O acordo, segundo Omar Jalilo, director provincial do Trabalho, foi possível depois da satisfação das reivindicações dos sazonais sobre o pagamento do bónus do mês de Julho, transporte, aumento salarial por tarefa, cesta básica, entre outros aspectos, incluindo o melhoramento do relacionamento entre o patronato e os trabalhadores.
Segundo a fonte, a direcção da Companhia de Sena aceitou, igualmente, que os três dias que durou a greve sejam pagos, uma vez que a paralisação laboral foi motivada por falhas da empresa.
Omar Jalilo explicou que o acordo alcançado refere-se ao aumento do salário, de 85 para 110 meticais por tarefa, pagamento do bónus em dívida, folgas aos domingos (salvo horas extraordinárias), transporte para as áreas de corte de cana e vice-versa, o melhoramento do relacionamento entre os trabalhadores e a direcção que era tido como “muito mau”. Outro aspecto abordado refere-se à supressão da falta de alguns equipamentos de trabalho que os sazonais também reclamavam. Sobre este assunto, a nossa fonte precisou que a entidade patronal garantiu que tudo vai fazer de modo a que o problema seja resolvido o mais rapidamente possível.
Entretanto, a direcção da fábrica prefere não adiantar os prejuízos resultantes da paralisação da moenda devido à greve, nem mesmo sobre o canavial incendiado deliberadamente pelos trabalhadores, afirmando que a cana vai ser aproveitada para a presente safra.
“Conseguimos alcançar o acordo depois de aturadas negociações, tendo a direcção da Companhia de Sena aceite praticamente todas as reivindicações apresentadas pelos trabalhadores”— disse Omar Jalilo.
- ANTÓNIO JANEIRO