Situação exige reformulação de políticas
- acusa a directora da Direcção da Mulher e Acção Social
“Foi feito um estudo em que se constatou que os meninos de rua, com idades compreendidas entre os 18 e 19 anos de idade, recolhem tanto dinheiro na rua que chega a superar o salário mínimo mensal de um trabalhador da Função Pública” - diz Angelina Lubrino, em entrevista exclusiva à reportagem dos jornais Canalmoz e Canal de Moçambique
Os idosos, os meninos de rua e os proprietários das lojas na Cidade de Maputo estão a cada dia que passa, a complicar as acções do Governo no combate à prática de mão estendida, vulgo pedido de esmola. Quem o diz é a directora da Direcção da Mulher e da Acção Social, Angelina Lubrino. Quando certas políticas que foram especificamente desenhadas caem por terra sem efeito algum para por termo aos problemas, a única saída é apontar os culpados.
Em entrevista à reportagem dos jornais Canalmoz e Canal de Moçambique, Angelina Lubrino acusou implicitamente os proprietários dos estabelecimentos comerciais, sobretudo os da Comunidade Muçulmana, de serem os culpados pela perpetuação do fenómeno que está a abafar as políticas do Governo desenhadas com vista a estacar a prática de mão estendida em Maputo.
Quando questionada que comentário tinha a tecer sobre o facto de existirem ainda idosos e meninos de rua a pedirem esmolas todas as sextas-feira nos estabelecimentos comerciais de Maputo, uma prática há anos proibida pelo Governo, sem evasivas ela afirmou que “isso deve-se à resistência às orientações do Governo por parte dos proprietários das lojas”.