A iniciativa da instalação da referida unidade fabril, localizada no posto administrativo de Itoculo, distrito de Monapo, é da Ajuda de Desenvolvimento de Povo para Povo, (ADPP), que para garantir matéria-prima para a fábrica plantou cajueiros numa extensão estimada em cerca de 115 hectares.
Neste momento, o fabrico daqueles derivados é feito manualmente, pois estão em curso demarches no sentido de garantir a construção de uma linha de transporte de energia eléctrica da rede nacional, produzida na Hidroeléctrica de Cahora Bassa, a partir da sede do posto de Itoculo.
Enquanto esse processo decorre, o proponente do projecto, está a sensibilizar as comunidades no sentido de comercializarem a sua produção da castanha do caju, incluindo o fruto, junto da sua fábrica de sumos, melaço e outras guloseimas que são muito concorridas neste momento a nível local e de outros centros urbanos.
Soubemos ainda junto de uma fonte da ADPP que o equipamento da fábrica de derivados do caju, instalada em Itoculo, adquirida de uma firma baseada na República Federativa do Brasil, não inclui a componente de fabrico de vasilhames, o que despertou a atenção daquele organismo no sentido de encontrar soluções alternativas para o problema a nível interno.
A castanha do caju é considerada uma riqueza devido à sua amêndoa. Ciente deste facto, o Governo, através do Instituto de Fomento do Caju, promove iniciativas envolvendo o sector privado visando o processamento de todos os subprodutos do caju, pois a sua comercialização tem uma expressão forte no rendimento das famílias envolvidas na produção daquela cultura.
Na província de Nampula, estimativas apontam para mais de 250 mil famílias envolvidas na produção da castanha do caju. O seu parque cajuícola, que sofreu um forte revés devido à passagem do ciclone Jokwé há cerca de dois anos, está sendo alvo de um processo de substituição incluindo as plantas com idade avançada e que registam uma produção abaixo de um quilograma, por mudas híbridas tolerantes a doenças e pragas.