Estas não são novidades...
MAS CONVÉM LEMBRAR DE QUANDO EM VEZ....
Ler para acreditar...
VASCO GONÇALVES DÁ EXEMPLO DA FRELIMO:
"Não cortaram o pescoço a Joana Simeão, mandaram-na para um Campo de Trabalho'..."
“VASCO GONÇALVES DISCURSA EM ALMADA
O ‘DIÁRIO DE NOTÍCIAS’ de 12 de Agosto de 1974 publica a intervenção de Vasco Gonçalves na última Assembleia do MFA. “Uma importante alocução sobre a dinâmica revolucionária do processo português”, é como o matutino apresenta o texto, considerado “o retrato de um verdadeiro revolucionário”.
Numa referência clara às declarações de Otelo sobre o Campo Pequeno, Vasco Gonçalves dá o exemplo da FRELIMO, “que não cortou o pescoço à Joana Simeão: mandou-a para um Campo de Trabalho, que é o que a gente precisa de fazer aí a uma quantidade de gente. Não é mandá-los para as prisões, mas é mandá-los para um Campo de Trabalho”. (…)
Transcrição do livro “ OS LOUCOS DIAS DO PREC”,
Autoria: Adelino Gomes e José Pedro Castanheira – Lisboa 2006
Página 248.
NOTAS
Otelo Saraiva de Carvalho, um dos responsáveis pelo golpe de 25 de Abril de 1974, que derrubou o regime ditatorial de Marcello Caetano, em meados de 1974, ameaçou a ‘reacção’, constituída pelos partidos moderados ou de direita de os ‘internar no Campo Pequeno’, numa alusão ao que foi efectuado no Chile por Pinochet, quando em 1973 derrubou o governo de Allende !!!
Vasco Gonçalves, então primeiro-ministro do governo provisório português e um dos mais influentes militares do MFA, adorava o exemplo da FRELIMO e na sequência das declarações de Otelo, exaltava a acção da guerrilha moçambicana, que numa tremenda acção repressiva contra toda a oposição interna, com a participação directa e conivência das autoridades administrativas policiais e militares portuguesas, prendeu e remeteu para Nachingwea dezenas de quadros militares e políticos que se lhe opunham, tendo posteriormente transferido estes para os ‘Campos de Reeducação’, ou melhor, de ‘Concentração’, onde eram sistematicamente interrogados, torturados e que acabaram por ser assassinados sem qualquer processo judicial, sem respeito pelos direitos humanos e de defesa a que todos os seres têm como garantidos pela Carta dos Direitos do Homem.
Como se sabe, há muitos anos, os opositores moçambicanos foram fuzilados e os seus corpos desapareceram, seguindo directrizes ao mais alto nível do Estado moçambicano, FRELIMO e do próprio Samora Machel, sem qualquer respeito pelos familiares e sem que ainda hoje assumam esses actos.
Eram pois estes actos que Otelo e Vasco Gonçalves ambicionavam implantar em Portugal !!! Felizmente que foram combatidos de forma eficaz e a história se encarregará de os julgar.
Enviado por Casimiro Serra