Moçambique sem meios para salvar vidas em casos de naufrágios
- Também não existem equipamentos para fiscalização marítima
Antigos trabalhadores da INAMAR (Instituto Nacional da Marinha) dizem não haver interesse do Governo em investir nesta área e acrescentam: – “Até 1992 antes da assinatura dos Acordos Geral de Paz, Moçambique tinha alguns meios de fiscalização marítima porque a Frelimo tinha medo de ser atacada pelo mar e também porque temia que a Renamo fosse abastecida por via marítima” .
Moçambique é um país vulnerável em termos de equipamento de salvamento em caso de naufrágio. Aliás, mesmo em termos de possíveis afogamentos nas praias não há equipas, no mínimo para as operações de salvamento. Bem vistas as coisas, pode-se considerar, no geral, que o Governo moçambicano, em representação do Estado, pouca atenção presta no contexto de operações de salvamento ou mesmo de socorro. É só ver-se no terreno, que a maior parte das províncias não possuem corpos de bombeiros. As praias, mesmos as mais movimentadas, não possuem vigias nem equipamentos para acudir situações de aflição. Isto como uma ilustração de quão a segurança dos cidadãos é descurada, pois a lista da incompetência moçambicana em matéria de socorro a todos os níveis é por demais evidente, com todas as responsabilidades por cada ferido ou óbito que ocorra a penderem para quem devia e continua a não dar importância ao que é suposto, por razões mais do que óbvias, de estar e não está entre a prioridades mais prementes, bem antes dos tais luxos com que se pretende defender a dignidade que no essencial é pura e simplesmente ignorada.
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