À volta da comercialização do algodão
A empresa PLEXUS, concessionária na exploração de algodão no distrito de Eráti, província de Nampula, acusa a Sociedade Algodoeira de Namialo ( SANAN) de estar a aliciar os produtores de algodão das suas áreas de concessão, na comercialização daquele produto de rendimento.
Devido a esta situação, a PLEXUS admite a possibilidade de não reaver os valores despendidos para aquisição de insumos agrícolas concedidos, a crédito, aos camponeses no quadro do programa de fomento do algodão naquela região.
O assunto foi já canalizado ao governo do distrito que se encarregou de mediar o conflito, por forma a evitar que as metas de comercialização planificadas para este ano sejam comprometidas.
Agostinho Chelua, administrador do distrito, refere que os preços praticados pela PLUXUS são de 5,3 meticais o quilo para o algodão da primeira e 3.5 meticais para o da segunda classe, enquanto a SANAN estabeleceu preços que variam entre 5,3
Segundo Chelua, a PLEXUS afirma-se incapaz em desafiar a sua adversária em relação aos preços, por, alegadamente, estar despender elevadas somas em dinheiro na aquisição de combustíveis para alimentar o grupo gerador que abastece energia eléctrica à sua unidade fabril de processamento de algodão, instalada na sede do distrito.
Entretanto, Dilavar Nurmamade, da SANAN, desmentiu as alegações que pesam sobre a sua empresa. Confirmou o pagamento de preços altos em relação aos aprovados, mas negou que tal acção advenha duma eventual tentativa de aliciamento aos produtores do chamado “ouro branco”.
Trata-se apenas de uma estratégia da nossa empresa em motivar os camponeses para não abandonarem a prática daquela cultura. Justificou-se a Dilavar.
WAMPHULA FAX – 27.08.2009