “litro” para sua terra?
Será que não ficaria bem que ela concorre-se em Gaza onde de facto aquela população ou ela conhece as raízes? Então, depois vem dizer em discursos baratos que o zambeziano é tribalista e vão ai nos distritos, gritar: NÃO AO TRIBALISMO, NÃO AO TRIBALISMO
Se fossem, então não deixariam nem Carvalho Muária, nem Albertina Tivane, Joana Simão, etc concorrem nesta terra dos chuabos.
Por favor, esqueçam este discurso e encontrem um outro, porque se continuarem assim, será um insulto.
Mas esperamos nós que tantos que forem eleitos por nós para casa do povo represente condignamente este povo que tanto precisa de tudo, desde água, estradas, comercialização agrícola, só para elucidar.
Chega, até a próxima e estamos atentos.
DIÁRIO DA ZAMBÉZIA – 08.07.2009