O Vice-Ministro da Energia, Jaime Himede, revelou ontem em Maputo que todas as gasolineiras envolvidas nas negociações já assinaram o memorando de entendimento, juntando-se às empresas Petróleos de Moçambique (PETROMOC) e a sul-africana SASOL.
Desta forma, as gasolineiras aceitaram a proposta de compensação no valor de 34 milhões de dólares norte-americanos a serem atribuídos pelo Governo até 31 de Dezembro. Numa primeira fase as gasolineiras receberão 20 por cento do valor e até 31 de Dezembro os restantes 80 por cento.
O executivo decidiu compensar as gasolineiras pelos prejuízos que possam acumular devido ao não agravamento do preço dos combustíveis no país, uma vez que no mercado internacional as tarifas tendem a crescer (o barril está cotado em cerca de 70 dólares norte-americanos).
As gasolineiras exigiram que o Governo aumentasse o preço dos combustíveis, em percentagens não reveladas, para minimizar os custos de importação. Entretanto, essa petição não foi aceite pelo Executivo, porque perturbaria o normal funcionamento da economia.
“As taxas propostas pelas gasolineiras punham em causa o funcionamento dos sectores económico e social. Para salvaguardar o bom funcionamento da economia, o Governo decidiu subsidiar”, explicou a fonte.
Mesmo durante o período da aparente crise a IMOPETRO – Importadora Moçambicana de Petróleos, sempre garantiu que existe no país disponibilidade de combustíveis suficientes para satisfazer a demanda do mercado.
Esta posição foi sendo partilhada pelo ministro de Energia, para quem a aparente crise que se vivia nas gasolineiras derivava de posições tomadas unilateralmente pelos próprios operadores do sector.
Algumas gasolineiras, recorrendo ao falso pretexto de que não estavam a operar e a vender convenientemente o combustível, chegaram a pagar aos seus trabalhadores às meias. Evocaram, na oportunidade, a fraca venda de combustíveis, o que consequentemente teria concorrido para a redução do volume de receitas.
A assinatura do memorando de entendimento pelas gasolineiras coloca fim à aparente crise de combustíveis que ocorreu no país há cerca de três semanas, sendo que actualmente a situação do fornecimento está normalizada.
- AIM