O Administrador de Marínguè, Absalam Chabela, foi quem revelou o facto recentemente ao nosso jornal na sede daquele distrito. Chabela não precisou o nome do foragido muito menos o valor que o visado teria recebido e/ou ainda tem por pagar.
O administrador assegurou, porém, que trabalho há visando localizar o foragido, como forma de garantir que o mesmo cumpra com as suas obrigações tendo em conta que aquele dinheiro deve ser devolvido para dinamizar outras eventuais iniciativas locais.
Chabela reconheceu que, no geral, o reembolso do Fundo de Iniciativas Locais está sendo muito moroso a nível do distrito, facto que tem contribuído negativamente para a prossecução dos objectivos para os quais os “sete milhões” foram concebidos.
Disse que para o caso dos projectos ligados à área agrícola os beneficiários têm apontado a queda irregular das chuvas como sendo um dos motivos que serve de alegação para o não reembolso atempado do dinheiro em alusão.
Para além da morosidade e da fuga de um beneficiário, o administrador de Marínguè disse que ainda há muitos beneficiários que fazem desvios de aplicação do dinheiro, uns por alegado desconhecimento das normas e outros por má-fé. Em todo o caso, trabalho há visando sensibilizar os beneficiários para o cumprimento das suas obrigações sob o risco de serem processados judicialmente.
Chabela disse no entanto que nem tudo vai mal na aplicação dos “sete milhões”. Com o efeito, revelou que só no ano passado foram abertos 730 postos de trabalhos em diferentes áreas, havendo possibilidade de no presente 2009 haver mais pessoas que possam ter um trabalho garantido através de implementação de mais projectos no âmbito da disponibilização do Fundo de Iniciativas Locais.
“Os sete milhões trouxeram mudanças para o distrito. Eu vou falar de uma forma geral. Nós em Marínguè não tínhamos uma peixaria, mas hoje podemos comer carapau ou outro tipo de peixe. Nós não tínhamos uma casa onde pudéssemos comprar material de construção civil, mas hoje já temos. Não tínhamos uma padaria, mas acho que hoje vocês mesmo matabicharam com o pão feito aqui. Já temos casas de pasto que fazem a diferença, tal como carpintarias. Isto é sinal de que algo de bom está a acontecer com os sete milhões”- referiu.
Apontou igualmente melhorias no fomento de ananaseiros e mandioqueiras como sendo outros exemplos positivos que mostram que e há pessoas que estão a aplicar devidamente os sete milhões.