Devido a rejeição da sua candidatura
“Agora o Conselho Constitucional age em encomendas politicas” – presidente do PIMO
O presidente do PIMO, Yaqub Sibindy, questionado sobre qual dos três candidatos admitidos pelo Conselho Constitucional irá apoiar, dado que a sua candidatura à presidência da República foi rejeitada pelo órgão agora liderado pelo juiz Luís Mondlane, respondeu que poderia “apelar ao seu eleitorado a abster-se nas próximas eleições, a inutilizar os votos, ou a boicotar o processo eleitoral”. Mas disse ainda que pode disponibilizar o seu manifesto ao candidato que prometer utilizá-lo, caso ganhe as eleições.
Recurso ao CC indeferido
A reclamação interposta por este candidato ao CC, na passada terça-feira, alegando o facto de o órgão não o ter notificado para suprir as irregularidades constantes da sua candidatura, as mesmas que terão pesado para sua rejeição, foi indeferido por um despacho do presidente do CC, Luís António Mondlane, emitido no mesmo dia em que a reclamação foi submetida.
Foi uma encomenda política
Reagindo ao indeferimento da sua carta de reclamação, Sibindy acusou o CC de ter agido em encomenda politica de certos membros do partido Frelimo, que não quiseram que as candidaturas dos 6 candidatos excluídos, passassem à fase final.
CC Mudou com a chegada de Mondlane
Por outro lado, Sibindy diz que o Conselho Constitucional mudou muito com a saída de Rui Baltazar, primeiro presidente do órgão, e a entrada de Luís Mondlane, nomeado pelo actual Chefe do Estado, Armando Guebuza, que por sinal também é candidato à sua sucessão. “Agora o Conselho Constitucional age em encomendas politicas”, disse Sibinde.
Não haverá legitimo vencedor
Face aos contornos que está a conhecer a preparação do pleito de 28 de Outubro, este candidato rejeitado como pré-candidato à Presidência da República, diz que seja quem for que venha a vencer o escrutínio, não o fará com legitimidade, pois o apuramento dos três actuais candidatos (Daviz Simango, Armando Geubuza e Afonso Dhlakama) foi ensombrado pela violação grosseira da Constituição e da Lei Eleitoral, ao rejeitar as candidaturas dos outros seis concorrentes, sem que a estes tenha sido dada a oportunidade de suprirem as alegadas irregularidades constantes nos seus respectivos processos.
Não é a minha morte politica
Questionado se a rejeição da sua candidatura não era prenúncio do seu desaparecimento como político, acalentando a esperança de chegar à presidência da República, Sibindy respondeu que não, justificando que o povo viu que a rejeição da sua candidatura foi por encomenda politica da Frelimo. (Borges Nhamirre)
CANALMOZ – 24.08.2009