À direcção da Mulher e Acção Social
A Direcção Provincial da Mulher e Acção Social, em
Nampula, está a enfrentar dificuldades para a recuperação dos fundos de geração
de rendimento nas comunidades.
Segundo Lourenço Buene, director provincial-adjunto
na Mulher e Acção Social, a sua instituição desembolsou ao longo do primeiro
semestre, no âmbito de apoio social e promoção de auto-emprego, mais de 98
milhões de meticais para o financiamento de diversos projectos enquadrados no
Programa Geração de Rendimentos, designadamente para a instalação de moageiras,
estabelecimentos comerciais de pequena escala, actividades agropecuárias, dentre
outras.
Entretanto, o dinheiro não está a ter retorno de
acordo com o previsto, facto que fez com que, nos últimos seis meses, fossem
aprovados apenas 27 projectos, envolvendo pouco mais de 600 beneficiários.
Nós não acrescemos quaisquer juros sobre os montantes
referentes a cada projecto. Mas exigimos que os valores sejam reembolsados
regularmente para beneficiarem a outros mutuários. Disse, anotando que para este ano foram
traçados cerca de 55 mil projectos.
Aquele dirigente referiu que, nalguns casos, o seu
sector sente-se obrigado a confiscar alguns bens adquiridos com o dinheiro em
causa, quer pelos beneficiários individuais, quer pelas associações.
De acordo com as declarações de Buene, para inverter
este cenário, a DPMAS em Nampula já iniciou campanhas de sensibilização nas
comunidades sobre a gestão de projectos e as modalidades de aplicação dos
fundos dentro das associações ou pessoas singulares.
As referidas campanhas, segundo explicou aquele
responsável, envolvem representantes dos governos distritais, líderes
comunitários, agentes económicos, cujo objectivo principal consiste em apoiar os
projectos na geração de rendimentos para benefício das próprias comunidades, bem
como sensibilizar os beneficiários de modo a assumirem os projectos, não só como
actividade para o auto-emprego pessoal, mas, também, na perspectiva de catalizadores
do desenvolvimento socioeconómico nas respectivas povoações.
Buene disse que a outra “dor de cabeça” que faz com
que a sua instituição não consiga expandir, convenientemente, o programa
Geração de Rendimento, está relacionada com a falta de meios circulantes.
Associado a este problema, está a inexistência de um
banco de dados que ajudasse a registar e localizar todos os mutuários.
A direcção provincial da Mulher e Acção Social
assiste, actualmente, cerca de 35 mil pessoas, entre crianças, idosos, deficientes
e outros desfavorecidos.
WAMPHULA FAX – 14.07.2009