O Presidente da Republica, Armando Guebuza, recusou a proposta de privatização da terra em Moçambique que consta do relatório do Mecanismo Africano de Avaliação de Pares (MARP), apresentado na Cimeira da União Africana (UA), que sexta-feira terminou na Líbia.
Segundo a Lusa, o relatório do MARP recomendou ao estado moçambicano que privatize a terra para a tornar um activo económico, porém, Armando Guebuza diz que esta proposta seria prejudicial à população moçambicana pobre, que é a maioria. Moçambique tem mais de 21 milhões de habitantes, 68 por cento dos quais a residir nas zonas rurais. A maior parte vive dependente da agricultura, sector que, aliás, é a base de subsistência de 80 por cento da população do país.
A avaliação no âmbito do MARP resulta de uma análise do Governo, de um grupo de personalidades moçambicanas, incluindo Graça Machel, e de uma missão enviada pela União Africana.
O MARP foi criado em 2003 pela UA para a avaliação voluntária dos estados membros em indicadores como estabilidade económica e política, boa governação e práticas democráticas. Questionada sobre a sugestão do mecanismo de avaliação paritária, Graça Machel, viúva do primeiro presidente moçambicano Samora Machel, negou que a estatização da terra seja um entrave para o desenvolvimento de Moçambique.
SUJESTÃO – 09.07.2009