Se antes algumas avenidas estavam livres deste tipo de comerciantes, hoje o cenário é completamente inverso, com algumas artérias a serem invadidas pelos vendedores.
Aliás, há pontos em que é quase impossível circular. São os casos das esquinas entre as Avenidas Filipe Samuel Magaia e Guerra Popular, entre Zedequias Manganhela e Guerra Popular, bem como entre Fernão de Magalhães e Filipe S. Magaia.
O troço compreendido entre a Avenida Eduardo Mondlane e 25 de Setembro foi tomado de assalto, sendo difícil a circulação de peões.
Nestas zonas em que recentemente era possível movimentar-se sem muitos “apertos” pelos “amigos do alheio”, vive-se um cenário turbulento dada a forma como os vendedores fazem o seu negócio.
Os bens comercializados são produtos de primeira necessidade, de diversão e roupa. Diariamente, fardos de roupa são abertos e vendidos a preços para todos os bolsos.
Através de microfones os vendedores convidam os clientes a comprarem algo útil pelas suas famílias. Os lojistas não ficam de lado, tendo recrutado alguns jovens para angariarem a clientela. Uma verdadeira disputa de mercado.
Curioso é que tudo acontece diante das autoridades policiais do município, incluindo a PRM.
Parece que as autoridades estão ali para defender outros interesses que não sejam impor a ordem, mormente para permitir o livre trânsito de peões e evitar oportunismos de pessoas desonestas.
A-propósito, o vereador de Mercados e Feiras, António Tovela, disse que um trabalho de sensibilização está em curso de modo a convidar os vendedores para se dirigirem aos mercados.
Na ocasião, Tovela reconheceu que novos focos de informais estão a surgir na cidade de Maputo. Todavia, ao que tudo indica, a acção da edilidade está a tardar.
Parece que o novo elenco do Conselho Municipal deve intervir com maior determinação sob pena de se atingirem níveis de desmandos absolutos.
É que qualquer cidadão que for a passar por aquela zona da baixa da cidade apercebe-se logo que algo de anormal está a acontecer.
As imagens do repórter fotográfico Carlos Bernardo mostram o cenário que se vive na baixa da cidade capital.
NOTA:
É minha convicção de que até às eleições vao ser assim. O resto serão só "palavras".
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE