História moçambicana
.-Defende Luís Covane, vice -ministro da Educação e Cultura
Luís Covane, vice-ministro da Educação e Cultura, defendeu, este Domingo, a preservação da história moçambicana como forma de assegurar a sua divulgação às futuras gerações.
Para Covane, as mensagens sobre o passado devem ser sistematicamente disseminadas, quer ao nível das comunidades, como nas escolas.
O vice-ministro da Educação e Cultura teceu estas considerações por ocasião do Dia Internacional de Abolição da Escravatura.
Ao nível do nosso país, as cerimónias centrais alusivas à efeméride tiveram lugar na Ilha de Moçambique, cidade que, a partir do século XVII, serviu de porta de saída, de escravos recrutados, de forma compulsiva, de Moçambique para vários quadrantes do mundo, com particular destaque para as ilhas do Oceano Índico, América do sul e do norte, Golfo Pérsico, Ilhas Caraíbas e Antilhas.
Conforme se pode notar no jardim memorial patente na Ilha de Moçambique, antes de serem deportados, os escravos de vários sexos e idades eram “armazenados” e vendidos a partir daquela cidade insular, num acto que o vice-ministro descreve como momento marcante para a história contemporânea e da humanidade que não deverá repetir-se.
A responsabilidade de cada um deve ser a de continuarmos a transformar as nossas experiências e vivências do passado, por vezes amargas, dando-lhes novos objectivos, fazendo delas um vector de cooperação, da amizade, do intercâmbio e do desenvolvimento. Observou o governante, acrescentando que com as acções de preservação da Ilha, asseguramos o fortalecimento do seu papel no processo da cultura, educação, ensino e na promoção do desenvolvimento sustentável.
Covane sublinha que, embora estigmatizada por confrontos violentos, a Ilha de Moçambique destacou-se como fulcro de difusão da riqueza cultural através de danças, canções, credos religiosos, hábitos e costumes. Além de servir de ponto de convergência de rotas de navegadores e culturas africanas, árabe, chinesa, indiana e europeia.
De referir que 23 de Agosto foi institucionalizado pela UNESCO, na sua Conferência Geral de 1997, como Dia Internacional de Abolição da Escravatura, em Moçambique, África e no mundo inteiro.
WAMPHULA FAX – 24.08.2009
Nota:
Caro vice-ministro: não se esqueça de “pintar com tinta indelével” toda a desgraça que a FRELIMO provocou ao povo moçambicano, como a criação do “homem novo” e os designados “campos de reeducação”, por exemplo,e “como forma de assegurar a sua divulgação às futuras gerações”.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE