Em exposição
O Instituto Camões acolhe desde quarta-feira em Maputo, uma exposição fotográfica que retrata o quotidiano dos moçambicanos desde os tempos antes da Independência, até aos dias de hoje.
A exposição intitula-se "Terra de Boa Gente" e é composta por 25 obras que contemplam temas como: deixando atrás Xiquelene, Tempo Perdido, Point of View, entre outros temas, que ilustram situações diversas, tal como, a Guerra Colonial, a fome, o analfabetismo, a escravatura, a xenofobia, gravidez prematura, violência, o HIV/SIDA…
Cada imagem ali expressa leva os moçambicanos a um mundo de observações do passado. Aborda, por exemplo, questões da guerra colonial, da prisão de Ngungunhane.
No que se refere ao presente, a exposição conduz a uma atitude de mudança com vista à minimização de situações que causam dor ao povo moçambicano.
Mário Macilau, expositor das obras, disse que a sua inspiração não é para contar a história do passado, nem para expressar os seus sentimentos, mas para tocar os corações do povo, trazer os sentimentos aos outros através da imagem, através das fotografias.
Macilau, refere que, tal como as obras de arte, as plantas, as flores não escolhem o jardim onde germinam e florescem mas o mais importante é estar-se consciencializado de que tudo o que carregamos connosco pode ser transformado em algo que serve para nós e para os outros, na melhoria das condições sócio-culturais e financeiras das famílias.
“É por isso que o meu trabalho está mais voltado para o dia-a-dia deste maravilhoso País, que me viu nascer. As minhas obras são uma mistura entre a fotografia conceptual, documental e a arte de fotografar, disse o expositor. (Sandra Sigauque)
CANALMOZ – 14.08.2009