A farmacêutica Roche lançou um programa para facilitar o acesso do medicamento Tamiflu a alguns países em via de desenvolvimento a preços reduzidos, entre os quais Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Guiné-Bissau.
O programa de reserva Tamiflu, já em vigor, visa assegurar que o medicamento está disponível nos países em vias de desenvolvimento quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar uma pandemia de gripe, anunciou a Roche.
No âmbito deste programa, o gigante farmacêutico vai produzir e armazenar Tamiflu em "stocks" especificamente dirigidos para os países em vias de desenvolvimento e a preços "significativamente reduzidos".
A Roche enviará esses medicamentos para os países em causa, assim que for declarada uma pandemia de gripe ou em caso de emergência de saúde pública.
Actualmente, apenas seis dos países com baixos rendimentos têm reservas de Tamiflu, o que dá uma taxa de cobertura de apenas 0,02 por cento, refere a farmacêutica.
Este programa permite aos países em vias de desenvolvimento reservar Tamiflu como medida preparatória para uma eventual pandemia de gripe a preços reduzidos, refere a Roche.
O preço total por uma caixa de Tamiflu com 10 comprimidos, excluindo taxas alfandegárias e impostos é de 5 a 6 euros por 75 miligramas (mg), 3 a 3,65 euros por 45 mg e 2 a 2,55 euros por 30 mg, revelou a empresa.
Entre os países elegíveis pela Roche para este programa estão os países de expressão portuguesa Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Guiné-Bissau.
São ainda elegíveis, entre outros, o Afeganistão, a Bolívia, o Cambodja, o Congo, Cuba, Etiópia, Haiti, Honduras,
Indonésia, Mauritânia, Nepal, Nicarágua, Senegal, Somália, Serra Leoa, Uganda, Ucrânia, Vietname e Zimbabué.
Até agora, para além de Portugal, dos países de expressão oficial portuguesa, apenas há casos de infectados em Cabo Verde.O país confirmou a 22 de Junho os três primeiros casos da Gripe A H1N1, três irmãs com idades entre os três e os 10 anos. Nenhuma delas inspira cuidados e já não apresentam sintomas.
A 13 de Junho último, após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter declarado a Fase 6 (última da escala) da pandemia da Gripe A, o governo cabo-verdiano garantiu que Cabo Verde possui condições e meios necessários para assegurar o diagnóstico "correcto" e tratamento "adequado" dos casos.
ACF/JSD – Lusa – 10.07.2009