“Não há impedimento de eu vir a ser
Secretário-geral do MDM”
O engenheiro diz que ainda não foi
contactado oficialmente pelo partido para exercer o segundo cargo mais
importante do MDM, liderado por outro engenheiro, Daviz Simango. Venâncio
Mondlane alegou ainda não ser do seu interesse fazer política, neste momento.
Por sua vez, Ismael Mussa, membro
destacado do MDM, diz que seria um ganho para o MDM ter Venâncio Mondlane como
Secretário-Geral
Notícias
postas a circular pela imprensa e boca-a-boca dão conta de que o jovem analista
político, engenheiro Venâncio Mondlane, está na mira e poderá vir a ser
convidado a candidatar-se a Secretário-Geral do Movimento Democrático de
Moçambique, liderado por um outro engenheiro, Daviz Simango, um dos três
candidatos às eleições presidenciais.
Contactado
pela reportagem dos jornais Canalmoz e Canal de Moçambique - Semanário para
esclarecer as especulações, Mondlane disse: “nunca fui convidado oficialmente a
ser Secretário-Geral do MDM”. “Só ouvi
que havia uma série de pessoas que manifestavam interesse que eu fosse proposto
a Secretário-Geral.”
Sobre se admitia a possibilidade de vir a ocupar este cargo, Mondlane disse que não está nos seus planos fazer política activa na actualidade, muito menos ser Secretário-Geral do MDM.
“Eu
ainda não reflecti sobre isso. Que eu seja secretariável, até posso admitir.
Também acho que as pessoas são livres de dizer o que acham. Não é mentira que
eu seja secretariável, não é falso, aventa-se esta hipótese”, admitiu para
depois repisar que “ainda não há nada de concreto”.
“Agora
o que não corresponde à verdade é que eu tenha sido oficialmente contactado
para ocupar o cargo e que eu tenha manifestado interesse de lá estar ou não”,
referiu.
Apesar
de recusar que esteja interessado em ingressar nas fileiras do MDM, Venâncio
Mondlane destaca a importância do Movimento liderado por Daviz Simango, no
contexto actual da política moçambicana.
Venâncio
Mondlane diz que o surgimento e fortificação do MDM são necessários, na medida
em que altera o actual status quo da
nossa política, dominada por dois partidos “cujos membros exercem a política de
uma forma cega e fanática”.
Entretanto,
repisando a questão do seu ingresso ou não no mais jovem partido político de
destaque criado no País, Mondlane diz: “não há impedimento nenhum de juntar-me
ao MDM. Na altura que achar que há condições, se as minhas convicções
alterarem, não há impedimento, porque o MDM não é nenhum demónio”, afirma o analista
político que garante ser membro do partido Frelimo desde os 18 anos, e por
influências familiares.
“Eu
e a minha família somos todos membros da Frelimo, mas eu nunca me atrelei
cegamente à Frelimo”, esclarece.
Venâncio Mondlane é ideal para o MDM
Entretanto,
um membro destacado do MDM, Isamel Mussa, disse em contacto com a reportagem do
Canalmoz e do Canal de Moçambique que
seria um ganho para o partido ter Venâncio Mondlane como Secretário-Geral. No
entanto, Ismael Mussa nada confirmou. Apenas disse que o engenheiro Venâncio
Mondlane, analista político que tem aparecido em vários canais de televisão, é
um dos possíveis nomes a serem propostos ao Conselho Nacional do partido, que
vai reunir nos primeiros meses do próximo ano. A eleição do Secretário-geral do
MDM, segundo cargo mais importante daquele partido, é uma questão em aberto que
Daviz Simango, antes das eleições, remeteu para depois do escrutínio que se
realizou na última quarta-feira. (Borges
Nhamirre)
CANALMOZ – 30.10.2009