Morte do patrão ameaça levar 60 trabalhadores ao desemprego
- Suspeito deste crime é “um dos maiores amigos da vítima”
- Outro sócio da empresa fora assassinado na Beira
Cerca de sessenta trabalhadores afectos à empresa sv. Vinho, estão em risco de engrossar a lista dos desempregados, devido à morte do proprietário da empresa, ocorrida a semana passada, na sua residência, no distrito de Gondola, província de Manica, por assassinato. A empresa está agora ameaçada a falir, arrastando consigo cerca de 60 famílias, cujos chefes tinham como fonte de rendimento o trabalho na sv. Vinho.
A PRM ao nível do distrito de Gondola diz que o proprietário da sv.Vinho era um cidadão de nacionalidade portuguesa, que em vida respondia pelo nome de Guilherme Máximo. A sua empresa está vocacionada à produção de vinho.
Trabalhadores entregues à sua sorte
Os trabalhadores da sv. Vinho, para além de chorarem a morte do seu patrão, choram igualmente os seus postos de trabalho que agora vêem ameaçados. Segundo a Polícia, muitos dos trabalhadores efectivos da empresa não têm para onde ir. São na sua maioria velhos, sem condições para conquistar novos postos de emprego.
O ex-proprietário da sv.Vinho foi morto na sua residência. A polícia não sabe ao certo explicar como aconteceu. Tudo quanto sabe dizer é que o cidadão português teria sido morto “por meio de uma baioneta”. “Um dos seus melhores amigos”, cuja identidade não foi revelada, está a ser acusado como o actor do crime.
“No dia anterior ao do crime, os dois teriam saído com uma maleta do banco, contendo 10.000 dólares norte americanos. A Polícia diz desconhecer a que finalidade se destinava aquele montante.
Sem avançar a identidade do alegado amigo, que logo após o assassinato de Guilherme Máximo, “se pôs em fuga”, Pedro Jemusse, porta-voz da PRM na província de Manica, garantiu à nossa reportagem, que a Polícia já está a trabalhar no sentido de encontrar o paradeiro do suspeito.
Ao que tudo indica, isto pode ser o ajuste de contas de uma equipe de empresários em desavença, admitem as autoridades envolvidas na investigação. A empresa possuía dois patrões, ambos de nacionalidade portuguesa. Um deles foi morto num hotel residencial, na cidade da Beira, quando se preparava para viajar a Portugal. Até aqui não foram encontrados os verdadeiros mandantes do crime.
Com tudo isso, os moçambicanos dizem-se agora os mais prejudicados, porque não se sabe ao certo quem será o responsável pelo pagamento das suas indemnizações. Admite-se que a empresa encerre a actividade e os empregados fiquem no desemprego. (José Jeco)
CANALMOZ – 28.07.2009